24.11.13

Parnasianismo e Simbolismo

Parnasianismo 

• Manifestação poética do Realismo e do Naturalismo, estéticas antirromânticas.
• Quanto à estrutura, caracteriza-se pela sacralidade da forma, pelo respeito às regras de versificação, pelo preciosismo rítmico e vocabular, pelas rimas raras e pela preferência por estruturas fixas, como os sonetos.
• Sonetos: 2 quartetos e 2 tercetos, versos decassílabos ou alexandrinos.
• Quanto ao conteúdo, valoriza o exotismo e a mitologia. Os temas preferidos são os fatos históricos, objetos e paisagens. A descrição visual é o forte da poesia parnasiana.
• Cavalgamento ou encadeamento sintático (enjambement) = quando o verso termina quanto à métrica, mas não quanto à ideia, se encerrando no verso de baixo.
• Surgiu no Brasil em 1882 com a publicação da obra “Fanfarras” , de Teófilo Dias, embora tenha se consolidado com “Poesias”, de Olavo Bilac, apenas em 1888.
• Tríade Parnasiana:
      ∗ Alberto de Oliveira => autor de “Vaso Grego”, é considerado mestre da arte de compor retratos, quadros e cenas. Sua obra revela apego aos cânones formais e temáticos do parnasianismo, leve tendência à ironia.
      ∗ Raimundo Correia => sua poesia parnasiana caracteriza-se por extremo rigor métrico e um acentuado apuro verbal.
      ∗ Olavo Bilac => une conteúdo emotivo e linguagem clássica. Outra característica de sua obra é a dualidade no tratamento do amor, oscilando entre platonismo e sensualidade.
• Os parnasianos brasileiros não seguiram todos os aspectos do parnasianismo francês, pois muitos poemas não abandonaram a subjetividade da geração romântica e há preferência por temas voltados à realidade brasileira, contrariando o universalismo.

Simbolismo

• Estética que surgiu movida por ideias subjetivas, pelo individualismo e pelo misticismo.
• Oposição às vertentes realistas => A visão objetiva da realidade não desperta mais interesse, mas, sim, o ponto de vista particular de um único indivíduo.
• Semelhança com o Romantismo => É uma poesia que se opõe à poética parnasiana e se reaproxima da estética romântica. Entretanto, mais do que elaborar uma poesia egocêntrica e voltar-se para o coração, os simbolistas procuram o “eu” em sua mais profunda manifestação.
• Temáticas: metafísica, misticismo, espiritualidade e abstracionismo. Traz passagens oníricas, ou seja, relativas ao sonho, ao inconsciente. Existência humana, psicanálise, loucura.
• Corpo => cárcere da alma; a morte como instrumento de libertação.
• Sinestesia => mistura de sensações. Exemplos: “doce abraço”, “grito vermelho”.
• Musicalidade => aliteração (repetição de consoantes) e assonância (repetição de vogais).
• Dicotomia => alma/corpo, matéria/espírito.

“Ó formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!...
 Ó Formas vagas, fluídas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras...”
Trecho de Antífona, de Cruz e Souza. 
Neste trecho, o autor simbolista Cruz e Souza sugere um ambiente sem nomear objetivamente os elementos da realidade. Observa-se o imaginário, a fantasia e a obsessão pelo branco através da translucidez, nebulosidade e brilhos.
20.11.13

Tipos de Transporte

• O transporte representa o elemento mais importante do custo logístico de um país e tem papel fundamental na prestação do serviço ao cliente.
• Pode variar entre 4% e 25% do faturamento bruto, e em muitos casos supera o lucro operacional.
• Deve-se escolher, para cada tipo de carga, a modalidade de transporte mais apropriada, analisando o custo do serviço, tempo médio de entrega, perdas e danos, disponibilidade, etc.
• São cinco os tipos de transporte: Ferroviário, Rodoviário, Fluvial/Marítimo, Aeréo e Dutoviário.
• No Brasil, o meio de transporte mais utilizado é o Rodoviário (59%), seguido do Ferroviário (24%) e o Hidroviário (13%).
• Nos países mais desenvolvidos, como é o caso da Rússia, Canadá e Estados Unidos, o transporte Ferroviário tende a ultrapassar o Rodoviário.
• Custos fixos – de instalação x Custos variáveis – de manutenção.

(1) Ferroviário 

• Utilizado no deslocamento de grandes tonelagens de produtos homogêneos para longas distâncias. Exemplos: minérios (ferro, manganês); carvões minerais; derivados de petróleo, e grãos que são transportados a granel (sem embalagens).
• O transporte Ferroviário pode ser Regular, ou seja, presta serviço para qualquer usuário, ou Privado, sendo utilizado com exclusividade por algum proprietário.
• Altos custos fixos em equipamentos, terminais, vias férreas, etc, porém baixo custo variável.
• O custo do transporte Ferroviário acaba sendo bem menor que o transporte Rodoviário, porém não é amplamente utilizado no Brasil devido a problemas com a infraestrutura e a falta de investimentos nas ferrovias.
• Vantagens logísticas:
      > Transportam grande quantidade de carga por viagem;
      > Percorre longas distâncias em boa velocidade;
      > Não são prejudicadas pelo tempo ou tráfego competitivo;
      > Flexível quanto às mercadorias.
• Desvantagens logísticas:
      > Tem custos altos e, no Brasil, baixa segurança para produtos de alto valor agregado e pequenos;
      > Tem frequências de saídas menores em relação ao Rodoviário;
      > Ineficiente para curtas distâncias e alguns produtos;
      > Não serve para serviço à domicílio.
• Principais problemas das Ferrovias no Brasil:
      > Invasão da faixa de domínio nos centros urbanos e nos acessos aos portos;
      > Utilização compartilhada das linhas para passageiros e cargas na Região Metropolitana de São Paulo;
      > Quantidade insuficiente de vagões e locomotivas;
      > Interação operacional deficiente das malhas e traçado das linhas incompatível com as condições atuais.

(2) Rodoviário 

• O mais expressivo transporte de carga hoje no Brasil, atingindo praticamente todos os pontos do território nacional.
• Maior ênfase na década de 50 por conta da implantação da indústria automobilística, o que desencadeou a pavimentação das rodovias.
• É recomendado para mercadorias de alto valor ou produtos perecíveis, e não é recomendado para produtos agrícolas a granel.
• Apenas 10% das vias no Brasil é pavimentada.
• É dividido em: transportadoras regulares; transportadores contratados; frota própria; e autônomos.
• Baixos custos fixos, pois as rodovias são estabelecidas e construídas com fundos públicos ou são privatizadas, e custos variáveis médios, com combustível, manutenção, mão de obra, pedágio, etc.
• Vantagens logísticas:
      > Possibilidade de transporte integrado “porta a porta” e entrega a domicílio;
      > Flexibilidade do serviço em áreas geográficas dispersas;
      > Serviço é extensivo, adaptável e rápido.
      > Altas frequências.
• Desvantagens logísticas:
      > Volume transportado menor em comparação ao transporte ferroviário e marítimo;       > Custos elevados para longas distâncias;
      > Custo mais elevado em comparação ao transporte ferroviário e marítimo;
      > É prejudicado pelo tempo e pelo tráfego;
      > Maior intensidade de risco e danos à mercadoria.

(3) Hidroviário

• Transporte de granéis líquidos, produtos químicos, areia, carvão, cereais e bens de alto valor (nos operadores internacionais) e em contêineres.
• É dividido em: navios dedicados; navios contêineres e navios bidirecionais para veículos.
• Formas de navegação:
      > Cabotagem – é realizada entre portos ou pontos do território nacional.
      > Interior – é realizada em hidrovias interiores em percurso nacional ou internacional.
      > Longo Curso – realizada entre portos brasileiros e estrangeiros.
• Custo fixo médio para navios e equipamentos e custo variável baixo.
• O transporte Hidroviário possui um sistema de controle de tráfego e navegação marítima.
• Atualmente alguns portos são privatizados.
• Os terminais incluem todos os equipamentos para a carga e descarga dos produtos.
• Vantagens logísticas:
      > Transporta grande quantidade de carga por viagem;
      > Percorre longas distâncias;
      > Flexível quanto às mercadorias;
      > Transportam produtos perigosos, carga à granel, líquido, gasoso e veículos ou contêineres;
      > Custo operacionais menores.
• Desvantagens logísticas:
      > Não serve para cargas pequenas ou emergenciais;
      > Perda de tempo nas descargas e transferência de transporte;
      > Altos níveis de danos sobre a mercadoria;
      > Tempo de trânsito longo;
      > Baixa frequência.

(4) Aéreo

• É utilizado no transporte de cargas de alto valor unitário (artigos eletrônicos, relógios, alta moda, etc) e perecíveis (flores, frutas nobres, medicamentos, pequenos animais, etc).
• É dividido em: serviços regulares, contratuais e próprios.
• Custo fixo alto com a construção e manuseio de aeronaves, e custo variável também alto, com combustível, manutenção, mão-de-obra, etc.
• Vantagens logísticas:
      > Velocidade elevada e para transportes emergenciais;
      > Distância alcançada;
      > Segurança contra roubos, danos e extravios;
      > Redução de níveis de inventário e consequente redução de custo de estoque.
• Desvantagens logísticas:
      > Restrição de capacidade;
      > Impossibilidade de transporte à granel;
      > Inviabilidade de produtos de baixo custo unitário;
      > Custo de transporte elevado;
      > Prejudicado pelo tempo e pelo tráfego.

(5) Dutoviário 

• Os dutos são tubos subterrâneos impulsionados por bombeamento para superação dos obstáculos do relevo.
• Este sistema de transporte diminui consideravelmente o congestionamento das rodovias e ferrovias.
• São exemplos de dutos: oleoduto, gasoduto, mineroduto e aqueduto.
• Transporte de líquidos e gases em grandes volumes e materiais que podem ficar suspensos (petróleo brutos e derivados, minérios, etc).
• A movimentação é muito lenta, porém, é um meio de transporte que opera 24 horas por dia e 7 dias por semana.
 • O custo fixo é muito alto, devido aos direitos de acesso, construção, requisitos para controle das estações e capacidade de bombeamento. Em contrapartida, não há nenhum custo variável de grande relevância.

Modalidade de transporte mais barata = Hidroviário, seguido do Dutoviário.
Modalidade de transporte mais cara = Aéreo.
QUADRO COMPARATIVO - RESUMO GERAL


Clique para ampliar.


Estados Unidos no século XIX

∗ Marcha para o Oeste:

• Fatores que motivaram a conquista do Oeste:

      > Crescimento demográfico => A necessidade de aumentar a produção de alimentos determinou a incorporação de novas terras para o plantio e pastagens para os rebanhos.
      > Facilidades para aquisições de terras => O Homestead Act ratificou a ocupação das terras do Oeste, decretando que, se alguém cultivasse em local abandonado, passaria a ser seu novo proprietário.
      > Busca por metais preciosos => Corrida pelo ouro, descoberto na Califórnia em 1848.
      > Matéria-prima => As regiões em fase de industrialização procuravam novas fontes e locais para obtenção de matéria-prima.
      > A construção de ferrovias => Permitia a aplicação lucrativa de capitais e integrava os mercados, assegurando o escoamento da produção.

• Os pioneiros desta marcha foram os imigrantes europeus, que, sem condições de sobrevivência na costa leste, marchavam em cavalos, carroças ou navegavam em barcos pelos rios.

• Estes novos colonos não encontraram terras inabitadas. Durante o processo de interiorização, dizimaram inúmeras tribos indígenas, expulsando-as de seu território.

• Destino Manifesto => doutrina criada pelos americanos para justificar a ocupação do Oeste, a qual determinava que Deus havia concebido a eles a missão de levar a civilização a outros territórios.

• Os novos territórios incorporados pelos EUA foram adquiridos por compra, acordos diplomáticos ou pela guerra. Exs: Compras - Louisiana (França) e Flórida (Espanha); meios diplomáticos - Oregon (cedida pela Inglaterra); guerra - Texas (México).

• Consequências históricas da expansão para o Oeste:

      > Intensificação do crescimento demográfico entre 1820 e 1860 pela imigração europeia, atraída pela grande quantidade de terras disponíveis no país.
      > Massacre aos indígenas e seu confinamento em reservas.
      > Agravamento das divergências entre o Norte, no qual predominava uma rica e poderosa burguesia industrial, e o Sul, alicerçado sobre a prática do plantation (latifúndio, monocultura, trabalho escravo, produção voltada ao exterior).

Guerra de Secessão:

• Guerra Civil provocada pelos antagonismos existentes desde a época colonial entre os estados do Norte e os do Sul.

• Estados do Norte (colônias de povoamento) => desenvolvem uma economia baseada na pequena propriedade, na agricultura de subsistência e no trabalho livre, o que impulsiona a formação de uma sólida burguesia e o crescimento do comércio e da manufatura.

• Estados do Sul (colônias de exploração) => a sociedade sulista se caracterizou por uma poderosa aristocracia rural, que dominava uma imensa massa de escravos.

• Principais fatores da Guerra de Secessão:

      > Rivalidades políticas => desde a independência, a política do país havia sido dominada pela aristocracia sulista. Com a Marcha para o Oeste e o crescimento da industrialização, o Norte acelerou as bases capitalistas industriais, enfraquecendo a elite rural do Sul. Norte - Partido Republicano x Sul - Partido Democrático. Os novos partidos queriam eleger representantes para o Congresso Federal, pois quem o controlasse, teria assegurado a direção política do país.
      > Rivalidades econômicas => as indústrias do Norte adotaram uma política tarifária protecionista para evitar a concorrência com mercadorias britânicas e, consequentemente, fortalecer seu mercado interno. Em contrapartida, o Sul defendia o livre comércio, pois havia estabelecido um acordo com a Inglaterra no qual, em troca da venda de matérias primas, receberia produtos manufaturados ingleses sem taxas tributárias.
      > Além das rivalidades políticas e econômicas, havia a questão da abolição da escravatura, defendida pelos estados nortistas e fortemente combatida pelo Sul agrário.

Em síntese:

TARIFAS ALFANDEGÁRIAS – Norte Sul X
ABOLICIONISMO – Norte Sul X 
• Estopim da guerra => eleição do candidato republicano Abraham Lincoln nas eleições de 1860. Lincoln era claramente abolicionista, o que levou a aristocracia rural a reagir, fundando o Estado dos Confederados da América, com a participação de 11 estados que se declararam separados dos EUA.

• A Guerra iniciou-se em 1863 em Gottysburg e foi vencida pelos nortistas, liderados pelo general Grant. Neste ano, Lincoln declarou o fim da escravidão e em 1865 anexou os Estados Confederados, consolidando o fim do conflito.

• O fim da Guerra atrelou o Sul dos EUA ao modelo econômico e social do Norte, gerando a prevalência, em âmbito nacional, dos interesses nortistas.

• Após a Guerra, seguiu–se um período de reconstrução, caracterizado pelo grande crescimento industrial, agrícola e demográfico. Até 1890, os Estados Unidos passaram de sexta potência para primeira potencia mundial, superando a Inglaterra, Alemanha e França.

• Surgem diversas leis para a formação de um novo Estado. Dentre elas, as Leis de Jim Crow forçavam escolas e locais públicos a terem ambientes separados para negros e brancos, semelhantemente ao regime do apartheid na África do Sul.

• Ku Klux Klan (KKK) => No Sul, a não aceitação da abolição da escravidão determinou uma política de segregação social e a criação de grupos racistas extremistas, como a KKK. Este grupo defendia a supremacia branca e, para tal, usavam da violência, da repressão e do racismo, visando restringir os direitos da população afro americana.


Membros da Klu Klux Klan. Clique para ampliar a imagem.

• Tais leis foram apenas revogadas em 1964, com o Civil Right Acts (Atos de Direitos Civis), após longa pressão de movimentos sociais, em especial do movimento negro com Martin Luther King. 

Pode-se comparar os movimentos racistas que se seguiram nos EUA durante o século XIX/XX à não incorporação dos negros após o fim da escravidão no Brasil. Entretanto, a segregação racial no Sul dos EUA era LEGITIMADA, enquanto no Brasil, ocorre de forma encoberta e é, hoje, considerada crime.
• O isolacionismo em relação à Europa e o intervencionismo na América Latina foram as principais características da política externa norte americana.

      > Doutrina Monroe (James Monroe - 1823) => “América para os americanos”. Defendia uma América livre da interferência de nações europeias em questões internas e livre da criação de novas colônias. Os EUA se aproveitaram desta ideia para justificar seu imperialismo sobre a América Latina.
      > Política do Big Stick (Theodor Roosevelt - 1909) => Determinava a intervenção militar americana nos países latino americanos que estivessem colocando em perigo os interesses políticos e econômicos dos EUA.
      > Política da Boa Vizinhança (Franklyn Roosevelt – 1930) => Busca substituir o intervencionismo pela cooperação com países alinhados à Washington. Em 1939, com a Segunda Guerra Mundial, os EUA aprofundam esta política, visando construir um poderoso bloco hemisférico sob sua liderança.
17.11.13

Reino Animal (Parte 3)

< Continuação de Reino Animal (Parte 2)

IX) Cordados

• Características gerais:
      ∗ Presença de notocorda (estrutura embrionária que sustenta o tecido nervoso).
      ∗ Fenda faringeana.
      ∗ Tubo nervoso oco dorsal.



• Protocordados => não têm vértebras.

      ∗ Cephalocordados => notocorda na cabeça. Exemplo: anfioxo.

      ∗ Urocordados => notocorda na cauda. Exemplo: Tunicados ou Ascídias, popularmente conhecido como Maria-Mijona (ancestral mais distante dos humanos).


• Vertebrados => a notocorda é substituída pela coluna vertebral e o crânio.

      ∗ Agnatas => não têm mandíbula. Possuem 12 pares de fendas branquiais e corpo vermiforme. Exemplos: peixe-bruxa e lampreia.

      ∗ Gnatostomados => presença de mandíbula. São eles: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

Peixes 

• Seres aquáticos e pecilotérmicos.
• Subdividem-se em duas ordens:
      ∗ Condríctes => peixes cartilaginosos de boca ventral, com ausência de opérculo e bexiga natatória. Possuem nadadeiras pares e uma linha lateral, que capta vibrações na água (órgão sensitivo). Apresentam escamas placoides (embaixo da pele) e cloaca. Ex: tubarão, raixa e quimera.
      ∗ Osteíctes => peixes ósseos de boca voltada para frente, com opérculo cobrindo as brânquias, bexiga natatória, linha lateral e ânus. Escamas dérmicas (superficiais). Ex: carpa, sardinha, bacalhau.

Anfíbios 

• Primeiros animais a conquistarem o ambiente terrestre, mas ainda não se distanciam completamente do ambiente aquático.
• Fatores que não permitiram o total afastamento da água:
      ∗ Fecundação externa – não possuem pênis, cuja função é introduzir o gameta masculino no feminino. Lançam os gametas na água para que se encontrem com os gametas femininos.
      ∗ Fase larval dentro da água.
      ∗ Ovos sem casca, que ressecariam se permanecessem fora da água ou de ambientes úmidos.
      ∗ Pele permeável.
• Quanto mais coloridos, mais venenosos.
• Ordens:
      ∗ Urodela (caudata) => tetrápodes com cauda e aspecto de lagarto. Ex: salamandras.
      ∗ Anura => corpos curtos sem cauda. Adaptação para o salto. Alguns não apresentam metamorfose, mas a maioria tem desenvolvimento indireto. Ex: sapos, pererecas e rãs.
      ∗ Gymnophiona (apoda) => sem patas. Ex: cobras-cegas.

Répteis 

• Primeiros a invadir com pleno sucesso o ambiente terrestre.
• Adaptações:
      ∗ Fecundação interna.
      ∗ Ovo com casca e tegumento quitinizado.
      ∗ Pele impermeável.

Aves 

• Primeiros homeotérmicos (temperatura corporal constante).
• Penas => isolante térmico.
• Adaptações ao voo:
      ∗ Ossos pneumáticos (ocos) e pouco densos.
      ∗ Ausência de dentes e bexiga.
      ∗ Sacos aéreos que servem para reduzir a densidade das aves, reserva de ar e dissipação do calor gerado no voo.
      ∗ Osso esterno com quilha para fixação de grandes músculos peitorais.
• Glândula uropigiana => glândula presente na região caudal que produz uma secreção oleosa para manter as penas flexíveis e impermeáveis.

Resumo Geral - Reino Animal


Sistema Endócrino - Principais hormônios

Ocitocina (hipotálamo) => popularmente conhecido como “hormônio do amor”, estimula as contrações uterinas e é corriqueiramente utilizado para induzir o parto nas mulheres.
Insulina (pâncreas) => aumenta a absorção de glicose pelas células do fígado, músculos esqueléticos e tecido adiposo, diminuindo sua concentração no sangue.
Glucagon (pâncreas) => atividade estimulante oposta à insulina, faz aumentar o teor de glicose na corrente sanguínea.
Adrenalina (glândulas suprarrenais) => prepara o organismo para realizar atividades físicas e esforços físicos, ocasionando taquicardia e aumento do estado de alerta.
Tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) (glândula tireoidea) => têm como função regular a velocidade do metabolismo e oxigenação dos tecidos. Para síntese destes hormônios, é necessária a ingestão de iodo. Deficiência = hipertireoidismo / hipotireoidismo.
Calcitonina (glândula tireoidea) => diminui o teor de cálcio no sangue quando este íon está em excesso.
Paratormônio (glândulas paratireoideas) => efeito contrário à calcitonina, aumentando o teor de cálcio no sangue quando em baixa concentração.
Progesterona (ovários) => hormônio sexual feminino, mantém o endométrio desenvolvido. O baixo nível de progesterona elimina este estímulo, havendo a descamação do endométrio (menstruação).

Em vermelho - estruturas endócrinas onde há a síntese do hormônio.
15.11.13

Coordenação Nervosa + Impulsos elétricos

O sistema nervoso, através da evolução dos filos dos seres vivos, ficou cada vez mais complexo.
Os animais mais primitivos, as esponjas, não apresentam células nervosas, apenas células musculares capazes de se contrair quando estimuladas.
Nos cnidários, já há um sistema nervoso, porém é difuso. Ou seja, funciona como uma rede de neurônios sem controle central, com órgãos sensoriais na periferia que fazem com que os cnidários recebam estímulos em todas a direções.
Após os cnidários, começa a haver uma centralização do sistema nervoso, formando pequenas condensações de neurônios chamados gânglios nervosos.
Nos equinodermos, por exemplo, estes feixes de neurônios se concentram em um anel ao redor da boca.
Começa a surgir, então, a cabeça, que serve para, de acordo com o sentido do deslocamento, “experimentar” o ambiente antes do resto do corpo.
A planária possui cabeça com olhos simples (ocelos), que, apesar de não enxergarem, são sensíveis à luz. Possui um gânglio cerebral de onde saem dois cordões nervosos no ventre do corpo.
Nos artrópodes e nos anelídeos, também há uma cadeia dupla e ventral, com a diferença de que, ao longo dos cordões, há diversos pares de gânglios.

Sistema nervoso na maioria dos invertebrados = duplo/ventral/maciço. 
Nos vertebrados, há uma completa mudança, e o sistema nervoso para a ser simples/dorsal/oco.
É formado pelo ENCÉFALO e pela MEDULA NERVOSA ou ESPINHAL.
O sistema nervoso central (SNC) é protegido por ossos e 3 membranas preenchidas com líquido cefalorraquidiano entre elas. São elas: dura-máter, aracnoide e pia-máter.
Do SNC partem nervos encefálicos e nervos espinhais, que formam o sistema nervoso periférico (SNP).

RESUMO



A propagação do impulso nervoso pelos neurônios sempre acontece no sentido dendrito -> corpo celular -> axônio. Os neurônios não se tocam, a transmissão ocorre através de uma sinapse química. Em repouso, os neurônios estão polarizados, ou seja, a bomba de Na+K+ funciona mantendo a concentração de Na+ no meio. Quando entra em ação, rapidamente altera sua permeabilidade e se despolariza. Vesículas de neurotransmissores (*) nas extremidades dos neurônios liberam, então, substâncias químicas que chegam até o próximo neurônio.

 


Clique para assistir a uma animação da transmissão de um impulso elétrico.

Há três tipos de neurônios, que, nesta ordem, provocam o arco reflexo:
1˚) Sensitivo (neurônios presentes na área de contato);
2˚) De associação (leva a mensagem até a medula espinhal);
3˚) Motor (neurônio-músculo).

(*) Principais neurotransmissores:
- noradrenalina;
- dopamina;
- serotonina;
- acetilcolina.

Quanto mais neurônios alcançam o LIMIAR (ponto em que o neurônio atingiu potencial para desencadear e liberar o impulso), mais dor sentimos.
3.11.13

Reino Animal (Parte 2)

< Continuação de Reino Animal (Parte 1)

V) Moluscos

• Animais de corpo mole.
• Três partes básicas: cabeça (estruturas sensitivas e gânglios cerebroides); pé; saco visceral (vísceras + manto ou pálio – dobras da epiderme onde se forma a concha).
• Gastrópodas (“gastro” – estômago + “podas” – pés) => rádula, que serve para raspar o alimento.
• Glândula pedal produtora de muco, que facilita o deslocamento dos moluscos terrestres.
• Classes:
      ∗ Cefalópodes => polvo, lula e náutilo.
      ∗ Gastropodas => caracol e lesmas.
      ∗ Scaphopodas => moluscos cuja concha lembra presas de elefantes.
      ∗ Bivalves => mariscos e mexilhões.
• Pérolas => quando alguns moluscos bivalves são invadidos por elementos estranhos, forma-se a pérola, que nada mais é que sucessivas camadas do material da concha que isolam os intrusos.

VI) Anelídeos 

• Metameria => organização de um corpo em segmentos (anéis).
• Locomovem-se por cerdas (primeiros a apresentar apêndices locomotores).
• Clitelo => anel maior que, posteriormente, forma o casulo.
• Cada anel possui ambos os aparelhos reprodutores e um coração.
• A maioria dos anelídeos tem desenvolvimento indireto, com uma fase larvar chamada de trocófora.
• Minhocas aram o solo e produzem húmus.
• Classes:
      ∗ Aquetas (sem cerdas) => sanguessugas*.
      ∗ Oligoquetas (poucas cerdas) => minhocas.
      ∗ Poliquetas (muitas cerdas) => nereide.

* As sanguessugas apresentam duas ventosas para fixação em suas presas e são utilizadas para tratamentos médicos (sangrias). A sanguessuga pode ser utilizada, por exemplo, como uma “válvula de escape” para o sangue acumulado em amputações. O procedimento é indolor devido ao efeito anestésico da saliva do animal.

VII) Artrópodes 

• São seres de membros locomotores articulados.
• Metameria, em que os metâmeros se fundem formando tagmas (cabeça, tórax e abdômen).
• Exoesqueleto quitinoso.
• Produzem o hormônio ecdisona responsável pela muda (troca de exoesqueleto conforme o crescimento do artrópode).
• Classes:
      ∗ Chilopoda (quilópodes) => Possuem um par de patas por segmento do corpo, onde o primeiro par de patas é transformado em forcípula, onde se abre uma glândula de veneno. Exemplos: centopeias e lacraias.
      ∗ Diplópoda (diplópodes) => Possuem dois pares de patas por segmento do corpo e produzem um substância que os deixa com gosto e cheiro desagradáveis. Exemplos: embuás, mudo-de-cois e piolhos-de-cobra.
      ∗ Insecta => Possuem três pares de patas; são o único grupo que apresenta asa; é uma das classes mais importantes na medicina por apresentar um grande número de vetores de doenças. Exemplos: mosquitos, moscas, inseto barbeiro, pulga, piolho.
      ∗ Crustáceos => Número de patas variado; ausência de asas; poucos representantes terrestres. Exemplos: caranguejos, camarões, sirirs, lagostas.
      ∗ Aracnida => Apresentam quelíceras que podem ser inoculadoras de veneno em algumas ordens; possuem quatro pares de patas; apresentam pedipalpos (órgão sensorial e de cópula – acasalamento). Exemplos: aranhas, escorpiões (que apresentam na cauda um aguilhão que abriga veneno), ácaros e carrapatos.



VIII) Equinodermos

• “Equino” = espinho / “derme” = pele.
• Exclusivamente marinhos.
• Primeiros deuterostômios (ânus desenvolve-se antes que a boca), característica que os aproximam dos CORDADOS e seres humanos.
• Enquanto larvas, apresentam simetria bilateral. Quando adultos, pentarradial.
• Grande capacidade de regeneração.
• Sistema ambulacrário ou hidrovascular – movimento.
• Pediculárias (pequenas pinças) = removem detritos e pequenos parasitas que repousem sobre o corpo dos equinodermos.

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Anatomia comparada: Excreção

• Denomina-se excretas apenas resíduos do metabolismo celular (substância que passam pelo interior das células).

• Funções do sistema excretor: controla a concentração de líquidos no corpo (osmorregulação); elimina substâncias prejudiciais; colabora com a homeostase.

• Além da água e do CO2, os principais produtos excretados são os nitrogenados, que são resultado da metabolização das proteínas (aminoácidos).

• A degradação dos aminoácidos ingeridos na alimentação gera como subproduto a AMÔNIA, que, por ser muito tóxica e solúvel, só pode ser excretada por seres aquáticos.

• Nos demais animais, o fígado converte a amônia em substâncias mais brandas, menos tóxicas: UREIA e ÁCIDO ÚRICO.

• Amoniotélicos = animais diretamente aquáticos, que eliminam amônia. 
   Ureotélicos = eliminam ureia.
   Uricotélicos = ácido úrico.

AMÔNIA => invertebrados aquáticos, larvas de anfíbios e peixes ósseos.
UREIA => mamíferos, anfíbios adultos e peixes cartilaginosos.
ÁCIDO ÚRICO => aves, répteis e artrópodes terrestres. 
• Nos poríferos e cnidários, a excreção ocorre por difusão. Nos demais invertebrados, por estruturas especializadas. São elas:
      ∗ Platelmintos => células-flama.
      ∗ Anelídeos e moluscos => nefrídios ou metanefrídios.
      ∗ Artrópodes => túbulos de Malpighi + glândula verde (insetos e crustáceos) ou glândulas coxais (aracnídeos).

• Altas taxas de ácido úrico podem formar placas calcificadas nas artérias, comprometendo a contração de suas camadas intermediárias e externas, que são, respectivamente, de tecido conjuntivo elástico e tecido muscular liso.

HUMANOS = néfrons (rins), que eliminam íons e vários metabólitos. A excreção através dos rins ocorre em três etapas:

      1˚) Filtração (no Glomérulo de Malpighi);
      2˚) Reabsorção (no túbulo renal);
      3˚) Secreção (urina – ureteres).

Durante a segunda etapa, se reabsorve cerca de 100% dos sais, da água, da glicose e dos aminoácidos. A ureia é eliminada. 


• O hormônio ADH (antidiurético) é o hormônio responsável pelo controle do volume hídrico do organismo, que age aumentando a reabsorção de água. É produzido no hipotálamo e secretado pela hipófise.

• Álcool – inibe a produção de ADH.

• Problemas e doenças relacionados ao sistema excretor: cálculos renais; glomerulite; uritrite; cistite.