Antecedentes
• Fim do Estado Novo (Ditadura varguista) apoiado pelos militares e pelas classes dominantes industriais e latifundiários -> movimento queremista.
• Populismo = política cujo objetivo é obter o apoio das massas populares, com ações de caráter assistencialista e não de direito.
Governo Dutra (1946 – 1950)
• Candidato apoiado por Vargas (PTB).
• Constituição liberal de 1946 -> marco na história do Brasil, vigora até a Constituição de 1967 e determina o fim da ditadura do Estado Novo.
∗ Fim da censura; direito ao habeas corpus; voto secreto, universal, feminino e masculino; criação da Justiça Eleitoral, responsável por fiscalizar e confirmar os resultados obtidos.
• Continuidade do tripé nacional-desenvolvimentista -> utilização do capital externo para construção de indústrias de base, hidrelétricas.
• Alinhamento aos EUA, rompimento das relações diplomáticas com URSS e cassação do PCB (Partido Comunista Brasileiro).
• Plano SALTE (saúde, alimentação, transporte e educação) = fracasso.
Segundo Governo Vargas (1951 – 1954)
• Inauguração da Petrobrás e da Eletrobrás = “O petróleo é nosso”.
• Aumento do salário em 100% e BNDE restringe lucro das empresas estrangeiras -> pressão dos empresários.
• Pressão do jornalista Carlos Lacerda pela renúncia de Getúlio -> acusação de corrupção e crise.
• Atentado da Rua Tonelero -> Na madrugada de 5 agosto de 1954, Lacerda sofreu um atentado na entrada do edifício onde morava na rua Tonelero, em Copacabana. O jornalista foi ferido no pé, mas o major-aviador Rubens Vaz, que naquele dia lhe dava proteção, foi morto. Com o envolvimento de Gregório Fortunato, guarda pessoal de Vargas, as acusações recaíram sobre o governo, e Lacerda, de pronto, levantou a suspeita de que o alto escalão governamental estivesse envolvido diretamente no planejamento e na execução do atentado.
• Suicídio de Vargas em 24 de agosto de 54.
Juscelino Kubitschek (1956 – 1961)
• Estabilidade política = apoio militar (Henrique Lott no Ministério da Guerra) e aliança PSD-PTB (maioria no Congresso).
• Plano de Metas -> “50 anos em 5” (modernização, indústrias, energia, estradas).
• Incremento da indústria automobilística e de bens de consumo duráveis.
• Construção de Brasília – projeto de integração entre as regiões do Brasil (+ Sudene) e criação de uma nova capital, símbolo da modernidade no país.
• “Anos dourados” – alinhamento com os EUA, influência do American Way of Life. “Presidente Bossa Nova”.
• Consequências = as multinacionais tomam o mercado; aumento da dependência e da dívida externa; insucesso no controle da inflação.
Jânio Quadros (1961)
• É eleito com o slogan de “varrer a corrupção do país”.
• Restabeleceu relações diplomáticas e comerciais com a URSS e a China, algo impensável dentro do plano geopolítico e geoestratégico de inserção brasileiro.
• Condenou o episódio da Baía dos Porcos e a interferência norte-americana que provocou o isolamento de Cuba.
• Recebeu Che Guevara, dando-lhe uma alta condecoração, a Ordem do Cruzeiro do Sul, o que irritou seus aliados, sobretudo os da UDN.
• Ferindo o alinhamento aos EUA, as classes dominantes e os militares o pressionam, acusando-o de crime contra a segurança nacional -> Jânio renuncia.
João Goulart (1961 – 1964)
• Experiência como ministro do Trabalho durante o governo Vargas.
• Presidente nacionalista ao extremo, Jango corta o capital externo e fecha a economia para os EUA.
• Criação da lei da Remessa e Lucro, que procura equilibrar o mercado interno e as importações.
• Reformas de base -> propostas para reforma agrária, reforma universitária (contra elitização do Ensino Superior), reforma eleitoral ampla (voto para os analfabetos).
• Efetivação da participação popular = UNE, ligas camponesas (reivindicam CLT para trabalhadores rurais) e greve dos 200 mil por aumento salarial.
• Instabilidade política -> Igreja e setores da classe média de extrema direita se opõem à Jango realizando a “marcha da família com Deus pela liberdade”.
• Deposição de Jango -> golpe militar de 64.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário