24.11.13

Parnasianismo e Simbolismo

Parnasianismo 

• Manifestação poética do Realismo e do Naturalismo, estéticas antirromânticas.
• Quanto à estrutura, caracteriza-se pela sacralidade da forma, pelo respeito às regras de versificação, pelo preciosismo rítmico e vocabular, pelas rimas raras e pela preferência por estruturas fixas, como os sonetos.
• Sonetos: 2 quartetos e 2 tercetos, versos decassílabos ou alexandrinos.
• Quanto ao conteúdo, valoriza o exotismo e a mitologia. Os temas preferidos são os fatos históricos, objetos e paisagens. A descrição visual é o forte da poesia parnasiana.
• Cavalgamento ou encadeamento sintático (enjambement) = quando o verso termina quanto à métrica, mas não quanto à ideia, se encerrando no verso de baixo.
• Surgiu no Brasil em 1882 com a publicação da obra “Fanfarras” , de Teófilo Dias, embora tenha se consolidado com “Poesias”, de Olavo Bilac, apenas em 1888.
• Tríade Parnasiana:
      ∗ Alberto de Oliveira => autor de “Vaso Grego”, é considerado mestre da arte de compor retratos, quadros e cenas. Sua obra revela apego aos cânones formais e temáticos do parnasianismo, leve tendência à ironia.
      ∗ Raimundo Correia => sua poesia parnasiana caracteriza-se por extremo rigor métrico e um acentuado apuro verbal.
      ∗ Olavo Bilac => une conteúdo emotivo e linguagem clássica. Outra característica de sua obra é a dualidade no tratamento do amor, oscilando entre platonismo e sensualidade.
• Os parnasianos brasileiros não seguiram todos os aspectos do parnasianismo francês, pois muitos poemas não abandonaram a subjetividade da geração romântica e há preferência por temas voltados à realidade brasileira, contrariando o universalismo.

Simbolismo

• Estética que surgiu movida por ideias subjetivas, pelo individualismo e pelo misticismo.
• Oposição às vertentes realistas => A visão objetiva da realidade não desperta mais interesse, mas, sim, o ponto de vista particular de um único indivíduo.
• Semelhança com o Romantismo => É uma poesia que se opõe à poética parnasiana e se reaproxima da estética romântica. Entretanto, mais do que elaborar uma poesia egocêntrica e voltar-se para o coração, os simbolistas procuram o “eu” em sua mais profunda manifestação.
• Temáticas: metafísica, misticismo, espiritualidade e abstracionismo. Traz passagens oníricas, ou seja, relativas ao sonho, ao inconsciente. Existência humana, psicanálise, loucura.
• Corpo => cárcere da alma; a morte como instrumento de libertação.
• Sinestesia => mistura de sensações. Exemplos: “doce abraço”, “grito vermelho”.
• Musicalidade => aliteração (repetição de consoantes) e assonância (repetição de vogais).
• Dicotomia => alma/corpo, matéria/espírito.

“Ó formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!...
 Ó Formas vagas, fluídas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras...”
Trecho de Antífona, de Cruz e Souza. 
Neste trecho, o autor simbolista Cruz e Souza sugere um ambiente sem nomear objetivamente os elementos da realidade. Observa-se o imaginário, a fantasia e a obsessão pelo branco através da translucidez, nebulosidade e brilhos.
20.11.13

Tipos de Transporte

• O transporte representa o elemento mais importante do custo logístico de um país e tem papel fundamental na prestação do serviço ao cliente.
• Pode variar entre 4% e 25% do faturamento bruto, e em muitos casos supera o lucro operacional.
• Deve-se escolher, para cada tipo de carga, a modalidade de transporte mais apropriada, analisando o custo do serviço, tempo médio de entrega, perdas e danos, disponibilidade, etc.
• São cinco os tipos de transporte: Ferroviário, Rodoviário, Fluvial/Marítimo, Aeréo e Dutoviário.
• No Brasil, o meio de transporte mais utilizado é o Rodoviário (59%), seguido do Ferroviário (24%) e o Hidroviário (13%).
• Nos países mais desenvolvidos, como é o caso da Rússia, Canadá e Estados Unidos, o transporte Ferroviário tende a ultrapassar o Rodoviário.
• Custos fixos – de instalação x Custos variáveis – de manutenção.

(1) Ferroviário 

• Utilizado no deslocamento de grandes tonelagens de produtos homogêneos para longas distâncias. Exemplos: minérios (ferro, manganês); carvões minerais; derivados de petróleo, e grãos que são transportados a granel (sem embalagens).
• O transporte Ferroviário pode ser Regular, ou seja, presta serviço para qualquer usuário, ou Privado, sendo utilizado com exclusividade por algum proprietário.
• Altos custos fixos em equipamentos, terminais, vias férreas, etc, porém baixo custo variável.
• O custo do transporte Ferroviário acaba sendo bem menor que o transporte Rodoviário, porém não é amplamente utilizado no Brasil devido a problemas com a infraestrutura e a falta de investimentos nas ferrovias.
• Vantagens logísticas:
      > Transportam grande quantidade de carga por viagem;
      > Percorre longas distâncias em boa velocidade;
      > Não são prejudicadas pelo tempo ou tráfego competitivo;
      > Flexível quanto às mercadorias.
• Desvantagens logísticas:
      > Tem custos altos e, no Brasil, baixa segurança para produtos de alto valor agregado e pequenos;
      > Tem frequências de saídas menores em relação ao Rodoviário;
      > Ineficiente para curtas distâncias e alguns produtos;
      > Não serve para serviço à domicílio.
• Principais problemas das Ferrovias no Brasil:
      > Invasão da faixa de domínio nos centros urbanos e nos acessos aos portos;
      > Utilização compartilhada das linhas para passageiros e cargas na Região Metropolitana de São Paulo;
      > Quantidade insuficiente de vagões e locomotivas;
      > Interação operacional deficiente das malhas e traçado das linhas incompatível com as condições atuais.

(2) Rodoviário 

• O mais expressivo transporte de carga hoje no Brasil, atingindo praticamente todos os pontos do território nacional.
• Maior ênfase na década de 50 por conta da implantação da indústria automobilística, o que desencadeou a pavimentação das rodovias.
• É recomendado para mercadorias de alto valor ou produtos perecíveis, e não é recomendado para produtos agrícolas a granel.
• Apenas 10% das vias no Brasil é pavimentada.
• É dividido em: transportadoras regulares; transportadores contratados; frota própria; e autônomos.
• Baixos custos fixos, pois as rodovias são estabelecidas e construídas com fundos públicos ou são privatizadas, e custos variáveis médios, com combustível, manutenção, mão de obra, pedágio, etc.
• Vantagens logísticas:
      > Possibilidade de transporte integrado “porta a porta” e entrega a domicílio;
      > Flexibilidade do serviço em áreas geográficas dispersas;
      > Serviço é extensivo, adaptável e rápido.
      > Altas frequências.
• Desvantagens logísticas:
      > Volume transportado menor em comparação ao transporte ferroviário e marítimo;       > Custos elevados para longas distâncias;
      > Custo mais elevado em comparação ao transporte ferroviário e marítimo;
      > É prejudicado pelo tempo e pelo tráfego;
      > Maior intensidade de risco e danos à mercadoria.

(3) Hidroviário

• Transporte de granéis líquidos, produtos químicos, areia, carvão, cereais e bens de alto valor (nos operadores internacionais) e em contêineres.
• É dividido em: navios dedicados; navios contêineres e navios bidirecionais para veículos.
• Formas de navegação:
      > Cabotagem – é realizada entre portos ou pontos do território nacional.
      > Interior – é realizada em hidrovias interiores em percurso nacional ou internacional.
      > Longo Curso – realizada entre portos brasileiros e estrangeiros.
• Custo fixo médio para navios e equipamentos e custo variável baixo.
• O transporte Hidroviário possui um sistema de controle de tráfego e navegação marítima.
• Atualmente alguns portos são privatizados.
• Os terminais incluem todos os equipamentos para a carga e descarga dos produtos.
• Vantagens logísticas:
      > Transporta grande quantidade de carga por viagem;
      > Percorre longas distâncias;
      > Flexível quanto às mercadorias;
      > Transportam produtos perigosos, carga à granel, líquido, gasoso e veículos ou contêineres;
      > Custo operacionais menores.
• Desvantagens logísticas:
      > Não serve para cargas pequenas ou emergenciais;
      > Perda de tempo nas descargas e transferência de transporte;
      > Altos níveis de danos sobre a mercadoria;
      > Tempo de trânsito longo;
      > Baixa frequência.

(4) Aéreo

• É utilizado no transporte de cargas de alto valor unitário (artigos eletrônicos, relógios, alta moda, etc) e perecíveis (flores, frutas nobres, medicamentos, pequenos animais, etc).
• É dividido em: serviços regulares, contratuais e próprios.
• Custo fixo alto com a construção e manuseio de aeronaves, e custo variável também alto, com combustível, manutenção, mão-de-obra, etc.
• Vantagens logísticas:
      > Velocidade elevada e para transportes emergenciais;
      > Distância alcançada;
      > Segurança contra roubos, danos e extravios;
      > Redução de níveis de inventário e consequente redução de custo de estoque.
• Desvantagens logísticas:
      > Restrição de capacidade;
      > Impossibilidade de transporte à granel;
      > Inviabilidade de produtos de baixo custo unitário;
      > Custo de transporte elevado;
      > Prejudicado pelo tempo e pelo tráfego.

(5) Dutoviário 

• Os dutos são tubos subterrâneos impulsionados por bombeamento para superação dos obstáculos do relevo.
• Este sistema de transporte diminui consideravelmente o congestionamento das rodovias e ferrovias.
• São exemplos de dutos: oleoduto, gasoduto, mineroduto e aqueduto.
• Transporte de líquidos e gases em grandes volumes e materiais que podem ficar suspensos (petróleo brutos e derivados, minérios, etc).
• A movimentação é muito lenta, porém, é um meio de transporte que opera 24 horas por dia e 7 dias por semana.
 • O custo fixo é muito alto, devido aos direitos de acesso, construção, requisitos para controle das estações e capacidade de bombeamento. Em contrapartida, não há nenhum custo variável de grande relevância.

Modalidade de transporte mais barata = Hidroviário, seguido do Dutoviário.
Modalidade de transporte mais cara = Aéreo.
QUADRO COMPARATIVO - RESUMO GERAL


Clique para ampliar.


Estados Unidos no século XIX

∗ Marcha para o Oeste:

• Fatores que motivaram a conquista do Oeste:

      > Crescimento demográfico => A necessidade de aumentar a produção de alimentos determinou a incorporação de novas terras para o plantio e pastagens para os rebanhos.
      > Facilidades para aquisições de terras => O Homestead Act ratificou a ocupação das terras do Oeste, decretando que, se alguém cultivasse em local abandonado, passaria a ser seu novo proprietário.
      > Busca por metais preciosos => Corrida pelo ouro, descoberto na Califórnia em 1848.
      > Matéria-prima => As regiões em fase de industrialização procuravam novas fontes e locais para obtenção de matéria-prima.
      > A construção de ferrovias => Permitia a aplicação lucrativa de capitais e integrava os mercados, assegurando o escoamento da produção.

• Os pioneiros desta marcha foram os imigrantes europeus, que, sem condições de sobrevivência na costa leste, marchavam em cavalos, carroças ou navegavam em barcos pelos rios.

• Estes novos colonos não encontraram terras inabitadas. Durante o processo de interiorização, dizimaram inúmeras tribos indígenas, expulsando-as de seu território.

• Destino Manifesto => doutrina criada pelos americanos para justificar a ocupação do Oeste, a qual determinava que Deus havia concebido a eles a missão de levar a civilização a outros territórios.

• Os novos territórios incorporados pelos EUA foram adquiridos por compra, acordos diplomáticos ou pela guerra. Exs: Compras - Louisiana (França) e Flórida (Espanha); meios diplomáticos - Oregon (cedida pela Inglaterra); guerra - Texas (México).

• Consequências históricas da expansão para o Oeste:

      > Intensificação do crescimento demográfico entre 1820 e 1860 pela imigração europeia, atraída pela grande quantidade de terras disponíveis no país.
      > Massacre aos indígenas e seu confinamento em reservas.
      > Agravamento das divergências entre o Norte, no qual predominava uma rica e poderosa burguesia industrial, e o Sul, alicerçado sobre a prática do plantation (latifúndio, monocultura, trabalho escravo, produção voltada ao exterior).

Guerra de Secessão:

• Guerra Civil provocada pelos antagonismos existentes desde a época colonial entre os estados do Norte e os do Sul.

• Estados do Norte (colônias de povoamento) => desenvolvem uma economia baseada na pequena propriedade, na agricultura de subsistência e no trabalho livre, o que impulsiona a formação de uma sólida burguesia e o crescimento do comércio e da manufatura.

• Estados do Sul (colônias de exploração) => a sociedade sulista se caracterizou por uma poderosa aristocracia rural, que dominava uma imensa massa de escravos.

• Principais fatores da Guerra de Secessão:

      > Rivalidades políticas => desde a independência, a política do país havia sido dominada pela aristocracia sulista. Com a Marcha para o Oeste e o crescimento da industrialização, o Norte acelerou as bases capitalistas industriais, enfraquecendo a elite rural do Sul. Norte - Partido Republicano x Sul - Partido Democrático. Os novos partidos queriam eleger representantes para o Congresso Federal, pois quem o controlasse, teria assegurado a direção política do país.
      > Rivalidades econômicas => as indústrias do Norte adotaram uma política tarifária protecionista para evitar a concorrência com mercadorias britânicas e, consequentemente, fortalecer seu mercado interno. Em contrapartida, o Sul defendia o livre comércio, pois havia estabelecido um acordo com a Inglaterra no qual, em troca da venda de matérias primas, receberia produtos manufaturados ingleses sem taxas tributárias.
      > Além das rivalidades políticas e econômicas, havia a questão da abolição da escravatura, defendida pelos estados nortistas e fortemente combatida pelo Sul agrário.

Em síntese:

TARIFAS ALFANDEGÁRIAS – Norte Sul X
ABOLICIONISMO – Norte Sul X 
• Estopim da guerra => eleição do candidato republicano Abraham Lincoln nas eleições de 1860. Lincoln era claramente abolicionista, o que levou a aristocracia rural a reagir, fundando o Estado dos Confederados da América, com a participação de 11 estados que se declararam separados dos EUA.

• A Guerra iniciou-se em 1863 em Gottysburg e foi vencida pelos nortistas, liderados pelo general Grant. Neste ano, Lincoln declarou o fim da escravidão e em 1865 anexou os Estados Confederados, consolidando o fim do conflito.

• O fim da Guerra atrelou o Sul dos EUA ao modelo econômico e social do Norte, gerando a prevalência, em âmbito nacional, dos interesses nortistas.

• Após a Guerra, seguiu–se um período de reconstrução, caracterizado pelo grande crescimento industrial, agrícola e demográfico. Até 1890, os Estados Unidos passaram de sexta potência para primeira potencia mundial, superando a Inglaterra, Alemanha e França.

• Surgem diversas leis para a formação de um novo Estado. Dentre elas, as Leis de Jim Crow forçavam escolas e locais públicos a terem ambientes separados para negros e brancos, semelhantemente ao regime do apartheid na África do Sul.

• Ku Klux Klan (KKK) => No Sul, a não aceitação da abolição da escravidão determinou uma política de segregação social e a criação de grupos racistas extremistas, como a KKK. Este grupo defendia a supremacia branca e, para tal, usavam da violência, da repressão e do racismo, visando restringir os direitos da população afro americana.


Membros da Klu Klux Klan. Clique para ampliar a imagem.

• Tais leis foram apenas revogadas em 1964, com o Civil Right Acts (Atos de Direitos Civis), após longa pressão de movimentos sociais, em especial do movimento negro com Martin Luther King. 

Pode-se comparar os movimentos racistas que se seguiram nos EUA durante o século XIX/XX à não incorporação dos negros após o fim da escravidão no Brasil. Entretanto, a segregação racial no Sul dos EUA era LEGITIMADA, enquanto no Brasil, ocorre de forma encoberta e é, hoje, considerada crime.
• O isolacionismo em relação à Europa e o intervencionismo na América Latina foram as principais características da política externa norte americana.

      > Doutrina Monroe (James Monroe - 1823) => “América para os americanos”. Defendia uma América livre da interferência de nações europeias em questões internas e livre da criação de novas colônias. Os EUA se aproveitaram desta ideia para justificar seu imperialismo sobre a América Latina.
      > Política do Big Stick (Theodor Roosevelt - 1909) => Determinava a intervenção militar americana nos países latino americanos que estivessem colocando em perigo os interesses políticos e econômicos dos EUA.
      > Política da Boa Vizinhança (Franklyn Roosevelt – 1930) => Busca substituir o intervencionismo pela cooperação com países alinhados à Washington. Em 1939, com a Segunda Guerra Mundial, os EUA aprofundam esta política, visando construir um poderoso bloco hemisférico sob sua liderança.
17.11.13

Reino Animal (Parte 3)

< Continuação de Reino Animal (Parte 2)

IX) Cordados

• Características gerais:
      ∗ Presença de notocorda (estrutura embrionária que sustenta o tecido nervoso).
      ∗ Fenda faringeana.
      ∗ Tubo nervoso oco dorsal.



• Protocordados => não têm vértebras.

      ∗ Cephalocordados => notocorda na cabeça. Exemplo: anfioxo.

      ∗ Urocordados => notocorda na cauda. Exemplo: Tunicados ou Ascídias, popularmente conhecido como Maria-Mijona (ancestral mais distante dos humanos).


• Vertebrados => a notocorda é substituída pela coluna vertebral e o crânio.

      ∗ Agnatas => não têm mandíbula. Possuem 12 pares de fendas branquiais e corpo vermiforme. Exemplos: peixe-bruxa e lampreia.

      ∗ Gnatostomados => presença de mandíbula. São eles: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

Peixes 

• Seres aquáticos e pecilotérmicos.
• Subdividem-se em duas ordens:
      ∗ Condríctes => peixes cartilaginosos de boca ventral, com ausência de opérculo e bexiga natatória. Possuem nadadeiras pares e uma linha lateral, que capta vibrações na água (órgão sensitivo). Apresentam escamas placoides (embaixo da pele) e cloaca. Ex: tubarão, raixa e quimera.
      ∗ Osteíctes => peixes ósseos de boca voltada para frente, com opérculo cobrindo as brânquias, bexiga natatória, linha lateral e ânus. Escamas dérmicas (superficiais). Ex: carpa, sardinha, bacalhau.

Anfíbios 

• Primeiros animais a conquistarem o ambiente terrestre, mas ainda não se distanciam completamente do ambiente aquático.
• Fatores que não permitiram o total afastamento da água:
      ∗ Fecundação externa – não possuem pênis, cuja função é introduzir o gameta masculino no feminino. Lançam os gametas na água para que se encontrem com os gametas femininos.
      ∗ Fase larval dentro da água.
      ∗ Ovos sem casca, que ressecariam se permanecessem fora da água ou de ambientes úmidos.
      ∗ Pele permeável.
• Quanto mais coloridos, mais venenosos.
• Ordens:
      ∗ Urodela (caudata) => tetrápodes com cauda e aspecto de lagarto. Ex: salamandras.
      ∗ Anura => corpos curtos sem cauda. Adaptação para o salto. Alguns não apresentam metamorfose, mas a maioria tem desenvolvimento indireto. Ex: sapos, pererecas e rãs.
      ∗ Gymnophiona (apoda) => sem patas. Ex: cobras-cegas.

Répteis 

• Primeiros a invadir com pleno sucesso o ambiente terrestre.
• Adaptações:
      ∗ Fecundação interna.
      ∗ Ovo com casca e tegumento quitinizado.
      ∗ Pele impermeável.

Aves 

• Primeiros homeotérmicos (temperatura corporal constante).
• Penas => isolante térmico.
• Adaptações ao voo:
      ∗ Ossos pneumáticos (ocos) e pouco densos.
      ∗ Ausência de dentes e bexiga.
      ∗ Sacos aéreos que servem para reduzir a densidade das aves, reserva de ar e dissipação do calor gerado no voo.
      ∗ Osso esterno com quilha para fixação de grandes músculos peitorais.
• Glândula uropigiana => glândula presente na região caudal que produz uma secreção oleosa para manter as penas flexíveis e impermeáveis.

Resumo Geral - Reino Animal


Sistema Endócrino - Principais hormônios

Ocitocina (hipotálamo) => popularmente conhecido como “hormônio do amor”, estimula as contrações uterinas e é corriqueiramente utilizado para induzir o parto nas mulheres.
Insulina (pâncreas) => aumenta a absorção de glicose pelas células do fígado, músculos esqueléticos e tecido adiposo, diminuindo sua concentração no sangue.
Glucagon (pâncreas) => atividade estimulante oposta à insulina, faz aumentar o teor de glicose na corrente sanguínea.
Adrenalina (glândulas suprarrenais) => prepara o organismo para realizar atividades físicas e esforços físicos, ocasionando taquicardia e aumento do estado de alerta.
Tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) (glândula tireoidea) => têm como função regular a velocidade do metabolismo e oxigenação dos tecidos. Para síntese destes hormônios, é necessária a ingestão de iodo. Deficiência = hipertireoidismo / hipotireoidismo.
Calcitonina (glândula tireoidea) => diminui o teor de cálcio no sangue quando este íon está em excesso.
Paratormônio (glândulas paratireoideas) => efeito contrário à calcitonina, aumentando o teor de cálcio no sangue quando em baixa concentração.
Progesterona (ovários) => hormônio sexual feminino, mantém o endométrio desenvolvido. O baixo nível de progesterona elimina este estímulo, havendo a descamação do endométrio (menstruação).

Em vermelho - estruturas endócrinas onde há a síntese do hormônio.
15.11.13

Coordenação Nervosa + Impulsos elétricos

O sistema nervoso, através da evolução dos filos dos seres vivos, ficou cada vez mais complexo.
Os animais mais primitivos, as esponjas, não apresentam células nervosas, apenas células musculares capazes de se contrair quando estimuladas.
Nos cnidários, já há um sistema nervoso, porém é difuso. Ou seja, funciona como uma rede de neurônios sem controle central, com órgãos sensoriais na periferia que fazem com que os cnidários recebam estímulos em todas a direções.
Após os cnidários, começa a haver uma centralização do sistema nervoso, formando pequenas condensações de neurônios chamados gânglios nervosos.
Nos equinodermos, por exemplo, estes feixes de neurônios se concentram em um anel ao redor da boca.
Começa a surgir, então, a cabeça, que serve para, de acordo com o sentido do deslocamento, “experimentar” o ambiente antes do resto do corpo.
A planária possui cabeça com olhos simples (ocelos), que, apesar de não enxergarem, são sensíveis à luz. Possui um gânglio cerebral de onde saem dois cordões nervosos no ventre do corpo.
Nos artrópodes e nos anelídeos, também há uma cadeia dupla e ventral, com a diferença de que, ao longo dos cordões, há diversos pares de gânglios.

Sistema nervoso na maioria dos invertebrados = duplo/ventral/maciço. 
Nos vertebrados, há uma completa mudança, e o sistema nervoso para a ser simples/dorsal/oco.
É formado pelo ENCÉFALO e pela MEDULA NERVOSA ou ESPINHAL.
O sistema nervoso central (SNC) é protegido por ossos e 3 membranas preenchidas com líquido cefalorraquidiano entre elas. São elas: dura-máter, aracnoide e pia-máter.
Do SNC partem nervos encefálicos e nervos espinhais, que formam o sistema nervoso periférico (SNP).

RESUMO



A propagação do impulso nervoso pelos neurônios sempre acontece no sentido dendrito -> corpo celular -> axônio. Os neurônios não se tocam, a transmissão ocorre através de uma sinapse química. Em repouso, os neurônios estão polarizados, ou seja, a bomba de Na+K+ funciona mantendo a concentração de Na+ no meio. Quando entra em ação, rapidamente altera sua permeabilidade e se despolariza. Vesículas de neurotransmissores (*) nas extremidades dos neurônios liberam, então, substâncias químicas que chegam até o próximo neurônio.

 


Clique para assistir a uma animação da transmissão de um impulso elétrico.

Há três tipos de neurônios, que, nesta ordem, provocam o arco reflexo:
1˚) Sensitivo (neurônios presentes na área de contato);
2˚) De associação (leva a mensagem até a medula espinhal);
3˚) Motor (neurônio-músculo).

(*) Principais neurotransmissores:
- noradrenalina;
- dopamina;
- serotonina;
- acetilcolina.

Quanto mais neurônios alcançam o LIMIAR (ponto em que o neurônio atingiu potencial para desencadear e liberar o impulso), mais dor sentimos.
3.11.13

Reino Animal (Parte 2)

< Continuação de Reino Animal (Parte 1)

V) Moluscos

• Animais de corpo mole.
• Três partes básicas: cabeça (estruturas sensitivas e gânglios cerebroides); pé; saco visceral (vísceras + manto ou pálio – dobras da epiderme onde se forma a concha).
• Gastrópodas (“gastro” – estômago + “podas” – pés) => rádula, que serve para raspar o alimento.
• Glândula pedal produtora de muco, que facilita o deslocamento dos moluscos terrestres.
• Classes:
      ∗ Cefalópodes => polvo, lula e náutilo.
      ∗ Gastropodas => caracol e lesmas.
      ∗ Scaphopodas => moluscos cuja concha lembra presas de elefantes.
      ∗ Bivalves => mariscos e mexilhões.
• Pérolas => quando alguns moluscos bivalves são invadidos por elementos estranhos, forma-se a pérola, que nada mais é que sucessivas camadas do material da concha que isolam os intrusos.

VI) Anelídeos 

• Metameria => organização de um corpo em segmentos (anéis).
• Locomovem-se por cerdas (primeiros a apresentar apêndices locomotores).
• Clitelo => anel maior que, posteriormente, forma o casulo.
• Cada anel possui ambos os aparelhos reprodutores e um coração.
• A maioria dos anelídeos tem desenvolvimento indireto, com uma fase larvar chamada de trocófora.
• Minhocas aram o solo e produzem húmus.
• Classes:
      ∗ Aquetas (sem cerdas) => sanguessugas*.
      ∗ Oligoquetas (poucas cerdas) => minhocas.
      ∗ Poliquetas (muitas cerdas) => nereide.

* As sanguessugas apresentam duas ventosas para fixação em suas presas e são utilizadas para tratamentos médicos (sangrias). A sanguessuga pode ser utilizada, por exemplo, como uma “válvula de escape” para o sangue acumulado em amputações. O procedimento é indolor devido ao efeito anestésico da saliva do animal.

VII) Artrópodes 

• São seres de membros locomotores articulados.
• Metameria, em que os metâmeros se fundem formando tagmas (cabeça, tórax e abdômen).
• Exoesqueleto quitinoso.
• Produzem o hormônio ecdisona responsável pela muda (troca de exoesqueleto conforme o crescimento do artrópode).
• Classes:
      ∗ Chilopoda (quilópodes) => Possuem um par de patas por segmento do corpo, onde o primeiro par de patas é transformado em forcípula, onde se abre uma glândula de veneno. Exemplos: centopeias e lacraias.
      ∗ Diplópoda (diplópodes) => Possuem dois pares de patas por segmento do corpo e produzem um substância que os deixa com gosto e cheiro desagradáveis. Exemplos: embuás, mudo-de-cois e piolhos-de-cobra.
      ∗ Insecta => Possuem três pares de patas; são o único grupo que apresenta asa; é uma das classes mais importantes na medicina por apresentar um grande número de vetores de doenças. Exemplos: mosquitos, moscas, inseto barbeiro, pulga, piolho.
      ∗ Crustáceos => Número de patas variado; ausência de asas; poucos representantes terrestres. Exemplos: caranguejos, camarões, sirirs, lagostas.
      ∗ Aracnida => Apresentam quelíceras que podem ser inoculadoras de veneno em algumas ordens; possuem quatro pares de patas; apresentam pedipalpos (órgão sensorial e de cópula – acasalamento). Exemplos: aranhas, escorpiões (que apresentam na cauda um aguilhão que abriga veneno), ácaros e carrapatos.



VIII) Equinodermos

• “Equino” = espinho / “derme” = pele.
• Exclusivamente marinhos.
• Primeiros deuterostômios (ânus desenvolve-se antes que a boca), característica que os aproximam dos CORDADOS e seres humanos.
• Enquanto larvas, apresentam simetria bilateral. Quando adultos, pentarradial.
• Grande capacidade de regeneração.
• Sistema ambulacrário ou hidrovascular – movimento.
• Pediculárias (pequenas pinças) = removem detritos e pequenos parasitas que repousem sobre o corpo dos equinodermos.

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Anatomia comparada: Excreção

• Denomina-se excretas apenas resíduos do metabolismo celular (substância que passam pelo interior das células).

• Funções do sistema excretor: controla a concentração de líquidos no corpo (osmorregulação); elimina substâncias prejudiciais; colabora com a homeostase.

• Além da água e do CO2, os principais produtos excretados são os nitrogenados, que são resultado da metabolização das proteínas (aminoácidos).

• A degradação dos aminoácidos ingeridos na alimentação gera como subproduto a AMÔNIA, que, por ser muito tóxica e solúvel, só pode ser excretada por seres aquáticos.

• Nos demais animais, o fígado converte a amônia em substâncias mais brandas, menos tóxicas: UREIA e ÁCIDO ÚRICO.

• Amoniotélicos = animais diretamente aquáticos, que eliminam amônia. 
   Ureotélicos = eliminam ureia.
   Uricotélicos = ácido úrico.

AMÔNIA => invertebrados aquáticos, larvas de anfíbios e peixes ósseos.
UREIA => mamíferos, anfíbios adultos e peixes cartilaginosos.
ÁCIDO ÚRICO => aves, répteis e artrópodes terrestres. 
• Nos poríferos e cnidários, a excreção ocorre por difusão. Nos demais invertebrados, por estruturas especializadas. São elas:
      ∗ Platelmintos => células-flama.
      ∗ Anelídeos e moluscos => nefrídios ou metanefrídios.
      ∗ Artrópodes => túbulos de Malpighi + glândula verde (insetos e crustáceos) ou glândulas coxais (aracnídeos).

• Altas taxas de ácido úrico podem formar placas calcificadas nas artérias, comprometendo a contração de suas camadas intermediárias e externas, que são, respectivamente, de tecido conjuntivo elástico e tecido muscular liso.

HUMANOS = néfrons (rins), que eliminam íons e vários metabólitos. A excreção através dos rins ocorre em três etapas:

      1˚) Filtração (no Glomérulo de Malpighi);
      2˚) Reabsorção (no túbulo renal);
      3˚) Secreção (urina – ureteres).

Durante a segunda etapa, se reabsorve cerca de 100% dos sais, da água, da glicose e dos aminoácidos. A ureia é eliminada. 


• O hormônio ADH (antidiurético) é o hormônio responsável pelo controle do volume hídrico do organismo, que age aumentando a reabsorção de água. É produzido no hipotálamo e secretado pela hipófise.

• Álcool – inibe a produção de ADH.

• Problemas e doenças relacionados ao sistema excretor: cálculos renais; glomerulite; uritrite; cistite.
30.10.13

América Anglo-Saxônica

• América Anglo-Saxônica => países do continente americano que tem como principal idioma o inglês e que também possuam laços históricos, étnicos, linguísticos e culturais com povos saxões.

• Composta pelos Estados Unidos e Canadá.

• América Anglo-Saxônica X América Latina:
      ∗ Na América Latina, as línguas derivam do latim, enquanto na América Anglo-Saxônica, as línguas derivam do anglo-saxão.
      ∗ Na América Latina, a colonização de exploração por parte dos países ibéricos gerou países historicamente subdesenvolvidos. A América Anglo-Saxônica, antes colônia de povoamento da Inglaterra, hoje reúne países mais desenvolvidos.
      ∗ América Latina = miscigenação racial; América Anglo-Saxônica = raça caucasiana (brancos).

• Contradições => província de Quebec (Canadá), Guiana e Belize.

• Relevo:
      ∗ Porção oriental => planaltos e montanhas muito antigos, caracterizados por intenso processo erosivo. Exemplos: Montes Apalaches e Planalto do Labrador.
      ∗ Porção central => constituída por extensas planícies, repletas de lagos e rios. Exemplos: Planície dos Grandes Lagos, Planície Lacustre e Planície do Mississipi.
      ∗ Porção ocidental => altas cadeias de montanhas, onde há vulcões ativos e frequentes terremotos. Exemplos: Sierra Nevada, Montanhas Rochosas, Planalto do Colorado.

• Vulcão Santa Helena => é um vulcão ativo localizado no sudoeste do estado norte-americano de Washington. Após 127 anos de inatividade, o vulcão entrou violentamente em erupção, aumentando sua largura em mais de 2 km e diminuindo sua altura em cerca de 400 m.

• Falha de San Andreas => falha geológica tangencial que se prolonga por cerca de 1290 km através da Califórnia. Marca um limite transformante entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-Americana, produzindo grandes terremotos. É cientificamente comprovado que um grande abalo sísmico na região pode desprender uma parte da Califórnia do continente.

LEMBRETE.
Movimentos das placas: orogênese (horizontal) ou epirogênese (vertical). 
• Hidrografia => abundância de lagos de origem glacial, como a região dos Grandes Lagos. Também possui generosa quantidade de rios que servem para a implantação de hidrovias e geração de energia elétrica, como o São Lourenço, o Mississipi e o Colorado.

• Vegetação e clima => no extremo norte da América Anglo-Saxônica, o clima é frio e polar, com vegetação rasteira adaptada às condições da região: a tundra. Na porção central do território, o clima é temperado, com verões e invernos bem definidos e florestas temperadas e caducifólias. Na parte leste dos EUA, o clima é semiárido e desértico, com vegetação adaptada à falta d’água, como estepes e plantas xerófilas. Nas áreas litorâneas, o clima é subtropical e a vegetação é a savana.

• O clima da América Anglo-Saxônica é influenciado por quatro fatores:
      ∗ Posição geográfica => quanto maior a latitude, menor a temperatura. Na América Anglo-Saxônica, as latitudes variam muito.
      ∗ Relevo => o relevo determina, nos Estados Unidos, a formação de desertos nos planaltos de Columbia e do Colorado, já que as barreiras montanhosas impedem que os ventos úmidos atinjam os vales; além disso, o relevo diminui as temperaturas no lado ocidental, em razão das grandes altitudes (cadeias da Costa e as Montanhas Rochosas).
      ∗ Correntes marítimas => chuvas intensas provocadas pela Corrente Pacífico-Norte (noroeste dos EUA e oeste do Canadá) e corrente do Golfo (sul dos EUA). A costa leste é atingida pela corrente fria do Labrador, que congela o litoral até a altura de Nova Iorque. Na porção oeste, a corrente fria da Califórnia torna semiárido todo o litoral.
      ∗ Massas de ar => A massa Polar, no Canadá, gera temperaturas de aproximadamente -25°C; mais ao sul, se manifesta sob a forma de geadas e frentes frias. No verão, avança para o norte a massa Tropical, elevando as temperaturas e provocando chuvas intensas nos EUA.

Curiosidades e observações:
• Estados separados do território americano (não contínuos) => Alasca e Havaí.
• No Brasil, Estados Unidos e Canadá, as capitais (Brasília, Washington D.C. e Ottawa, respectivamente) não são as cidades mais povoadas.
• Rio Grande => delimita a fronteira entre o território mexicano e o estadunidense (imigração clandestina).

Segundo Reinado

• Golpe da Maioridade – na tentativa de minar as crescentes rebeliões e indignações populares, antecipa-se a maioridade de D. Pedro II, que assume o governo com 15 anos.

• O primeiro momento de seu governo (1840-1845) foi marcado pela tentativa de dar estabilidade ao país, solucionando problemas econômicos e dando um fim à Guerra dos Farrapos.

• Num segundo momento (1850 – 1870), seu governo passa por um período de prosperidade, devido à produção de café (1) e ao surto industrial (2).

(1) Os EUA, após sua independência, cortam relações com a Inglaterra e passam a comercializar café com o Haiti. Na época, porém, o Haiti passava por sua guerra de independência, o que interrompe a produção de café do país. Dessa forma, os EUA recorrem ao café brasileiro, que ganha destaque.
A produção de café no Brasil floresceu em duas áreas:

      • Vale do Paraíba (declínio) => usavam técnicas inapropriadas para o café (esgotamento do solo); o relevo acidentado não contribuía para um bom cultivo; utilizavam mão de obra escrava, que já não era tão vantajosa.
      • Oeste Paulista (ascensão) => técnicas apropriadas; terreno plano; mão de obra livre.

(2) O fim do tráfico de escravos e o dinheiro que o eixo Rio-São Paulo acumula com o café propulsionam maiores investimentos para as indústrias. Além disso, os investimentos do acionista Barão de Mauá e a Tarifa Alves Branco (maiores tarifas aos produtos importados = proteção aos produtos nacionais) também contribuem para que o Brasil vivencie um surto industrial.

Política externa do Segundo Reinado:

      ∗ Questão Christie => marinheiros ingleses foram presos no Brasil por fazerem arruaça, o que quase ocasionou um rompimento diplomático entre Brasil e Inglaterra.

      ∗ Bill Aberdeen => lei inglesa que determinava que qualquer navio negreiro que circulasse pelo Atlântico seria apreendido (pressão da Inglaterra, que vivia o Imperialismo e utilizava da mão de obra dos africanos, para o fim do tráfico de escravos).

      ∗ Guerra do Paraguai.

            - Causas: o Paraguai, que deseja expandir suas terras e deter a saída para o Atlântico pela Bacia da Prata, invade terras vizinhas (Mato Grosso, Argentina).
            - Brasil, Argentina e Uruguai formam a Tríplice Aliança e, com o apoio em recursos bélicos da Inglaterra, vencem a guerra contra o Paraguai.
            - Interesses da Inglaterra: preocupa-se com o crescente desenvolvimento do Paraguai, o que ameaçava as relações econômicas inglesas na América Latina.
            - Consequências: o Paraguai e a Tríplice Aliança, mesmo que vitoriosa, sofreram com forte crise econômica. Brasil e Argentina acarretaram dívidas e tornaram-se ainda mais dependentes da Inglaterra. O Paraguai, ainda, teve de lidar com séries problemas demográficos. No Brasil, o movimento republicano e abolicionista ganha força (escravos condecorados na guerra não deviam retornar à condição de escravos).

Movimento abolicionista no Brasil:

      ∗ Lei Eusébio de Queiroz (1850) => fim do tráfico de escravos.
      ∗ Lei do Ventre Livre (1871) => os filhos das mulheres escravas nascidos a partir daquela data seriam livres, mas continuariam na condição de propriedade do senhor até os 21 anos.
      ∗ Lei do Sexagenário (1875) => declarava livres os escravos com mais de 65 anos.
      ∗ Lei Áurea (1888) => determinava o fim da escravidão no país.
29.10.13

Período Regencial

• Quando D. Pedro I abdicou ao trono, seu filho tinha apenas 5 anos e, portanto, não poderia assumir o poder. Enquanto não atingia a maioridade, fez-se necessária a instalação de um governo provisório.

• Como previsto na Constituição, no caso do sucessor não poder assumir o poder, este deveria ficar nas mãos de três regentes. O período regencial se divide em quatro momentos:

1˚) Regência Trina Provisória – período pequeno até que a Assembleia Geral saísse do recesso.
2˚) Regência Trina Permanente (1831 – 1835) – composto por Brigadeiro Lima e Silva, Bráulio Muniz e Costa Carvalho.
3˚) Regência Una (1835 – 1837) – Padre Diogo Feijó governa de forma mais progressista.
4˚) Regência Una (1837 – 1840) – Araújo Lima governa de forma mais regressista.

• Após a independência, o antigo Partido Português, que pretendia manter o Brasil na condição de Reino Unido, passou a defender o retorno de D. Pedro I, sendo então chamado de Partido Restaurador. 

• O Partido Brasileiro, que lutava pela independência, após a concretização da mesma dividiu-se em dois: Partido Liberal Moderado (regressista) e Partido Liberal Exaltado (progressista).

Regressista = maior centralização do poder.
Progressista = maior autonomia às províncias. 
• Durante a regência de Diogo Feijó foi criado o Ato Adicional, no qual ficou estabelecido(a):
      ∗ Maior autonomia às províncias;
      ∗ Rio de Janeiro se torna município neutro;
      ∗ Regência passaria a ser una (governada por um único regente).

• Na regência de Araújo Lima, o Ato Adicional foi alterado pela Lei Interpretativa, que retirava a autonomia antes conquistada pelas províncias.

• Durante o período regencial houve a criação da Guarda Nacional, força paramilitar que deveria conter rebeliões.

Rebeliões do Período Regencial:

Insurreição Malê => ocorreu na Bahia, em 1835. Foi uma revolta escrava liderada por negros muçulmanos da região. Como resultado, houve aumento da represália contra os escravos.
Sabinada => ocorreu na Bahia, de 1837 a 1838. Os revoltosos pretendiam separar a Bahia, formando a República Bahiense, até o fim do Período Regencial. A rebelião foi contida pela repressão regencial.
Balaiada => ocorreu no Maranhão, de 1838 a 1841. A principal causa da rebelião foi a miséria em que se encontrava a região com a queda do preço do algodão. Tropas do governo derrotam a revolta.
Cabanagem => ocorreu no Grão-Pará, entre 1835 e 1840. A população local se rebelou contra os privilégios da elite.
Farroupilha => ocorreu no Rio Grande do Sul, de 1835 a 1845. O conflito, no início, era apenas uma revolta contra os impostos estabelecidos sobre o charque. Mais tarde, tornou-se um movimento separatista, que desejava a independência da província. Após dez anos de guerra, foi feito um tratado de paz – Paz de Ponche Verde.

Naturalismo

• O Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo combatem a antiga estética do Romantismo.

• O Naturalismo apresenta o ambiente físico e social detalhadamente, ora aproximando-se, ora distanciando-se da realidade, como o zoom de uma máquina fotográfica.

• Quanto à linguagem, o autor se posiciona de forma científica diante da realidade, utilizando uma narração impessoal e de descrições minuciosas, com sugestões visuais, táteis, olfativas e auditivas.

• A prosa naturalista difere-se da realista porque tem preferencia pelo retrato de agrupamentos humanos. Trabalha a coletividade, enquanto o Realismo se preocupa com uma análise comportamental do indivíduo.

• Homens e mulheres vistos por uma perspectiva biológica, em que se destaca seu lado físico, instintivo, animal, por vezes até degradante.

• O erotismo, a violência e a agressividade são apresentadas como características naturais do homem.

• "O Cortiço" ~> obra de Aluísio de Azevedo considerada a mais importante da estética naturalista brasileira. Nela, o ambiente degradado gera seres degradados, a imundície do cenário se transfere para as almas humanas.

RESUMO:

• Naturalismo quanto à forma: linguagem simples, preocupação com minúcias, descrição e narrativa lenta, impessoalidade.

• Naturalismo quanto ao conteúdo: determinismo*, objetivismo científico, patologia social**, observação e análise da sociedade.

* O homem é um produto do meio e do momento histórico em que está inserido.
** A influência dos vícios, das taras, das doenças na formação do caráter do indivíduo.
6.10.13

Tecidos: Muscular e Nervoso

TECIDO MUSCULAR

 Células alongadas especializadas na contração.

 Locomoção e movimentação.

 Células musculares: conjunto de miócitos -> em cada miócito, um conjunto de miofibrilas -> em cada miofibrila, miofilamentos de actina e miosina.

 Na contração, os miofilamentos de actina (mais finos) deslizam sobre os de miosina (mais espessos).

 Classificam-se em:
⎯ Estriado esquelético (voluntários, núcleos periféricos);
⎯ Estriado cardíaco (involuntário);
⎯ Liso ou não-estriado (finos, ramificados, involuntários – movimentos dos órgãos).

TECIDO NERVOSO

 Células com pouquíssima substância intracelular.

 Células: neurônios (receber e transmitir estímulos nervosos) e células da glia (suporte e nutrição dos neurônios).

 Neurônios: corpo celular, dendritos, axônio.



 Os neurônios não se tocam, o impulso é transmitido por “bolsas” de sais que passam do axônio de um para o dendrito do outro.

 O impulso nervoso é sempre transmitido no sentido dendrito - > corpo celular - > axônio.

 Potencial de membrana ou potencial de reposo: entrada de sódio e saída de potássio, alternância entre cargas negativas e positivas.

 Substância cinzenta – corpos celulares; substância branca – axônios.

Tecidos: Epitelial e Conjuntivo

TECIDO EPITELIAL

∗ Células justapostas, com pouca substância intracelular.

∗ Forra órgãos e vasos.

∗ Assentados sobre um tecido conjuntivo, pois não possuem vasos sanguíneos e os nutrientes são transportados por difusão (por isso, em geral, não possuem muitas camadas).

∗ Entre o tecido epitelial e o conjuntivo há uma lâmina basal (colágeno + glicoproteínas) ou uma membrana basal (mais fibras, mais grossa).

∗ Cílios e microvilosidades – diferenciações no polo apical (parte superior, livre) para aumentar a superfície de contato. Exemplos: traqueia (cílios), intestino (microvilosidades) e estômago (microvilosidades).

∗ Glicocálice – função adesiva, junção entre as células.

∗ Outras estruturas com função adesiva: zônula de oclusão (como um imã), zônula de adesão (cola), desmossomos (discos, botões), junções gap (canais que atravessam as células).

∗ Tipos principais:

1) Revestimento:
Classificação por:
∗ Número de camadas – simples, estratificado, pseudoestratificado;
∗ Forma das células – pavimentoso, cúbico, prismático.

2) Glandular:
Classificação por:
∗ Tipo de secreção – mucosa, serosa, mista;
∗ Formação – unicelular, pluricelular;
∗ Local de secreção – exócrinas, endócrinas, mista.

TECIDO CONJUNTIVO

∗ Células imersas em grande quantidade de material extracelular (substância fundamental + fibras).

∗ As fibras podem ser:
⎯ Elásticas: proteínas fibrosas + elastina – elasticidade.
⎯ Colágenas: proteína colágeno – resistência à tração.
⎯ Reticulares: colágeno, mais finas e ramificadas.

∗ Classificação: propriamente dito (frouxo / denso não-modelado / denso modelado), de propriedades especiais (hematopoiético / reticular / adiposo), de consistência rígida (cartilaginoso / ósseo).

1) Propriamente dito: 
      ⎯ Frouxo:
            ∗ Funções: preencher espaços; apoiar células epiteliais; envolver nervos, músculos e vasos; cicatrização.
      ⎯ Denso não-modelado: derme.
      ⎯ Denso modelado (tendões):
            ∗ Rico em fibras colágenas.
            ∗ Resistência à tensão.
      ⎯ Tipos celulares: fibroblastos (produção de substância fundamental e fibras), fibrócitos (baixa atividade metabólica, são simplesmente células que compõem) e macrófagos (fagocitose).

2) De propriedades especiais:
      ⎯ Adiposo (lipídios, gordura):
            ∗ Reserva de energia, proteção contra choques mecânicos e isolante térmico.
      ⎯ Hematopoiético (sangue):
            ∗ Plasma + elementos figurados (principais: hemácias, glóbulos brancos e plaquetas).
            ∗ Hemácias: transporte de oxigênio, anucleadas (reprodução quando nascem).
            ∗ Glóbulos brancos: defesa do organismo, produzido nos órgãos linfáticos.
            ∗ Plaquetas: processo de coagulação sanguínea.
      ⎯ Reticular (rede):
            ∗ Suporte à células que formam as células do sangue.
            ∗ Tecido mieloide (medula óssea vermelha) e tecido linfoide (órgãos linfáticos).

3) De consistência rígida:

      ⎯ Cartilaginoso:
            ∗ Funções: sustentação, revestir articulações e facilitar movimentos, crescimento de longos ossos.
            ∗ Não há nervos na cartilagem.
            ∗ Condroblastos (produção das fibras colágenas e reticulares e a substância fundamental) / Condrócitos (baixa atividade metabólica).
      ⎯ Ósseo:
            ∗ Mais rígido que o cartilaginoso.
            ∗ Sais de cálcio e fósforo na substância fundamental (rigidez) + fibras colágenas (flexibilidade).
            ∗ Ricos em vasos sanguíneos -> sensibilidade, alto metabolismo e capacidade de regeneração.
            ∗ Osteoblastos (produção da matriz) / Osteócitos (baixa atividade metabólica) / Osteoclastos (reabsorção).
            ∗ Osso compacto (sem cavidades ) x Osso esponjoso (com cavidades).
            ∗ O interior dos ossos: medula óssea – amarela (tecido adiposo) ou vermelha (células do sangue).
            ∗ Remodelação (aparelhos ortodônticos).

América Pré-Colombiana

Hipóteses para o povoamento da América

Estreito de Bering: A América começou a ser povoada quando os primeiros grupos humanos vindos da Ásia atravessaram o Estreito de Bering e chegaram à América do Norte. Esta travessia ocorreu na ultima glaciação, período em que o estreito ficou coberto por uma camada de gelo, unido o continente americano ao asiático. Os humanos que vieram por esse caminho não conheciam as navegações e fizeram a travessia a pé, perseguindo animais.

Costeira: Grupos, com navegações ainda rudimentares e simples, contornaram a costa americana parando em alguns pontos, povoando a América a partir deles.

Transpacífica: Povoação da América a partir da travessia do Oceano Atlântico por navegantes.

Migração Atlântica: Navegantes partiram da Europa e, parando nas ilhas do Atlântico, contornaram parte do continente e chegaram à América. Nenhuma destas teorias consegue, no entanto, explicar a ocorrência de fósseis mais antigos na América do Sul, mais precisamente em Minas Gerais. Isto porque, segundo estas hipóteses, os primeiros grupos a povoarem a América teriam chegado à América do Norte ou à costa pacífica da América do Sul (Chile), e, deste modo, haveria fósseis mais antigos nestas regiões.

América Pré-Colombiana

Os povos que aqui se instalaram após migrarem da Ásia formaram sociedades de três tipos:

      • Sociedades de coletores e caçadores, como dos esquimós (nômades);
      • Sociedades que além da caça e da coleta praticavam a agricultura, como os indígenas do Brasil (seminômades);
      • Sociedades urbanas, como maias, incas e astecas (sedentários).

Caçadores e coletores: utensílios de pedra e madeira, desconheciam os metais; organizavam-se em tribos.
Agrárias: materialmente desenvolvidas; rigidamente divididas em camadas sociais; obras coletivas; controle estatal; desconheciam o ferro e trabalhavam com ouro e prata.

1) Maias:

• Economia baseada na agricultura – milho sagrado;
• Organização em cidades-estados;
• Escravidão era mínima destinada a sacrifícios;
• Sociedade: governantes, militares e sacerdotes; escribas, pintores e escultores; camponeses e artesãos;
• Desenvolveram escrita, numeração e calendários precisos;
• Construção de grandes pirâmides e sistemas de irrigação;
• Desenvolvimento da astronomia e esporte.

2) Astecas:

• Formaram um império baseado na escravidão;
• Economia: tributos dos povos conquistados, agricultura em propriedade coletiva e comércio;
• Politeísmo com sacrifícios humanos;
• Sociedade: clãs e bairros-clãs dedicados a agricultura, comerciantes (comunicação entre grandes centros e pequenas comunidades), artesãos formavam corporações e escravos que tinham acesso a terra;
• Três tipos de escrita: para nomes, para desenhos e ideias.
• Construíram Chimampas, pirâmides e obras de drenagem.

3) Incas:

• Sociedade organizada em clãs;
• Império vasto e populoso;
• Tolerância religiosa;
• Agricultura – organizada pelo estado, todos trabalhavam;
• Mita: obras públicas ou militares – impostos cobrados das comunidades que dominavam na forma de trabalho obrigatório;
• Grandes construtores: terraços agrícolas, aquedutos, ruas pavimentadas, irrigação, muros de encaixe, etc;
• Cuzco: cidade sagrada, centro do mundo, centro do império;
• Adoravam o sol, a natureza e possuíam lugares sagrados;
• Eram ágrafos e usavam o quipu para controle numérico.
2.10.13

Filosofia Moderna - Bacon, Descartes e Pascal

• Uma série de acontecimentos levam a Europa a profundas transformações, dentre eles:

∗ A passagem do feudalismo para o capitalismo e comércio, com a emergência da burguesia;
∗ A formação dos Estados nacionais, que fez surgir novas concepções político-econômicas;
∗ O movimento das Reformas Protestantes, que provocaram a quebra da unidade religiosa e a ideia de uma atuação humana passiva e submissa aos desígnios divinos;
∗ O desenvolvimento da ciência natural, que criou novos métodos científicos de investigação, mostrando a nova confiança na razão humana.

• Tudo isto fez florescer uma forte tendência antropocêntrica e racionalista, desenvolvendo uma filosofia laica (não religiosa), que acreditava na capacidade da razão de aperfeiçoar a vida humana.

• Esta nova mentalidade de pesquisar, experimentar e provar por meio da ciência se contrapunha ao pensamento medieval, meramente contemplativo e subjugado às verdades inquestionáveis da fé.

• Os pensadores modernos procuraram uma maneira de garantir a veracidade de um raciocínio, buscavam um método, uma base segura.

FRANCIS BACON:

∗ Lema ~> “Saber é poder”, que revela sua forte disposição a tornar os conhecimentos científicos instrumentos práticos de controle da realidade (bússola, pólvora, imprensa, etc).
∗ Para que a pesquisa experimental pudesse proporcionar resultados objetivos ao ser humano, os cientistas deveriam se libertar de todos os seus preconceitos, falsas noções e maus hábitos mentais, o que ele chamou de ídolos.
∗ Ídolos da tribo ~> falsas noções provenientes das próprias limitações da natureza da espécie humana;
∗ Ídolos da caverna ~> falsas noções do ser humano como indivíduo;
∗ Ídolos do mercado ~> falsas noções provenientes da linguagem e comunicação;
∗ Ídolos do teatro ~> falsas noções provenientes das concepções filosóficas, científicas e culturais vigentes.
∗ Criador do Método Indutivo da Ciência ~> cumpre as seguintes fases:
1˚) Observação da natureza;
2˚) Organização racional dos dados recolhidos;
3˚) Formulação de explicações gerais partindo de conceitos particulares;
4˚) Comprovação da hipótese formulada por experimentações.

RENÉ DESCARTES:

∗ Principal racionalista ~> as percepções sensoriais são fontes de erros.
∗ Dúvida metódica ~> durante nossa vida, formamos inúmeras convicções. Para o filósofo, em algum momento precisamos colocá-las todas em dúvidas, para analisá-las criteriosamente. Defende assim, um ceticismo hipotético, apenas retórico, porque devemos reassumir aquelas certas e verdadeiras.
∗ Descartes concluiu que a única verdade totalmente livre de dúvida, a única proposição firme, certa e segura, é a de que ele pensava. ~> “Penso, logo existo.”
∗ Dualismo ~> no mundo há dois tipos de substância: a pensantes e a extensa (matéria). O ser humano reúne as duas.
∗ Discurso do Método ~> obra em que procurou conduzir a busca da verdade:
∗ 1˚) Regra da evidência – só aceitar algo como verdadeiro se for absolutamente evidente sua clareza e distinção, como a teoria das ideias inatas proposta por Descartes (noção de espaço, movimento, matemática, etc).
∗ 2˚) Regra da análise – fragmentar o conhecimento (especialização – áreas do conhecimento que não dialogam com as demais).
∗ 3˚) Regra da síntese – ordenar as ideias, das mais simples para as mais complexas.
∗ 4˚) Regra da enumeração – certificar-se que nada foi omitido, revisão.

PASCAL:

∗ Admite a importância da razão, mas não a absolutiza: abre espaço para o sentimento, para a emoção.
∗ Críticas à Descartes por ser reducionista e não reconhecer a limitação da razão.
∗ Concilia a emoção com a razão ~> “O coração tem razões que a própria razão desconhece.”
∗ Refletiu sobre o ser humano em suas contradições, suas ambiguidades e, por isso, concluiu que não pode ser analisado e entendido de forma certa e exata, como a matemática.
∗ Pascal é contrário às tentativas racionais de explicar a existência de Deus por Tomás de Aquino, pois, para ele, há coisas que jamais a razão poderá compreender.
∗ “Deus é uma aposta” ~> não há lógica e necessidade em questionar sua existência; ao a negarmos, não perderemos nada; mas, se nela acreditarmos, ganhamos a vida eterna.

Filosofia Medieval - Agostinho e Aquino

• O período medieval tem início com o esfacelamento do Império Romano do Ocidente após sofrer sucessivos ataques bárbaros.

• Igreja Católica se mantém como instituição social, difundindo o cristianismo e preservando muitos aspectos da cultura greco-romana.

• Fé ~> base de qualquer religião; aceitação incondicional das verdades reveladas por Deus, expressas na Bíblia.

• Se todas as verdades são reveladas por Deus, não poderia haver nenhuma investigação filosófica ou científica que contrariasse a fé católica.

• Filosofia medieval ~> explicar racionalmente a fé, a fim de utilizar a filosofia como instrumento favorável ao cristianismo e convencer os descrentes a aceitar a imensidão dos mistérios divinos.

• Quatro fases:

∗ Padres apostólicos ~> disseminação da palavra de Cristo pelos seus apóstolos. Maior expoente: São Paulo.
∗ Padres apologistas ~> defesa da fé contra os hereges. Maiores expoentes: Orígenes, Justino e Tertuliano.
∗ Patrística ~> conciliação entre fé e razão. Maior expoente: Santo Agostinho.
∗ Escolástica ~> sistematização da filosofia cristã a partir da interpretação de Aristóteles. Maior expoente: Tomás de Aquino.

1) Patrística 

• A Igreja tinha consciência de que não se poderia coibir os hereges ou impor seus preceitos pela força, mas, sim, de maneira convincente, por um trabalho de pregação e conquista espiritual.

• Patrística ~> nome dado ao conjunto de textos elaborados pelos padres da Igreja sobre a fé e as revelações cristãs.

Agostinho ~> Durante sua juventude, Agostinho sempre foi ávido por conhecimento, inquieto. Despertou para a filosofia com Cícero, influenciou-se pelo maniqueísmo (corrente que prega a divisão do mundo em bem x mal), ceticismo e neoplatonismo, até que, em seu período crítico e passando por uma forte crise em busca do sentido de sua vida, converteu-se ao cristianismo.

Superioridade da alma ~> o espírito, criado por Deus, deveria reinar sobre o corpo. O pecado, para Agostinho, ocorre quando, pelo livre-arbítrio que possui, o indivíduo inverte estes valores e passa a subordinar a alma à matéria, o eterno ao transitório, a essência à aparência.

• Boas obras x Graças divina ~> Agostinho – a salvação só é obtida pela graça divina, encontrada na Igreja e concebida apenas aos que já estavam predestinados à recebê-la (ideia adotada pelos protestantes mais tarde). X Pelágio – ia contra Agostinho porque defendia que a boa vontade e boas obras seriam o suficiente para a salvação, passando pelo mérito humano e desprezando a necessidade da ajuda divina. 

• Filosofia grega – indivíduo como cidadão, ser social e político X filosofia cristã – indivíduo em sua vinculação pessoal com Deus.

• Liberdade e pecado ~> Para Santo Agostinho, liberdade é a harmonia das ações humanas com a vontade de Deus; o prazer de pecar é a escravidão. A liberdade é determinada pela vontade humana, ou seja, o ser humano pode utilizar de seu livre-arbítrio para satisfazer uma vontade má, e é por isso que precisa da orientação divina.

• Precedência da fé sobre a razão ~> a fé vem antes, revelando as verdades que, apenas mais tardes, poderão ser esclarecidas de forma racional.

• Influências:

∗ Maniqueísmo ~> o ser humano tem uma inclinação natural para o mal, para os pecados, e somente um esforço consciente pode nos fazer superar esta deficiência natural.
∗ Ceticismo ~> desconfiança no conhecimento sensorial.
∗ Platão ~> a verdade, como conhecimento eterno, deve ser buscada no “mundo das ideias”; defendeu o autoconhecimento, o caminho da interioridade como instrumento para esta busca. No mito, os olhos necessitam da luz do Sol para enxergar os objetos no mundo sensível; isto corresponderia aos “olhos da alma” precisarem da luz divina para visualizar as verdades da sabedoria.

2) Escolástica

• Palavra derivada de “escola”, por referir-se à produção filosófico-teologóica que surgiu nas escolas e universidades do período da renascença carolíngia com Carlos Magno.

• Influência aristotélica pelo fato de muitas de suas obras serem sido descobertas e traduzidas para o latim nesta época.

• Tomás de Aquino ~> o tomismo nasceu com o objetivo de não contrariar a fé, de organizar argumentos para defender o cristianismo. Aquino, em busca destes argumentos, reviveu muitos aspectos da filosofia de Aristóteles.

Princípios básicos:

1) Princípio da não contradição ~> o ser é ou não é; pode ser e não ser ao mesmo tempo (influência de Parmênides).
2) Princípio da substância ~> substância (a essência de algo, que torna a coisa o que ela é) x acidental (a qualidade acessória do ser).
3) Princípio da causa eficiente ~> todos os seres são seres contingentes, ou seja, não possuem em si próprios a causa eficiente de suas existências. Para existir, o ser contigente depende do ser necessário.
4) Princípio da finalidade ~> todo ser contingente existe por uma razão, por um fim. Todo ser contingente possui uma causa final.
5) Princípio do ato e da potência ~> ato representa a existência atual do ser, naquele momento; potência é a capacidade real do ser, é o que pode vir a realizar-se. A passagem de potência a ato é o que explica todas as mudanças.

• Elementos estranhos à filosofia aristotélica ~> criação do mundo, noção de um deus único e a ideia de que o vir a ser (a passagem de potenção ao ato) procede de Deus.

Provas da existência de Deus  ~> em sua obra “Suma Teológica”:

1) O prirmeiro motor ~> tudo aquilo que se move, necessista ser movido por outro. Se não houvesse um primeiro ser movente, cairíamos em um processo indefinido. Este primeiro ser imóvel é Deus.
2) A causa eficiente ~> a causa eficiente é o ato que impulsiona a criação, e nenhum ser contigente a possui em si próprio. A primeira causa eficiente, responsável pela sucessão de efeitos, é Deus.
3) Ser necessário e ser contingente ~> o que os distingue é anterioridade ou não de cada um; partindo do princípio de que todo o ser contingente passa a existir e também um dia deixa de exister, nada agora existiria. Portanto, é necessário que haja algum ser que sempre existiu e que seja a causa da necessidade de todos os seres contigentes: Deus.
4) Os graus de perfeição ~> se alguma coisa possui “mais” ou “menos” determinada qualidade positiva, isso supõe que deva existir um ser com o máximo desta qualidade, no nível da perfeição: Deus.
5) A finalidade do ser ~> todas as coisas na natureza cumprem uma função, um objetivo; devemos admitir, então, que exista algum ser que dirige todas elas para que cumpram com sua finalidade: Deus, a Suma Inteligência.

Imperialismo e Neocolonialismo

∗ Crescimento industrial das potências industriais europeias => necessidade de novos mercados consumidores, matéria-prima e mão de obra barata.

∗ Nova corrida colonial => ocupação da Ásia, África e Oceania => adoção de uma política imperialista (domínio territorial, intervenção militar e interferência econômica).


∗ Indústrias multinacionais são transferidas para as áreas colonizadas => alterações na dinâmica política, econômica, social e cultural dos países dominados => subdesenvolvimento e dependência econômica.

∗ Justificativa ideológica do Colonialismo do séc. XVI => expansão da fé cristã / Justificativa ideológica do Neocolonialismo do séc. XIX => missão civilizadora.

∗ Missão civilizadora => o ideal imperialista da supremacia econômica e cultural formulou o mito da superioridade racial dos países europeus.
• Darwinismo Social => Segundo o filósofo inglês H. Spencer, a Teoria da Evolução de Darwin podia ser perfeitamente aplicada à evolução da sociedade.
• A luta pela sobrevivência entre os animais correspondia à concorrência capitalista => a sobrevivência do mais forte era demonstrada pela forma criativa dos gigantes da indústria, que engoliam os competidores mais fracos, em seu caminho para o enriquecimento.

∗ Consequências do Imperialismo:
• Intensificação do capitalismo monopolista como uma solução parcial para crise de mercado.
• A vitória do modelo político liberal burguês amenizou as lutas operárias através da criação de alguns direitos trabalhistas (porém, a exploração ao trabalhador continua sendo a máquina do crescimento industrial).
• Desestruturação econômica, política, social e cultural do mundo colonizado.
• Guerras étnicas devido à partilha dos territórios baseando-se apenas nos interesses das potências.
• Disputa de territórios que acabaram por causar a 1a. Guerra Mundial em 1914.



Unificação Alemã

∗ A Revolução de 1848 na Alemanha, assim como na Itália, também exigia governos liberais e a formação de um só Estado.

∗ Alemanha era formada por Estados Confenderados (Confederação Germânica), dominados por Áustria e Prússia.

∗ Com exceção da região renana, na Prússia, onde ocorrera relativa expansão industrial, a economia alemã era predominantemente agrária (divisão do território retardava o desenvolvimento econômico capitalista).

∗ Zollverein => união alfandegária dos Estados alemães, que permitiu o avanço econômico.

* O Estado Alemão é unificado a partir de três conflitos:

. Guerra dos Ducados => contra a Dinamarca.

. Guerra das Sete Semanas (austro-prussiana) => derrota a Áustria.

. Guerra franco-prussiana (Batalha de Sedan) => derrota a França e consolida o Império Alemão com Guilherme I (II Reich).

∗ Alemanha herda Alsásia-Lorena, território francês rico em recursos mineirais => revanchismo da França (futura causa para a 1a. Guerra Mundial) e matéria-prima para o desenvolvimento industrial alemão.

Unificação Italiana

∗ Congresso de Viena divide a Itália em 7 Estados => Iniciativa italiana de se unificar politicamente e aderir aos movimentos liberais nacionalistas contra a descentralização e o absolutismo.

Movimentos nacionalistas e liberais (1848) => Reforçou movimentos sociais voltados para a defesa da nação e do Estado. Neste cenário, a burguesia busca manter a lógica de reprodução do capital e da produção industrial. Tal iniciativa provoca a ruptura com os interesses da classe operária (explorados), que se apoiam nos ideias socialistas e comunistas.
∗ Jovem Itália => organização revolucionária comandada pelas camadas médias sob liderança de Giuseppe Mazzini e Garibaldi.

∗ Risorgimento => movimento da alta burguesia, que lutava pela unificação sob uma monarquia liberal, comandado por Camilo Cavour.

∗ Itália predominantemente agrária e atrasada em relação aos outros países europeus => países do Norte impulsionam a industrialização (Piemonte).

∗ O Rei e o primeiro ministro de Piemonte, Vitor Emanuel II e Cavour, firmam aliança com a França => pacto militar antiaustríaco.

∗ Ameaça de invasão da Prússia leva a França a retirar seu apoio à Itália, que é obrigada a assinar o Tratado de Zurique, documento que lhe tomava territórios.

∗ Paralelamente, Garibaldi, através de movimentos patrióticos na Itália Central, consegue anexar diversos territórios a Piemonte => Reino da Alta Itália.

∗ 1860 => Ligação terrestre entre norte e sul => Reino da Itália. Entretanto, Veneza ainda estava sob comando austríaco e Roma sob comando de Napoleão III.

∗ França temerosa com a unificação da Itália, pois prevê o surgimento de uma nova potência próxima à sua fronteira.

∗ ALIANÇA ÍTALO-PRUSSIANA => contra inimigos comuns (Áustria e França). Retomam os territórios de Veneza e Roma e concluem a unificação sob o governo de uma monarquia constitucional e parlamentar.

∗ A Itália atrasou seu desenvolvimento capitalista industrial => sul agrário dominado pelas elites rurais / norte relativamente desenvolvido, mas com falta de mercado consumidor e matéria prima.

∗ Questão Romana => até então, inexistência de relações políticas e diplomáticas entre Igreja e Estado. Em 1929, o governo fascista de Mussolini, através do Tratado de Latrão, concede à Igreja a Praça de São Pedro, conhecida como Estado do Vaticano.
30.9.13

Período Colonial (Parte 2)

Economia açucareira

• O engenho é dividido em Casa Grande e Senzala (símbolos da sociedade), Moenda, Plantação e Casa de Purgar.

• Há agricultura de subsistência, criação de gado e produção de algodão, fumo e tabaco.

• A sociedade é estamental (sem mobilidade social), rural e patriarcal (homem como chefe de família). 

Invasão Francesa 

• França Antártica – fundação do Rio de Janeiro com Estácio de Sá e proximidade com os indígenas da região.

• França Equinocial – São Luís, Maranhão.

• Motivos: França não reconhecia o Tratado de Tordesilhas e sempre esteve presente na colônia, participando, por exemplo, do comércio do pau-brasil. Interessada nas terras, ocupam efetivamente estes dois trechos.

Invasão Holandesa

• Antecedentes: Espanha toma o trono de Portugal alegando ter parentescos reais após a morte do rei português e é formada a União Ibérica. Holanda, que não tinha boas relações com Espanha, é coibida de realizar o transporte do açúcar brasileiro.

• Holandeses, então, invadem o território brasileiro: 1ª tentativa ~> Bahia (fracassa pois é a sede administrativa da colônia, bem protegida); 2ª tentativa ~> Pernambuco (“Brasil Holândes”).

• Brasil Holandês: Maurício de Nassau melhorou estradas, construiu pontes, concedeu empréstimos, implantou missões culturais, contribuindo para o desenvolvimento da região ~> é substituído pela Companhia das Índias Ocidentais por gastar muito.

Idade do Ouro 

• Expedições para adentrar o território (ultrapassam o Tratado de Tordesilhas e, pelo acordo que existia entre as nações de “uti possetis”, quem ocupasse a terra era o verdadeiro dono dela):
~> Bandeiras: organizadas por particulares.
~> Entradas: organizadas pelo governo.

• Tipos de Bandeiras:

1˚) De contrato ~> contratados para procurar escravos fugitivos.
2˚) De apresamento ~> para captura de indígenas para trabalhar nas minas.
3˚) Procura por ouro.
4˚) Monções ~> bandeiras que abasteciam outras bandeiras, descendo os rios com suprimentos.

Mudanças que a atividade mineradora acarretou:

 ~> Econômica – mudança do eixo econômico do Nordeste para o Sudeste.
~> Política – mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro.
~> Sociais – urbanização; surgimento de uma classe média composta por comerciantes e profissionais liberais; mobilidade social (negros forrós – escravos podiam comprar sua liberdade).

• Repressão:

~> Quinto – imposto de 20% sobre o ouro coletado.
~> Casa de Fundição – locais onde o outro era transformado em barra e marcado pela Coroa, além de ser onde se retirava o quinto.
~> Intendência das Minas – órgão que fiscalizava e cobrava os impostos.
~> Finta – determinação de 100 arrobas anuais de ouro a serem eviadas a Portugal.
~> Derrama – cobrança dos impostos atrasados.

• Cultura e arte da mineração ~> Barroco, com expressões na escultura (mestre Ataide e Alejadinho) e literatura (Gregório de Matos).

• Política Pombalista:

 ~> Marquês de Pombau era ministro do rei de Portugal, que ordenava diretamente as ações dos governadores-gerais (adotou o despotismo esclarecido).
~> Criou a Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão para desenvolver a região e a produção de algodão.
~> Promoveu a liberdade religiosa através da expulsão dos jesuítas, mas, em contrapartida, deixou o Brasil sem professores (padres jesuítas).
~> Decretou a derrama.

• Distrito diamantino:

~> Produção de diamantes.
~> Difícil controle pois não há como transformar ou marcar a pedra.
~> Fecha-se o distrito, impedindo a transição de pessoas, para controlar a produção.

• Movimentos separatistas:

~> Influenciados pelos ideais iluministas e pela independência dos EUA.
~> Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana – movimentos pela emancipação e criação de um Estado em Minas Gerais e na Bahia.
~> Estes movimentos demostram a crise do sistema colonial – cobrança de altos imposos, esgotamento das minas e concorrência do açúcar (gerando uma crise econômica na colônia) e monopólio das Companhias de comércio.

Período Colonial (Parte 1)

• A colonização efetiva do território brasileiro se inicia apenas em 1530, 30 anos depois da chegada dos portugueses. Razões:
I) Não encontram ouro de imediato;
II) Havia maior interesse em suas colônias asiáticas, mais lucrativas na época para a metrópole.

 • Durante o período pré-colonial, foram enviadas ao território apenas algumas expedições para mapeamento do local e a visita de corsários.

• Sentido da colonização => Complementar e enriquecer a economia metropolitana.

• Com o declíneo das colônias asiáticas e a ameaça de invasões estrangeiras, Portugal funda a primeira vila na colônia – São Vicente.

• Consolidação da colonização através das capitanias hereditárias (sistema de ocupação, produção e divisão de terras que distribuiu, entre 12 donatários, 15 lotes de terra).

• Documentos de regulamentação das capitanias:
I) Carta de Doação – documento de posse pelos donatários;
II) Foral – direitos e deveres dos donatários (quinto; escravização; etc).

• Das 15 capitanias hereditárias, apenas 2 prosperaram (São Vicente e Pernambuco) porque investiram no cultivo de cana-de-açúcar.

• Causas para o mau desempenho das capitanias:
I) Grandes extensões de terra sob a responsabilidade de um único donatário;
II) Canibalismo e violência por parte dos nativos;
III) Distância da Metrópole.

• Solução: Governos-Gerais (auxílio na administração das capitanias – viabilizar a criação de novos engenhos; integrar os indígenas com os centros de colonização; combate do comércio ilegal; defesa dos colonos e a busca por metais preciosos).

• 1˚) Tomé de Souza – Primeiro bispado, cabeças de gado, câmaras municipais, fundou Salvador (mais tarde capital da Colônia).

• 2˚) Duarte da Costa – Funda instituições e escolas com os jesuítas; durante o seu governo ocorrem invasões francesas no Rio de Janeiro.

• 3˚) Mem de Sá – Expulsou os franceses, incentivou a produção de açúcar e combateu a escravidão.

• Dois Governos-Gerais – Bahia (Norte) e Rio de Janeiro (Sul).

• Ouvidor-mor => problemas de natureza judiciária e o cumprimento das leis vigentes. 

• Provedor-mor => organização dos gastos administrativos e arrecadação dos impostos cobrados.

• Capitão-mor => ações militares e combate dos invasores estrangeiros e ao ataque dos nativos.

• No primeiro momento, os colonos utilizaram a mão-de-obra indígena, porém diversos fatores dificultaram a utilização dela: não era lucrativa; os indígenas não estavam adaptados ao sistema de escravidão; havia muita resistência; juntamente com os governos-gerais, vieram os jesuítas, que expandiam a fé católica e criaram afeição pelos indígenas. Passaram a defender a ideia de que eram puros e inocentes e, por isso, não deveriam ser escravizados.

• Aldeamentos => missões que tinham por objetivo catequizar os nativos, difundindo a religião cristã e facilitando a colonização pela submissão aos europeus e à cultura europeia.

América Latina e Blocos Econômicos

América Latina.

• Abrange os países de língua derivada do latim, partindo do México e se estendendo até o extremo sul do continente americano.

• Divisões do continente americano:
∗ Física (por critérios geográficos) ~> América do Norte, América Central e América do Sul.
∗ Cultural ~> América Latina (predomínio do português, espanhol e dialetos indígenas) e América Anglo-Saxônica (predomínio da língua inglesa).

• A América Latina e a América Anglo-Saxônica diferem quanto formação histórica: no passado, foram colônias de exploração e povoamento, respectivamente.

• Aspecto comum: o subdesenvolvimento.

• Subdivisão da América Latina:

∗ Guianas ~> Extensas áreas planálticas e semimontanhosas. Guiana, Guiana Francesa, Suriname.
∗ Países platinos ~> Banhados pelos rios formadores da Bacia da Prata (rios Paraná, Uruguai e Paraguai). Argentina, Uruguai, Paraguai.
∗ Países andinos ~> Grandes trechos constituídos pela Cordilheira dos Andes. Colômbia, Venezuela, Chile, Bolívia, Peru, Equador.

1) GUIANAS

• Guiana: 
~> Praticamente sem indústrias.
~> Idioma oficial: inglês (colonização pelo Reino Unido).
~> 50% da população descendente de indianos.

Guiana Francesa: 
~> Capital: Caiena.
~> Território subordinado à França (chamado departamento ultramarino francês).
~> Economia baseada na sivicultura-madeira.
~> Tráfico de drogas.
~> Maioria da população negra.

• Suriname:
~> Maior reserva de bauxita do planeta.
~> Problemas internos com guerrilhas.
 ~> Tráfico de drogas.

2) PAÍSES PLATINOS

• Argentina: 
~> Capital: Buenos Aires.
~> Base industrial forte.
~> Clima subtropical, solos férteis (pampas) e Patagônia (frio intenso e pouco habitado).
~> Passou por uma ditadura militar, séria crise econômica em 1999 e reergueu-se a partir de 2003.

• Uruguai: 
~> Capital: Montevidéu.
~> Grande crescimento industrial e de produção ovina, exportação de lá e carnes no fim do século XIX – “ilha de prosperidade”.
 ~> Entretanto, em 1960, o preço destes produtos caem no mercado internacional -> enorme dívida externa.
~> Ditadura militar e instabilidade política -> queda do padrão de vida uruguaio.

• Paraguai: 
~> Capital: Assunção.
~> É o país mais pobre da América platina (industrialização fraca).
~> 43% da população vive no campo.
~> Guerra do Paraguai: Paraguai x Brasil, Uruguai e Argentina. No final do século XIX, o Paraguai era um país rico e em grande desenvolvimento, o que desagradava as grandes nações europeias (principalmente Reino Unido, que não queria este crescimento sem empréstimos externos).

3) PAÍSES ANDINOS

Venezuela: 
~> Atuação de guerrilhas.
~> Melhor padrão de vida.
~> Extração de petróleo.
~> Governo de aproximação socialista e política anti-imperialista.

Chile: 
~> Crescimento econômico nas décadas de 80 e 90.
~> Política de abertura para exportações (minérios e gêneros alimentícios - vinhos e frutas).
~> Ditatura militar, investimento na educação e reforma agrária.

• Colômbia: 
~> Capital: Bogotá.
~> Produtos de exportação: café, esmeralda, carvão, ouro e açúcar.
~> Industrialização fraca.
~> Maior produtor mundial de drogas, apoio da população em relação ao emprego.

• Equador: 
~> Capital: Quito.
~> Economia frágil, alta dívida externa.
~> Principal produto de exportação: petróleo.
~> Menor país da América Andina.
~> Vida política instável – constantes ameaças de golpe militares.

• Peru: 
~> Capital: Lima.
~> População constituída basicamente de indígenas.
~> Economia baseada na pesca, mineração e agricultura com pequena base industrial.
~> Terceiro produtor mundial de cocaína.
~> Vida política instável (guerrilhas).

‏ Bolívia:
~> Capital: La Paz.
~> Economia baseada na mineração de estanho e gás natural.
~> Vários golpes de estados.
~> Segundo produtor mundial de cocaína e de maconha.


RANKING DE DROGAS:
1˚) Colômbia.
2˚) Bolívia.
3˚) Peru.

Blocos econômicos. 

Mercosul ~> Mercado Comum do Sul (1991) criado com o Tratado de Assunção por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Livre movimentação de trabalho, serviços e capital e eliminação de barreiras tarifárias.

União Europeia ~> Mais poderoso bloco da atualidade, consiste na união econômica de 27 estados europeus que adotaram como unidade monetária o euro.

Nafta ~> Formado pelos EUA, Canadá e Méximo, o Acordo do Livre-Comércio da América do Norte entrou em vigor em 1994.

Alca ~> A criação de um bloco que envolvesse todo o continente americano, Área de Livre Comércio das Américas, foi sugerida em 1990 pelos Estados Unidos. Há muita polêmica em torno do bloco porque, uma vez concretizado, os EUA participariam ainda mais diretamente e dominariam a economia dos demais componentes do grupo.