30.10.13

América Anglo-Saxônica

• América Anglo-Saxônica => países do continente americano que tem como principal idioma o inglês e que também possuam laços históricos, étnicos, linguísticos e culturais com povos saxões.

• Composta pelos Estados Unidos e Canadá.

• América Anglo-Saxônica X América Latina:
      ∗ Na América Latina, as línguas derivam do latim, enquanto na América Anglo-Saxônica, as línguas derivam do anglo-saxão.
      ∗ Na América Latina, a colonização de exploração por parte dos países ibéricos gerou países historicamente subdesenvolvidos. A América Anglo-Saxônica, antes colônia de povoamento da Inglaterra, hoje reúne países mais desenvolvidos.
      ∗ América Latina = miscigenação racial; América Anglo-Saxônica = raça caucasiana (brancos).

• Contradições => província de Quebec (Canadá), Guiana e Belize.

• Relevo:
      ∗ Porção oriental => planaltos e montanhas muito antigos, caracterizados por intenso processo erosivo. Exemplos: Montes Apalaches e Planalto do Labrador.
      ∗ Porção central => constituída por extensas planícies, repletas de lagos e rios. Exemplos: Planície dos Grandes Lagos, Planície Lacustre e Planície do Mississipi.
      ∗ Porção ocidental => altas cadeias de montanhas, onde há vulcões ativos e frequentes terremotos. Exemplos: Sierra Nevada, Montanhas Rochosas, Planalto do Colorado.

• Vulcão Santa Helena => é um vulcão ativo localizado no sudoeste do estado norte-americano de Washington. Após 127 anos de inatividade, o vulcão entrou violentamente em erupção, aumentando sua largura em mais de 2 km e diminuindo sua altura em cerca de 400 m.

• Falha de San Andreas => falha geológica tangencial que se prolonga por cerca de 1290 km através da Califórnia. Marca um limite transformante entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-Americana, produzindo grandes terremotos. É cientificamente comprovado que um grande abalo sísmico na região pode desprender uma parte da Califórnia do continente.

LEMBRETE.
Movimentos das placas: orogênese (horizontal) ou epirogênese (vertical). 
• Hidrografia => abundância de lagos de origem glacial, como a região dos Grandes Lagos. Também possui generosa quantidade de rios que servem para a implantação de hidrovias e geração de energia elétrica, como o São Lourenço, o Mississipi e o Colorado.

• Vegetação e clima => no extremo norte da América Anglo-Saxônica, o clima é frio e polar, com vegetação rasteira adaptada às condições da região: a tundra. Na porção central do território, o clima é temperado, com verões e invernos bem definidos e florestas temperadas e caducifólias. Na parte leste dos EUA, o clima é semiárido e desértico, com vegetação adaptada à falta d’água, como estepes e plantas xerófilas. Nas áreas litorâneas, o clima é subtropical e a vegetação é a savana.

• O clima da América Anglo-Saxônica é influenciado por quatro fatores:
      ∗ Posição geográfica => quanto maior a latitude, menor a temperatura. Na América Anglo-Saxônica, as latitudes variam muito.
      ∗ Relevo => o relevo determina, nos Estados Unidos, a formação de desertos nos planaltos de Columbia e do Colorado, já que as barreiras montanhosas impedem que os ventos úmidos atinjam os vales; além disso, o relevo diminui as temperaturas no lado ocidental, em razão das grandes altitudes (cadeias da Costa e as Montanhas Rochosas).
      ∗ Correntes marítimas => chuvas intensas provocadas pela Corrente Pacífico-Norte (noroeste dos EUA e oeste do Canadá) e corrente do Golfo (sul dos EUA). A costa leste é atingida pela corrente fria do Labrador, que congela o litoral até a altura de Nova Iorque. Na porção oeste, a corrente fria da Califórnia torna semiárido todo o litoral.
      ∗ Massas de ar => A massa Polar, no Canadá, gera temperaturas de aproximadamente -25°C; mais ao sul, se manifesta sob a forma de geadas e frentes frias. No verão, avança para o norte a massa Tropical, elevando as temperaturas e provocando chuvas intensas nos EUA.

Curiosidades e observações:
• Estados separados do território americano (não contínuos) => Alasca e Havaí.
• No Brasil, Estados Unidos e Canadá, as capitais (Brasília, Washington D.C. e Ottawa, respectivamente) não são as cidades mais povoadas.
• Rio Grande => delimita a fronteira entre o território mexicano e o estadunidense (imigração clandestina).

Segundo Reinado

• Golpe da Maioridade – na tentativa de minar as crescentes rebeliões e indignações populares, antecipa-se a maioridade de D. Pedro II, que assume o governo com 15 anos.

• O primeiro momento de seu governo (1840-1845) foi marcado pela tentativa de dar estabilidade ao país, solucionando problemas econômicos e dando um fim à Guerra dos Farrapos.

• Num segundo momento (1850 – 1870), seu governo passa por um período de prosperidade, devido à produção de café (1) e ao surto industrial (2).

(1) Os EUA, após sua independência, cortam relações com a Inglaterra e passam a comercializar café com o Haiti. Na época, porém, o Haiti passava por sua guerra de independência, o que interrompe a produção de café do país. Dessa forma, os EUA recorrem ao café brasileiro, que ganha destaque.
A produção de café no Brasil floresceu em duas áreas:

      • Vale do Paraíba (declínio) => usavam técnicas inapropriadas para o café (esgotamento do solo); o relevo acidentado não contribuía para um bom cultivo; utilizavam mão de obra escrava, que já não era tão vantajosa.
      • Oeste Paulista (ascensão) => técnicas apropriadas; terreno plano; mão de obra livre.

(2) O fim do tráfico de escravos e o dinheiro que o eixo Rio-São Paulo acumula com o café propulsionam maiores investimentos para as indústrias. Além disso, os investimentos do acionista Barão de Mauá e a Tarifa Alves Branco (maiores tarifas aos produtos importados = proteção aos produtos nacionais) também contribuem para que o Brasil vivencie um surto industrial.

Política externa do Segundo Reinado:

      ∗ Questão Christie => marinheiros ingleses foram presos no Brasil por fazerem arruaça, o que quase ocasionou um rompimento diplomático entre Brasil e Inglaterra.

      ∗ Bill Aberdeen => lei inglesa que determinava que qualquer navio negreiro que circulasse pelo Atlântico seria apreendido (pressão da Inglaterra, que vivia o Imperialismo e utilizava da mão de obra dos africanos, para o fim do tráfico de escravos).

      ∗ Guerra do Paraguai.

            - Causas: o Paraguai, que deseja expandir suas terras e deter a saída para o Atlântico pela Bacia da Prata, invade terras vizinhas (Mato Grosso, Argentina).
            - Brasil, Argentina e Uruguai formam a Tríplice Aliança e, com o apoio em recursos bélicos da Inglaterra, vencem a guerra contra o Paraguai.
            - Interesses da Inglaterra: preocupa-se com o crescente desenvolvimento do Paraguai, o que ameaçava as relações econômicas inglesas na América Latina.
            - Consequências: o Paraguai e a Tríplice Aliança, mesmo que vitoriosa, sofreram com forte crise econômica. Brasil e Argentina acarretaram dívidas e tornaram-se ainda mais dependentes da Inglaterra. O Paraguai, ainda, teve de lidar com séries problemas demográficos. No Brasil, o movimento republicano e abolicionista ganha força (escravos condecorados na guerra não deviam retornar à condição de escravos).

Movimento abolicionista no Brasil:

      ∗ Lei Eusébio de Queiroz (1850) => fim do tráfico de escravos.
      ∗ Lei do Ventre Livre (1871) => os filhos das mulheres escravas nascidos a partir daquela data seriam livres, mas continuariam na condição de propriedade do senhor até os 21 anos.
      ∗ Lei do Sexagenário (1875) => declarava livres os escravos com mais de 65 anos.
      ∗ Lei Áurea (1888) => determinava o fim da escravidão no país.
29.10.13

Período Regencial

• Quando D. Pedro I abdicou ao trono, seu filho tinha apenas 5 anos e, portanto, não poderia assumir o poder. Enquanto não atingia a maioridade, fez-se necessária a instalação de um governo provisório.

• Como previsto na Constituição, no caso do sucessor não poder assumir o poder, este deveria ficar nas mãos de três regentes. O período regencial se divide em quatro momentos:

1˚) Regência Trina Provisória – período pequeno até que a Assembleia Geral saísse do recesso.
2˚) Regência Trina Permanente (1831 – 1835) – composto por Brigadeiro Lima e Silva, Bráulio Muniz e Costa Carvalho.
3˚) Regência Una (1835 – 1837) – Padre Diogo Feijó governa de forma mais progressista.
4˚) Regência Una (1837 – 1840) – Araújo Lima governa de forma mais regressista.

• Após a independência, o antigo Partido Português, que pretendia manter o Brasil na condição de Reino Unido, passou a defender o retorno de D. Pedro I, sendo então chamado de Partido Restaurador. 

• O Partido Brasileiro, que lutava pela independência, após a concretização da mesma dividiu-se em dois: Partido Liberal Moderado (regressista) e Partido Liberal Exaltado (progressista).

Regressista = maior centralização do poder.
Progressista = maior autonomia às províncias. 
• Durante a regência de Diogo Feijó foi criado o Ato Adicional, no qual ficou estabelecido(a):
      ∗ Maior autonomia às províncias;
      ∗ Rio de Janeiro se torna município neutro;
      ∗ Regência passaria a ser una (governada por um único regente).

• Na regência de Araújo Lima, o Ato Adicional foi alterado pela Lei Interpretativa, que retirava a autonomia antes conquistada pelas províncias.

• Durante o período regencial houve a criação da Guarda Nacional, força paramilitar que deveria conter rebeliões.

Rebeliões do Período Regencial:

Insurreição Malê => ocorreu na Bahia, em 1835. Foi uma revolta escrava liderada por negros muçulmanos da região. Como resultado, houve aumento da represália contra os escravos.
Sabinada => ocorreu na Bahia, de 1837 a 1838. Os revoltosos pretendiam separar a Bahia, formando a República Bahiense, até o fim do Período Regencial. A rebelião foi contida pela repressão regencial.
Balaiada => ocorreu no Maranhão, de 1838 a 1841. A principal causa da rebelião foi a miséria em que se encontrava a região com a queda do preço do algodão. Tropas do governo derrotam a revolta.
Cabanagem => ocorreu no Grão-Pará, entre 1835 e 1840. A população local se rebelou contra os privilégios da elite.
Farroupilha => ocorreu no Rio Grande do Sul, de 1835 a 1845. O conflito, no início, era apenas uma revolta contra os impostos estabelecidos sobre o charque. Mais tarde, tornou-se um movimento separatista, que desejava a independência da província. Após dez anos de guerra, foi feito um tratado de paz – Paz de Ponche Verde.

Naturalismo

• O Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo combatem a antiga estética do Romantismo.

• O Naturalismo apresenta o ambiente físico e social detalhadamente, ora aproximando-se, ora distanciando-se da realidade, como o zoom de uma máquina fotográfica.

• Quanto à linguagem, o autor se posiciona de forma científica diante da realidade, utilizando uma narração impessoal e de descrições minuciosas, com sugestões visuais, táteis, olfativas e auditivas.

• A prosa naturalista difere-se da realista porque tem preferencia pelo retrato de agrupamentos humanos. Trabalha a coletividade, enquanto o Realismo se preocupa com uma análise comportamental do indivíduo.

• Homens e mulheres vistos por uma perspectiva biológica, em que se destaca seu lado físico, instintivo, animal, por vezes até degradante.

• O erotismo, a violência e a agressividade são apresentadas como características naturais do homem.

• "O Cortiço" ~> obra de Aluísio de Azevedo considerada a mais importante da estética naturalista brasileira. Nela, o ambiente degradado gera seres degradados, a imundície do cenário se transfere para as almas humanas.

RESUMO:

• Naturalismo quanto à forma: linguagem simples, preocupação com minúcias, descrição e narrativa lenta, impessoalidade.

• Naturalismo quanto ao conteúdo: determinismo*, objetivismo científico, patologia social**, observação e análise da sociedade.

* O homem é um produto do meio e do momento histórico em que está inserido.
** A influência dos vícios, das taras, das doenças na formação do caráter do indivíduo.
6.10.13

Tecidos: Muscular e Nervoso

TECIDO MUSCULAR

 Células alongadas especializadas na contração.

 Locomoção e movimentação.

 Células musculares: conjunto de miócitos -> em cada miócito, um conjunto de miofibrilas -> em cada miofibrila, miofilamentos de actina e miosina.

 Na contração, os miofilamentos de actina (mais finos) deslizam sobre os de miosina (mais espessos).

 Classificam-se em:
⎯ Estriado esquelético (voluntários, núcleos periféricos);
⎯ Estriado cardíaco (involuntário);
⎯ Liso ou não-estriado (finos, ramificados, involuntários – movimentos dos órgãos).

TECIDO NERVOSO

 Células com pouquíssima substância intracelular.

 Células: neurônios (receber e transmitir estímulos nervosos) e células da glia (suporte e nutrição dos neurônios).

 Neurônios: corpo celular, dendritos, axônio.



 Os neurônios não se tocam, o impulso é transmitido por “bolsas” de sais que passam do axônio de um para o dendrito do outro.

 O impulso nervoso é sempre transmitido no sentido dendrito - > corpo celular - > axônio.

 Potencial de membrana ou potencial de reposo: entrada de sódio e saída de potássio, alternância entre cargas negativas e positivas.

 Substância cinzenta – corpos celulares; substância branca – axônios.

Tecidos: Epitelial e Conjuntivo

TECIDO EPITELIAL

∗ Células justapostas, com pouca substância intracelular.

∗ Forra órgãos e vasos.

∗ Assentados sobre um tecido conjuntivo, pois não possuem vasos sanguíneos e os nutrientes são transportados por difusão (por isso, em geral, não possuem muitas camadas).

∗ Entre o tecido epitelial e o conjuntivo há uma lâmina basal (colágeno + glicoproteínas) ou uma membrana basal (mais fibras, mais grossa).

∗ Cílios e microvilosidades – diferenciações no polo apical (parte superior, livre) para aumentar a superfície de contato. Exemplos: traqueia (cílios), intestino (microvilosidades) e estômago (microvilosidades).

∗ Glicocálice – função adesiva, junção entre as células.

∗ Outras estruturas com função adesiva: zônula de oclusão (como um imã), zônula de adesão (cola), desmossomos (discos, botões), junções gap (canais que atravessam as células).

∗ Tipos principais:

1) Revestimento:
Classificação por:
∗ Número de camadas – simples, estratificado, pseudoestratificado;
∗ Forma das células – pavimentoso, cúbico, prismático.

2) Glandular:
Classificação por:
∗ Tipo de secreção – mucosa, serosa, mista;
∗ Formação – unicelular, pluricelular;
∗ Local de secreção – exócrinas, endócrinas, mista.

TECIDO CONJUNTIVO

∗ Células imersas em grande quantidade de material extracelular (substância fundamental + fibras).

∗ As fibras podem ser:
⎯ Elásticas: proteínas fibrosas + elastina – elasticidade.
⎯ Colágenas: proteína colágeno – resistência à tração.
⎯ Reticulares: colágeno, mais finas e ramificadas.

∗ Classificação: propriamente dito (frouxo / denso não-modelado / denso modelado), de propriedades especiais (hematopoiético / reticular / adiposo), de consistência rígida (cartilaginoso / ósseo).

1) Propriamente dito: 
      ⎯ Frouxo:
            ∗ Funções: preencher espaços; apoiar células epiteliais; envolver nervos, músculos e vasos; cicatrização.
      ⎯ Denso não-modelado: derme.
      ⎯ Denso modelado (tendões):
            ∗ Rico em fibras colágenas.
            ∗ Resistência à tensão.
      ⎯ Tipos celulares: fibroblastos (produção de substância fundamental e fibras), fibrócitos (baixa atividade metabólica, são simplesmente células que compõem) e macrófagos (fagocitose).

2) De propriedades especiais:
      ⎯ Adiposo (lipídios, gordura):
            ∗ Reserva de energia, proteção contra choques mecânicos e isolante térmico.
      ⎯ Hematopoiético (sangue):
            ∗ Plasma + elementos figurados (principais: hemácias, glóbulos brancos e plaquetas).
            ∗ Hemácias: transporte de oxigênio, anucleadas (reprodução quando nascem).
            ∗ Glóbulos brancos: defesa do organismo, produzido nos órgãos linfáticos.
            ∗ Plaquetas: processo de coagulação sanguínea.
      ⎯ Reticular (rede):
            ∗ Suporte à células que formam as células do sangue.
            ∗ Tecido mieloide (medula óssea vermelha) e tecido linfoide (órgãos linfáticos).

3) De consistência rígida:

      ⎯ Cartilaginoso:
            ∗ Funções: sustentação, revestir articulações e facilitar movimentos, crescimento de longos ossos.
            ∗ Não há nervos na cartilagem.
            ∗ Condroblastos (produção das fibras colágenas e reticulares e a substância fundamental) / Condrócitos (baixa atividade metabólica).
      ⎯ Ósseo:
            ∗ Mais rígido que o cartilaginoso.
            ∗ Sais de cálcio e fósforo na substância fundamental (rigidez) + fibras colágenas (flexibilidade).
            ∗ Ricos em vasos sanguíneos -> sensibilidade, alto metabolismo e capacidade de regeneração.
            ∗ Osteoblastos (produção da matriz) / Osteócitos (baixa atividade metabólica) / Osteoclastos (reabsorção).
            ∗ Osso compacto (sem cavidades ) x Osso esponjoso (com cavidades).
            ∗ O interior dos ossos: medula óssea – amarela (tecido adiposo) ou vermelha (células do sangue).
            ∗ Remodelação (aparelhos ortodônticos).

América Pré-Colombiana

Hipóteses para o povoamento da América

Estreito de Bering: A América começou a ser povoada quando os primeiros grupos humanos vindos da Ásia atravessaram o Estreito de Bering e chegaram à América do Norte. Esta travessia ocorreu na ultima glaciação, período em que o estreito ficou coberto por uma camada de gelo, unido o continente americano ao asiático. Os humanos que vieram por esse caminho não conheciam as navegações e fizeram a travessia a pé, perseguindo animais.

Costeira: Grupos, com navegações ainda rudimentares e simples, contornaram a costa americana parando em alguns pontos, povoando a América a partir deles.

Transpacífica: Povoação da América a partir da travessia do Oceano Atlântico por navegantes.

Migração Atlântica: Navegantes partiram da Europa e, parando nas ilhas do Atlântico, contornaram parte do continente e chegaram à América. Nenhuma destas teorias consegue, no entanto, explicar a ocorrência de fósseis mais antigos na América do Sul, mais precisamente em Minas Gerais. Isto porque, segundo estas hipóteses, os primeiros grupos a povoarem a América teriam chegado à América do Norte ou à costa pacífica da América do Sul (Chile), e, deste modo, haveria fósseis mais antigos nestas regiões.

América Pré-Colombiana

Os povos que aqui se instalaram após migrarem da Ásia formaram sociedades de três tipos:

      • Sociedades de coletores e caçadores, como dos esquimós (nômades);
      • Sociedades que além da caça e da coleta praticavam a agricultura, como os indígenas do Brasil (seminômades);
      • Sociedades urbanas, como maias, incas e astecas (sedentários).

Caçadores e coletores: utensílios de pedra e madeira, desconheciam os metais; organizavam-se em tribos.
Agrárias: materialmente desenvolvidas; rigidamente divididas em camadas sociais; obras coletivas; controle estatal; desconheciam o ferro e trabalhavam com ouro e prata.

1) Maias:

• Economia baseada na agricultura – milho sagrado;
• Organização em cidades-estados;
• Escravidão era mínima destinada a sacrifícios;
• Sociedade: governantes, militares e sacerdotes; escribas, pintores e escultores; camponeses e artesãos;
• Desenvolveram escrita, numeração e calendários precisos;
• Construção de grandes pirâmides e sistemas de irrigação;
• Desenvolvimento da astronomia e esporte.

2) Astecas:

• Formaram um império baseado na escravidão;
• Economia: tributos dos povos conquistados, agricultura em propriedade coletiva e comércio;
• Politeísmo com sacrifícios humanos;
• Sociedade: clãs e bairros-clãs dedicados a agricultura, comerciantes (comunicação entre grandes centros e pequenas comunidades), artesãos formavam corporações e escravos que tinham acesso a terra;
• Três tipos de escrita: para nomes, para desenhos e ideias.
• Construíram Chimampas, pirâmides e obras de drenagem.

3) Incas:

• Sociedade organizada em clãs;
• Império vasto e populoso;
• Tolerância religiosa;
• Agricultura – organizada pelo estado, todos trabalhavam;
• Mita: obras públicas ou militares – impostos cobrados das comunidades que dominavam na forma de trabalho obrigatório;
• Grandes construtores: terraços agrícolas, aquedutos, ruas pavimentadas, irrigação, muros de encaixe, etc;
• Cuzco: cidade sagrada, centro do mundo, centro do império;
• Adoravam o sol, a natureza e possuíam lugares sagrados;
• Eram ágrafos e usavam o quipu para controle numérico.
2.10.13

Filosofia Moderna - Bacon, Descartes e Pascal

• Uma série de acontecimentos levam a Europa a profundas transformações, dentre eles:

∗ A passagem do feudalismo para o capitalismo e comércio, com a emergência da burguesia;
∗ A formação dos Estados nacionais, que fez surgir novas concepções político-econômicas;
∗ O movimento das Reformas Protestantes, que provocaram a quebra da unidade religiosa e a ideia de uma atuação humana passiva e submissa aos desígnios divinos;
∗ O desenvolvimento da ciência natural, que criou novos métodos científicos de investigação, mostrando a nova confiança na razão humana.

• Tudo isto fez florescer uma forte tendência antropocêntrica e racionalista, desenvolvendo uma filosofia laica (não religiosa), que acreditava na capacidade da razão de aperfeiçoar a vida humana.

• Esta nova mentalidade de pesquisar, experimentar e provar por meio da ciência se contrapunha ao pensamento medieval, meramente contemplativo e subjugado às verdades inquestionáveis da fé.

• Os pensadores modernos procuraram uma maneira de garantir a veracidade de um raciocínio, buscavam um método, uma base segura.

FRANCIS BACON:

∗ Lema ~> “Saber é poder”, que revela sua forte disposição a tornar os conhecimentos científicos instrumentos práticos de controle da realidade (bússola, pólvora, imprensa, etc).
∗ Para que a pesquisa experimental pudesse proporcionar resultados objetivos ao ser humano, os cientistas deveriam se libertar de todos os seus preconceitos, falsas noções e maus hábitos mentais, o que ele chamou de ídolos.
∗ Ídolos da tribo ~> falsas noções provenientes das próprias limitações da natureza da espécie humana;
∗ Ídolos da caverna ~> falsas noções do ser humano como indivíduo;
∗ Ídolos do mercado ~> falsas noções provenientes da linguagem e comunicação;
∗ Ídolos do teatro ~> falsas noções provenientes das concepções filosóficas, científicas e culturais vigentes.
∗ Criador do Método Indutivo da Ciência ~> cumpre as seguintes fases:
1˚) Observação da natureza;
2˚) Organização racional dos dados recolhidos;
3˚) Formulação de explicações gerais partindo de conceitos particulares;
4˚) Comprovação da hipótese formulada por experimentações.

RENÉ DESCARTES:

∗ Principal racionalista ~> as percepções sensoriais são fontes de erros.
∗ Dúvida metódica ~> durante nossa vida, formamos inúmeras convicções. Para o filósofo, em algum momento precisamos colocá-las todas em dúvidas, para analisá-las criteriosamente. Defende assim, um ceticismo hipotético, apenas retórico, porque devemos reassumir aquelas certas e verdadeiras.
∗ Descartes concluiu que a única verdade totalmente livre de dúvida, a única proposição firme, certa e segura, é a de que ele pensava. ~> “Penso, logo existo.”
∗ Dualismo ~> no mundo há dois tipos de substância: a pensantes e a extensa (matéria). O ser humano reúne as duas.
∗ Discurso do Método ~> obra em que procurou conduzir a busca da verdade:
∗ 1˚) Regra da evidência – só aceitar algo como verdadeiro se for absolutamente evidente sua clareza e distinção, como a teoria das ideias inatas proposta por Descartes (noção de espaço, movimento, matemática, etc).
∗ 2˚) Regra da análise – fragmentar o conhecimento (especialização – áreas do conhecimento que não dialogam com as demais).
∗ 3˚) Regra da síntese – ordenar as ideias, das mais simples para as mais complexas.
∗ 4˚) Regra da enumeração – certificar-se que nada foi omitido, revisão.

PASCAL:

∗ Admite a importância da razão, mas não a absolutiza: abre espaço para o sentimento, para a emoção.
∗ Críticas à Descartes por ser reducionista e não reconhecer a limitação da razão.
∗ Concilia a emoção com a razão ~> “O coração tem razões que a própria razão desconhece.”
∗ Refletiu sobre o ser humano em suas contradições, suas ambiguidades e, por isso, concluiu que não pode ser analisado e entendido de forma certa e exata, como a matemática.
∗ Pascal é contrário às tentativas racionais de explicar a existência de Deus por Tomás de Aquino, pois, para ele, há coisas que jamais a razão poderá compreender.
∗ “Deus é uma aposta” ~> não há lógica e necessidade em questionar sua existência; ao a negarmos, não perderemos nada; mas, se nela acreditarmos, ganhamos a vida eterna.

Filosofia Medieval - Agostinho e Aquino

• O período medieval tem início com o esfacelamento do Império Romano do Ocidente após sofrer sucessivos ataques bárbaros.

• Igreja Católica se mantém como instituição social, difundindo o cristianismo e preservando muitos aspectos da cultura greco-romana.

• Fé ~> base de qualquer religião; aceitação incondicional das verdades reveladas por Deus, expressas na Bíblia.

• Se todas as verdades são reveladas por Deus, não poderia haver nenhuma investigação filosófica ou científica que contrariasse a fé católica.

• Filosofia medieval ~> explicar racionalmente a fé, a fim de utilizar a filosofia como instrumento favorável ao cristianismo e convencer os descrentes a aceitar a imensidão dos mistérios divinos.

• Quatro fases:

∗ Padres apostólicos ~> disseminação da palavra de Cristo pelos seus apóstolos. Maior expoente: São Paulo.
∗ Padres apologistas ~> defesa da fé contra os hereges. Maiores expoentes: Orígenes, Justino e Tertuliano.
∗ Patrística ~> conciliação entre fé e razão. Maior expoente: Santo Agostinho.
∗ Escolástica ~> sistematização da filosofia cristã a partir da interpretação de Aristóteles. Maior expoente: Tomás de Aquino.

1) Patrística 

• A Igreja tinha consciência de que não se poderia coibir os hereges ou impor seus preceitos pela força, mas, sim, de maneira convincente, por um trabalho de pregação e conquista espiritual.

• Patrística ~> nome dado ao conjunto de textos elaborados pelos padres da Igreja sobre a fé e as revelações cristãs.

Agostinho ~> Durante sua juventude, Agostinho sempre foi ávido por conhecimento, inquieto. Despertou para a filosofia com Cícero, influenciou-se pelo maniqueísmo (corrente que prega a divisão do mundo em bem x mal), ceticismo e neoplatonismo, até que, em seu período crítico e passando por uma forte crise em busca do sentido de sua vida, converteu-se ao cristianismo.

Superioridade da alma ~> o espírito, criado por Deus, deveria reinar sobre o corpo. O pecado, para Agostinho, ocorre quando, pelo livre-arbítrio que possui, o indivíduo inverte estes valores e passa a subordinar a alma à matéria, o eterno ao transitório, a essência à aparência.

• Boas obras x Graças divina ~> Agostinho – a salvação só é obtida pela graça divina, encontrada na Igreja e concebida apenas aos que já estavam predestinados à recebê-la (ideia adotada pelos protestantes mais tarde). X Pelágio – ia contra Agostinho porque defendia que a boa vontade e boas obras seriam o suficiente para a salvação, passando pelo mérito humano e desprezando a necessidade da ajuda divina. 

• Filosofia grega – indivíduo como cidadão, ser social e político X filosofia cristã – indivíduo em sua vinculação pessoal com Deus.

• Liberdade e pecado ~> Para Santo Agostinho, liberdade é a harmonia das ações humanas com a vontade de Deus; o prazer de pecar é a escravidão. A liberdade é determinada pela vontade humana, ou seja, o ser humano pode utilizar de seu livre-arbítrio para satisfazer uma vontade má, e é por isso que precisa da orientação divina.

• Precedência da fé sobre a razão ~> a fé vem antes, revelando as verdades que, apenas mais tardes, poderão ser esclarecidas de forma racional.

• Influências:

∗ Maniqueísmo ~> o ser humano tem uma inclinação natural para o mal, para os pecados, e somente um esforço consciente pode nos fazer superar esta deficiência natural.
∗ Ceticismo ~> desconfiança no conhecimento sensorial.
∗ Platão ~> a verdade, como conhecimento eterno, deve ser buscada no “mundo das ideias”; defendeu o autoconhecimento, o caminho da interioridade como instrumento para esta busca. No mito, os olhos necessitam da luz do Sol para enxergar os objetos no mundo sensível; isto corresponderia aos “olhos da alma” precisarem da luz divina para visualizar as verdades da sabedoria.

2) Escolástica

• Palavra derivada de “escola”, por referir-se à produção filosófico-teologóica que surgiu nas escolas e universidades do período da renascença carolíngia com Carlos Magno.

• Influência aristotélica pelo fato de muitas de suas obras serem sido descobertas e traduzidas para o latim nesta época.

• Tomás de Aquino ~> o tomismo nasceu com o objetivo de não contrariar a fé, de organizar argumentos para defender o cristianismo. Aquino, em busca destes argumentos, reviveu muitos aspectos da filosofia de Aristóteles.

Princípios básicos:

1) Princípio da não contradição ~> o ser é ou não é; pode ser e não ser ao mesmo tempo (influência de Parmênides).
2) Princípio da substância ~> substância (a essência de algo, que torna a coisa o que ela é) x acidental (a qualidade acessória do ser).
3) Princípio da causa eficiente ~> todos os seres são seres contingentes, ou seja, não possuem em si próprios a causa eficiente de suas existências. Para existir, o ser contigente depende do ser necessário.
4) Princípio da finalidade ~> todo ser contingente existe por uma razão, por um fim. Todo ser contingente possui uma causa final.
5) Princípio do ato e da potência ~> ato representa a existência atual do ser, naquele momento; potência é a capacidade real do ser, é o que pode vir a realizar-se. A passagem de potência a ato é o que explica todas as mudanças.

• Elementos estranhos à filosofia aristotélica ~> criação do mundo, noção de um deus único e a ideia de que o vir a ser (a passagem de potenção ao ato) procede de Deus.

Provas da existência de Deus  ~> em sua obra “Suma Teológica”:

1) O prirmeiro motor ~> tudo aquilo que se move, necessista ser movido por outro. Se não houvesse um primeiro ser movente, cairíamos em um processo indefinido. Este primeiro ser imóvel é Deus.
2) A causa eficiente ~> a causa eficiente é o ato que impulsiona a criação, e nenhum ser contigente a possui em si próprio. A primeira causa eficiente, responsável pela sucessão de efeitos, é Deus.
3) Ser necessário e ser contingente ~> o que os distingue é anterioridade ou não de cada um; partindo do princípio de que todo o ser contingente passa a existir e também um dia deixa de exister, nada agora existiria. Portanto, é necessário que haja algum ser que sempre existiu e que seja a causa da necessidade de todos os seres contigentes: Deus.
4) Os graus de perfeição ~> se alguma coisa possui “mais” ou “menos” determinada qualidade positiva, isso supõe que deva existir um ser com o máximo desta qualidade, no nível da perfeição: Deus.
5) A finalidade do ser ~> todas as coisas na natureza cumprem uma função, um objetivo; devemos admitir, então, que exista algum ser que dirige todas elas para que cumpram com sua finalidade: Deus, a Suma Inteligência.

Imperialismo e Neocolonialismo

∗ Crescimento industrial das potências industriais europeias => necessidade de novos mercados consumidores, matéria-prima e mão de obra barata.

∗ Nova corrida colonial => ocupação da Ásia, África e Oceania => adoção de uma política imperialista (domínio territorial, intervenção militar e interferência econômica).


∗ Indústrias multinacionais são transferidas para as áreas colonizadas => alterações na dinâmica política, econômica, social e cultural dos países dominados => subdesenvolvimento e dependência econômica.

∗ Justificativa ideológica do Colonialismo do séc. XVI => expansão da fé cristã / Justificativa ideológica do Neocolonialismo do séc. XIX => missão civilizadora.

∗ Missão civilizadora => o ideal imperialista da supremacia econômica e cultural formulou o mito da superioridade racial dos países europeus.
• Darwinismo Social => Segundo o filósofo inglês H. Spencer, a Teoria da Evolução de Darwin podia ser perfeitamente aplicada à evolução da sociedade.
• A luta pela sobrevivência entre os animais correspondia à concorrência capitalista => a sobrevivência do mais forte era demonstrada pela forma criativa dos gigantes da indústria, que engoliam os competidores mais fracos, em seu caminho para o enriquecimento.

∗ Consequências do Imperialismo:
• Intensificação do capitalismo monopolista como uma solução parcial para crise de mercado.
• A vitória do modelo político liberal burguês amenizou as lutas operárias através da criação de alguns direitos trabalhistas (porém, a exploração ao trabalhador continua sendo a máquina do crescimento industrial).
• Desestruturação econômica, política, social e cultural do mundo colonizado.
• Guerras étnicas devido à partilha dos territórios baseando-se apenas nos interesses das potências.
• Disputa de territórios que acabaram por causar a 1a. Guerra Mundial em 1914.



Unificação Alemã

∗ A Revolução de 1848 na Alemanha, assim como na Itália, também exigia governos liberais e a formação de um só Estado.

∗ Alemanha era formada por Estados Confenderados (Confederação Germânica), dominados por Áustria e Prússia.

∗ Com exceção da região renana, na Prússia, onde ocorrera relativa expansão industrial, a economia alemã era predominantemente agrária (divisão do território retardava o desenvolvimento econômico capitalista).

∗ Zollverein => união alfandegária dos Estados alemães, que permitiu o avanço econômico.

* O Estado Alemão é unificado a partir de três conflitos:

. Guerra dos Ducados => contra a Dinamarca.

. Guerra das Sete Semanas (austro-prussiana) => derrota a Áustria.

. Guerra franco-prussiana (Batalha de Sedan) => derrota a França e consolida o Império Alemão com Guilherme I (II Reich).

∗ Alemanha herda Alsásia-Lorena, território francês rico em recursos mineirais => revanchismo da França (futura causa para a 1a. Guerra Mundial) e matéria-prima para o desenvolvimento industrial alemão.

Unificação Italiana

∗ Congresso de Viena divide a Itália em 7 Estados => Iniciativa italiana de se unificar politicamente e aderir aos movimentos liberais nacionalistas contra a descentralização e o absolutismo.

Movimentos nacionalistas e liberais (1848) => Reforçou movimentos sociais voltados para a defesa da nação e do Estado. Neste cenário, a burguesia busca manter a lógica de reprodução do capital e da produção industrial. Tal iniciativa provoca a ruptura com os interesses da classe operária (explorados), que se apoiam nos ideias socialistas e comunistas.
∗ Jovem Itália => organização revolucionária comandada pelas camadas médias sob liderança de Giuseppe Mazzini e Garibaldi.

∗ Risorgimento => movimento da alta burguesia, que lutava pela unificação sob uma monarquia liberal, comandado por Camilo Cavour.

∗ Itália predominantemente agrária e atrasada em relação aos outros países europeus => países do Norte impulsionam a industrialização (Piemonte).

∗ O Rei e o primeiro ministro de Piemonte, Vitor Emanuel II e Cavour, firmam aliança com a França => pacto militar antiaustríaco.

∗ Ameaça de invasão da Prússia leva a França a retirar seu apoio à Itália, que é obrigada a assinar o Tratado de Zurique, documento que lhe tomava territórios.

∗ Paralelamente, Garibaldi, através de movimentos patrióticos na Itália Central, consegue anexar diversos territórios a Piemonte => Reino da Alta Itália.

∗ 1860 => Ligação terrestre entre norte e sul => Reino da Itália. Entretanto, Veneza ainda estava sob comando austríaco e Roma sob comando de Napoleão III.

∗ França temerosa com a unificação da Itália, pois prevê o surgimento de uma nova potência próxima à sua fronteira.

∗ ALIANÇA ÍTALO-PRUSSIANA => contra inimigos comuns (Áustria e França). Retomam os territórios de Veneza e Roma e concluem a unificação sob o governo de uma monarquia constitucional e parlamentar.

∗ A Itália atrasou seu desenvolvimento capitalista industrial => sul agrário dominado pelas elites rurais / norte relativamente desenvolvido, mas com falta de mercado consumidor e matéria prima.

∗ Questão Romana => até então, inexistência de relações políticas e diplomáticas entre Igreja e Estado. Em 1929, o governo fascista de Mussolini, através do Tratado de Latrão, concede à Igreja a Praça de São Pedro, conhecida como Estado do Vaticano.