• Comércio => Toda relação de trocas entre dois ou mais sujeitos sociais que implica, necessariamente, em uma reciprocidade.
• Função Distributiva do Comércio=> corresponde à ação de buscar produtos e encaminhá-los aos consumidores. Na lógica comercial atual, sempre haverá um intermédio entre o produtor e o consumidor.
• Ciência Econômica => estuda as conformidades das práticas do mercado.
• As transações comerciais podem ser nacionais ou internacionais.
• Órgãos e regulamentações envolvidos:
> Transações Nacionais – Ordem Jurídica Interna;
> Transações Internacionais - Leis Internas dos Países Intervenientes; Participação dos Estados Nacionais; Ordenamento Jurídico Internacional.
• O comércio exterior (COMEX) se pratica entre nações através de pessoas. Os Estados Nacionais são responsáveis frente a comunidade internacional por seu comércio exterior. Ex: O Brasil importa perfuratrizes e a França importa café, quitando suas aquisições.
• Pessoas concretizam as operações de compra e venda, garantindo a transferência de propriedade. Ex: As empresas vendem (exportam) ou compram (importam), assumindo o compromisso da entrega e pagamento.
• No comércio interno, o Estado age como regulamentador, a compra e venda é direta, por contratos, e está submetida aos impostos e direitos internos.
• No comércio internacional, o Estado é interveniente, autorizando e impondo condições sobre a exportação e importação dentro das regras universais de comércio vigentes.
• Contrato entre indivíduos -> Direito Internacional Privado.
• Contrato entre países -> Direito Internacional Público.
Instrumentos de Política do Estado para o Comércio Exterior:
• Monopólio Estatal -> controle total de determinado produto/serviço.
• Tarifa -> imposto aplicado sobre a importação/exportação;
• Cotas -> limites definidos para importação/exportação;
• Combinação -> Cotas + Tarifas;
• Controle monetário -> alteração na taxa de câmbio ou racionamento de divisas;
• Subsídios -> redução de impostos, juros ou mesmo pagamentos. São proibidos, mas ainda muito recorrentes.
História do comércio:
• As mais antigas regras relativas ao Direito Comercial e Marítimo se encontram no Código Hamurabi, que data XXII a.C. -> “Olho por olho, dente por dente.”
• Até a Idade Moderna -> buscava-se a autossuficiência em matéria de subsistência, as permutas internacionais não tinham grande expressão e o comércio era restrito às cidades comerciais, atuando como entreposto de distribuição. A hegemonia se dava através da conquista militar.
• Idade Moderna -> tem-se o início do comércio exterior como técnica, ciência e arte, e a economia passa a atuar juntamente com o canhão na conquista e domínio mundial.
• 1492 -> abertura da Europa e expansão comercial do Ocidente.
• Espanha e Portugal -> Colônias na América;
• França de Bonaparte -> Expansionista;
• Império Britânico -> Potência europeia (“o Sol nunca se põe”).
• Revolução Industrial (séc. XVII) -> massificação da produção (+ consumo); nova relação de trabalho; urbanização acelerada; comércio exterior como vetor da política do estado (geopolítica); empresas e capital extravasam as fronteiras nacionais.
• Estados Unidos -> mais bem-sucedida experiência do industrialismo/capitalismo; torna-se maior potência militar e econômica do mundo contemporâneo; bancarrota do estatal/comunismo fortalece o modelo; hegemonia econômica e militar e possivelmente cultural.
Panorama atual:
• Guerra Fria -> bipolarização mundial que opunha o capitalismo, representado pelos EUA, ao socialismo, cujo representante era a URSS.
• Corrida espacial -> avanços na exploração do espaço sideral. Disputa ideológica para demonstrar superioridade em todos os campos de conhecimento.
• Espionagem -> CIA (EUA) e KGB (URSS).
• Constante ameaça de conflitos devido ao grande desenvolvimento bélico de ambas as potências, que contavam, inclusive, com arsenais nucleares.
• Ruptura do modelo pós-guerra com o desaparecimento do inimigo comum (fim da URSS) -> antigos aliados (USA, Japão e Comunidade Europeia) são agora concorrentes.
• Novos conflitos -> guerras entre etnias, ondas de refugiados, AIDS, drogas, terrorismo de estado, ameaças ao meio-ambiente etc.
• Substituição do conflito Leste X Oeste para o Norte X Sul.
Classificação dos mercados:
1) Primitivo -> economia de subsistência; baixo nível de industrialização; renda muito baixa e pequena dedicação ao comércio.
2) Subdesenvolvido -> riqueza natural abundante; exportação de recursos em estado bruto; importação de equipamento e tecnologia.
3) Semi-industrializado -> empresas estrangeiras exploram o beneficiamento; estrangeiros ou o Estado controlam as exportações; desequilíbrio de renda, como nos países da OPEP.
4) De industrialização Primária: existência de industrias nacionais; redução das importações de componentes e insumos; aumento do mercado interno para itens básicos.
5) Em Desenvolvimento: aumento da demanda interna; instalação de industrias estrangeiras; investimentos para exportação; importação de bens de capital e tecnologia avançada.
6) Desenvolvidos -> exportação de produtos industrializados; investimentos em larga escala; depende da importação de matéria-prima; exportações com elevadas margens de rentabilidade.
Marketing e política comercial:
• Atividade dirigida para a publicidade de determinado produto, vendendo-se a ideia de satisfação de necessidades e desejos.
• Fatores diretos de influência:
> Fator econômico -> riqueza e distribuição de renda;
> Fator político -> leis e políticas de comercialização;
> Fator social -> usos e costumes: religião e cultura.
• Agentes de Marketing (ligação empresa - consumidor) -> vendedores, atacadistas, financeiras, propaganda, logística.
• Financiamento -> bancos, bolsa de valores, organismos do governo (BNDES).
Condicionantes de análise para o Mercado Internacional:
• Capacidade exportadora da empresa;
• Recursos humanos capacitados;
• Habilidade em operar em culturas diferentes;
• Recursos financeiros para investimentos de capacitação;
• Retorno de médio e longo prazos;
• Capacidade financeira para suportar ações governamentais não previsíveis (desvalorização, aumento de alíquota, etc);
• Habilidade de alterar estratégias e enfrentar novos cenários em função de ações do governo local ou do mercado alvo.
Outros conceitos:
• Exportação -> saída de mercadoria (ou serviço) nacional ou nacionalizada do território aduaneiro em questão, para adquirente estabelecido no exterior.
> Com Cobertura Cambial: implica em pagamento pelo importador estrangeiro.
> Sem Cobertura Cambial: não acarreta transferência de divisas. Ex: amostras ou donativos.
• Exportação temporária -> saída do país de mercadoria nacional ou nacionalizada condicionada à reimportação em prazo determinado sem cobertura cambial. Ex: mercadorias destinadas a feiras, competições esportivas ou exposição no exterior; produtos para reparo; etc.
• Reexportação -> produtos ou bens estrangeiros que entraram no território para posterior venda externa, sem, contudo, serem nacionalizadas (transferidas para a economia nacional).
• Importação -> Entrada de mercadoria ou serviços no território nacional de um país advindas do exterior, resultando, geralmente, na saída de divisas.
> Sem Pagamento de Impostos: prazo e finalidade determinados. Ex: feiras, exposições, competições, promoção, pesquisa científica.
> Com Pagamento Proporcional de Impostos: bens destinados à prestação de serviço ou à produção de outros bens. Ex: moldes, matrizes, equipamentos etc.
Revolução Russa - 1917
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17:14
Revolução Russa – consistiu na queda do regime monárquico czarista para implementação do socialismo, como um governo que buscava a igualdade da sociedade, o crescimento econômico e a prosperidade.
1) Antecedentes
• Czar governava de maneira absoluta e autocrática.
• Nobreza possuía a metade das terras aráveis, nas quais os camponeses trabalhavam. Não tinham, portanto, direito de posse sobre a terra que cultivavam. Reforma agrária não se concretiza.
• A classe operária, como em todo o regime capitalista, vivia sob o controle da burguesia e sofria com as péssimas condições de trabalho (jornada extensa de trabalho, baixos salários e péssimas condições de vida).
• O Império Russo não havia se preocupado em acompanhar o desenvolvimento das tecnologias industriais.
• Fracassos militares -> O czar procurou investir em guerras expansionistas e sofreu sucessivas derrotas.
• Quadro geral de fome, miséria e camponeses e operários insatisfeitos.
• “Domingo Sangrento” (jan. 1907) -> revolucionários se rebelaram contra os soldados czaristas. A revolução assumiu todos os setores sociais.
• Em resposta aos sovietes, conselhos de operários, e procurando acalmar a situação interna, o czar convocou eleições para Duma legislativa, abrindo espaço para a participação da classe média camponesa.
• ESTOMPIM -> Em 1914, Rússia entra na 1ª Guerra Mundial com um Exército despreparado e mal armado e uma situação interna caótica.
2) A Revolução
• Em 1917, se instala o governo provisório liberal, liderado pela burguesia sob comando de Kerensky. Durante este governo, foram alcançados alguns direitos aos trabalhadores e a anistia aos presos políticos.
• Os mencheviques possuem apoio internacional da Inglaterra, França e Japão, temerosos quanto à implementação do socialismo. Formam o “Exército Branco”.
• Guerra civil -> brancos x vermelhos.
• Em outubro de 1917, o partido dos bolcheviques estava no poder. Lênin assumiu por ser o líder do partido comunista e Trotsky o apoia.
3) O governo de Lênin
• O campesinato amplia suas reivindicações em defesa da reforma agrária e Lênin adota como sistema político o programa socialista democrático, seguindo a pauta camponesa.
• Família real executada e rei Nicolau II decapitado.
• 1918 – Tratado de Brest Litovsk -> Rússia sai da Guerra.
• Lênin estatiza as empresas e indústrias, bancos e terras, instaurando a ditadura do proletariado.
• 1921 – NEP (Nova Política Econômica) -> “Um passo para o capitalismo, dois passos para o comunismo.” Lênin permite uma pequena abertura econômica no país com o objetivo de movimentar e aquecer o mercado na Rússia, que poderia, então, captar recursos para implantar definitivamente o socialismo.
+ Desnacionalização de pequenas empresas;
+ Reintrodução dos salários;
+ Permite a comercialização dos excedentes agrícolas;
+ Investimento estrangeiro.
• O governo na URSS foi organizado de forma estatizada, ou seja, o Estado era o responsável por gerir programas e políticas, puxando as rédeas do país.
• Oposição -> muitos no partido se opunham ao isolamento da URSS para a construção do socialismo, acreditando que a expansão do socialismo através de relações internacionais, como foi defendia Trotsky, traria maior segurança e força a URSS.
• 1924 – Lênin morre.
1) Antecedentes
• Czar governava de maneira absoluta e autocrática.
• Nobreza possuía a metade das terras aráveis, nas quais os camponeses trabalhavam. Não tinham, portanto, direito de posse sobre a terra que cultivavam. Reforma agrária não se concretiza.
• A classe operária, como em todo o regime capitalista, vivia sob o controle da burguesia e sofria com as péssimas condições de trabalho (jornada extensa de trabalho, baixos salários e péssimas condições de vida).
• O Império Russo não havia se preocupado em acompanhar o desenvolvimento das tecnologias industriais.
• Fracassos militares -> O czar procurou investir em guerras expansionistas e sofreu sucessivas derrotas.
• Quadro geral de fome, miséria e camponeses e operários insatisfeitos.
• “Domingo Sangrento” (jan. 1907) -> revolucionários se rebelaram contra os soldados czaristas. A revolução assumiu todos os setores sociais.
• Em resposta aos sovietes, conselhos de operários, e procurando acalmar a situação interna, o czar convocou eleições para Duma legislativa, abrindo espaço para a participação da classe média camponesa.
• ESTOMPIM -> Em 1914, Rússia entra na 1ª Guerra Mundial com um Exército despreparado e mal armado e uma situação interna caótica.
2) A Revolução
• Em 1917, se instala o governo provisório liberal, liderado pela burguesia sob comando de Kerensky. Durante este governo, foram alcançados alguns direitos aos trabalhadores e a anistia aos presos políticos.
Bolcheviques (maioria) -> liderados por Lênin, defendiam a revolução imediata, com a implementação da ditadura do proletariado nos moldes marxistas conduzida por um partido operário-camponês. (Socialismo de bases também rurais)• Os bolcheviques se organizam sob o comando militar de Trotsky no chamado “Exército Vermelho”.
Mencheviques (minoria) -> acreditavam que era preciso esperar o desenvolvimento capitalista para, então, começar a revolução. Este partido era conduzido pela burguesia, nobreza liberal e socialistas moderados.
• Os mencheviques possuem apoio internacional da Inglaterra, França e Japão, temerosos quanto à implementação do socialismo. Formam o “Exército Branco”.
• Guerra civil -> brancos x vermelhos.
• Em outubro de 1917, o partido dos bolcheviques estava no poder. Lênin assumiu por ser o líder do partido comunista e Trotsky o apoia.
3) O governo de Lênin
• O campesinato amplia suas reivindicações em defesa da reforma agrária e Lênin adota como sistema político o programa socialista democrático, seguindo a pauta camponesa.
• Família real executada e rei Nicolau II decapitado.
• 1918 – Tratado de Brest Litovsk -> Rússia sai da Guerra.
• Lênin estatiza as empresas e indústrias, bancos e terras, instaurando a ditadura do proletariado.
• 1921 – NEP (Nova Política Econômica) -> “Um passo para o capitalismo, dois passos para o comunismo.” Lênin permite uma pequena abertura econômica no país com o objetivo de movimentar e aquecer o mercado na Rússia, que poderia, então, captar recursos para implantar definitivamente o socialismo.
+ Desnacionalização de pequenas empresas;
+ Reintrodução dos salários;
+ Permite a comercialização dos excedentes agrícolas;
+ Investimento estrangeiro.
• O governo na URSS foi organizado de forma estatizada, ou seja, o Estado era o responsável por gerir programas e políticas, puxando as rédeas do país.
• Oposição -> muitos no partido se opunham ao isolamento da URSS para a construção do socialismo, acreditando que a expansão do socialismo através de relações internacionais, como foi defendia Trotsky, traria maior segurança e força a URSS.
• 1924 – Lênin morre.
27.4.14
Protistas + Quadro geral de doenças
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13:33
Protistas
∗ Primeiros eucariontes.
∗ Protozoários e algas.
∗ Substâncias úteis extraídas de protistas -> alginates (pasta de dente, sorvete, etc), ágar e carragenina (cosméticos, gelatina, etc).
∗ Principais doenças:
1) Giardíase
∗ Parasitose intestinal causada pelo protozoário flagelado Giardia lamblia.
∗ Sintomas: diarreia, dor abdominal, vômito, cansaço, falta de apetite, perda de peso e anemia.
∗ Profilaxia: Educação sanitária e adoção de hábitos de higiene (qualidade da água, lavar as mãos e alimentos antes das refeições).
2) Doença de Chagas
∗ Doença infecciosa causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi.
∗ Agente transmissor: inseto Barbeiro.
∗ O barbeiro infectado, ao sugar o sangue de suas vítimas, deposita fezes no local da picada, que, ao ser coçado, permitirá a entrada do parasita. O protozoário também pode entrar no organismo humano pela boca, olhos ou feridas pré-existentes.
∗ Sintomas: fadiga, febre, aumento do fígado e dos gânglios. Na fase crônica acontecem problemas cardíacos - aumento do coração, arritmia e parada cardíaca.
∗ Profilaxia: instalação de telas, eliminação do inseto Barbeiro, cana-de-açúcar cuidadosamente lavadas, melhoria nas condições de moradia (para evitar que o inseto se instale nas frestas, como ocorre em casas de pau a pique).
3) Malária
∗ Agente patogênico: Protozoário do gênero Plasmodium sp.
∗ Agente transmissor: Anopheles sp. (Mosquito-Prego)
∗ Sintomas: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios.
∗ Profilaxia: uso de mosquiteiros, inseticidas, telas, repelentes, eliminação de criadouros do vetor, etc.
4) Toxoplasmose
∗ Agente patogênico: protozoário Toxoplasma gondii.
∗ O gato e outros felinos são os hospedeiros definitivos.
∗ Formas de contaminação: descuido ao manipular a caixa de excrementos de gatos, que pode levar ao consumo acidental de partículas infecciosas; ingestão de carne crua ou mal cozida (cordeiro, porco ou vaca); congenital (de mãe pra filho).
∗ Sintomas: os cistos que contém os parasitas crescem e podem afetar as estruturas em que se situam, mais frequentemente músculos, o cérebro, no coração ou na retina, podendo levar a alterações neurológicas, problemas cardíacos ou cegueira.
QUADRO GERAL DE DOENÇAS E SEUS TRANSMISSORES
∗ Primeiros eucariontes.
∗ Protozoários e algas.
∗ Substâncias úteis extraídas de protistas -> alginates (pasta de dente, sorvete, etc), ágar e carragenina (cosméticos, gelatina, etc).
∗ Principais doenças:
1) Giardíase
∗ Parasitose intestinal causada pelo protozoário flagelado Giardia lamblia.
∗ Sintomas: diarreia, dor abdominal, vômito, cansaço, falta de apetite, perda de peso e anemia.
∗ Profilaxia: Educação sanitária e adoção de hábitos de higiene (qualidade da água, lavar as mãos e alimentos antes das refeições).
2) Doença de Chagas
∗ Doença infecciosa causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi.
∗ Agente transmissor: inseto Barbeiro.
∗ O barbeiro infectado, ao sugar o sangue de suas vítimas, deposita fezes no local da picada, que, ao ser coçado, permitirá a entrada do parasita. O protozoário também pode entrar no organismo humano pela boca, olhos ou feridas pré-existentes.
∗ Sintomas: fadiga, febre, aumento do fígado e dos gânglios. Na fase crônica acontecem problemas cardíacos - aumento do coração, arritmia e parada cardíaca.
∗ Profilaxia: instalação de telas, eliminação do inseto Barbeiro, cana-de-açúcar cuidadosamente lavadas, melhoria nas condições de moradia (para evitar que o inseto se instale nas frestas, como ocorre em casas de pau a pique).
3) Malária
∗ Agente patogênico: Protozoário do gênero Plasmodium sp.
∗ Agente transmissor: Anopheles sp. (Mosquito-Prego)
∗ Sintomas: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios.
∗ Profilaxia: uso de mosquiteiros, inseticidas, telas, repelentes, eliminação de criadouros do vetor, etc.
4) Toxoplasmose
∗ Agente patogênico: protozoário Toxoplasma gondii.
∗ O gato e outros felinos são os hospedeiros definitivos.
∗ Formas de contaminação: descuido ao manipular a caixa de excrementos de gatos, que pode levar ao consumo acidental de partículas infecciosas; ingestão de carne crua ou mal cozida (cordeiro, porco ou vaca); congenital (de mãe pra filho).
∗ Sintomas: os cistos que contém os parasitas crescem e podem afetar as estruturas em que se situam, mais frequentemente músculos, o cérebro, no coração ou na retina, podendo levar a alterações neurológicas, problemas cardíacos ou cegueira.
QUADRO GERAL DE DOENÇAS E SEUS TRANSMISSORES
Metabolismos Energéticos
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06:53
ATP (adenosina trifosfato) -> reserva de energia para a célula;
ADP + P + energia -> ATP.
1) FOTOSSÍNTESE
6 CO2 + 12 H2O -> C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O
FASE FOTOQUÍMICA ∗ Presença de luz; ocorre nas tilacoides.
6 H2O + 9 ADP + 9 P + 6 NADP+ -> 3 O2 + 9 ATP + 6 NADPH + 6 H+
- Quebra da água (hidrólise), liberando O2 para o meio e H+ para a reação seguinte.
- Fosforilação = adição de fosfato para formar o o ATP, que será utilizado na reação seguinte.
FASE QUÍMICA ∗ Sem necessidade direta da luz; ocorre no estroma.
9 ATP + 6 NADPH + 6 H+ + 3 CO2 -> C3H6O3 + 9 ADP + 9 P + 3 H2O
- Fixação do carbono pelo ciclo de Calvin-Benson, formando, a partir da incorporação do CO2 do meio, substâncias orgânicas (carboidrato).
2) QUIMIOSSÍNTESE
- Ferrobactérias => oxidam compostos de ferro;
- Nitrobactérias => oxidam compostos de amônia ou nitrito;
- Sulfobactérias => oxidam compostos de enxofre.
3) RESPIRAÇÃO CELULAR
C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O -> 6 CO2 + 12 H2O
GLICÓLISE ∗ Citoplasma.
- Quebra da molécula de glicose em 2 piruvatos (compostos com 3 carbonos) com utilização de 2 ATP.
- Liberação de H+ e energia.
- O hidrogênio combina-se com as moléculas transportadoras de hidrogênio formando 2 NADH e gerando 4 ATP.
∗ SALDO = 2 ATP; 2 piruvatos; 2 NADH.
CICLO DE KREBS ∗ Matriz mitocondrial.
- O piruvato penetra na matriz mitocondrial e é transformado em acetil (2C), liberando CO2 e H+.
- O acetil recebe a coenzima A, formando o acetil-CO-A, que entra no Ciclo de Krebs.
- Durante o Ciclo de Krebs são liberados, por piruvato, 3 CO2, 1 ATP, 4 NADH e 1 FADH2.
∗ SALDO = 6 CO2, 2 ATP, 8 NADH e 2 FADH2.
CADEIA RESPIRATÓRIA ∗ Cristas mitocondriais.
- Cadeia respiratória = cadeia transportadora de elétrons;
- Fosforilação oxidativa = adição do fosfato para formação do ATP.
- À medida que os elétrons são transferidos ao longo das cadeias de transporte, a energia liberada é empregada para bombear H+.
- As enzimas ATP-sintase utilizam o H+ para realizar a fosforilação. (30 vezes)
- Fase aeróbia = há entrada de O2, que combina-se com o H+ e libera água.
∗ SALDO = 30 ATP.
1 NADH = 3 ATP;SALDO GERAL
1 FADH2 = 2 ATP.
Glicólise 2 ATP 2 NADH x 3 ATP = 6 ATP
Ciclo de Krebs 2 ATP ou 8 NADH x 3 ATP = 24 ATP
2 FADH2 x 2 ATP = 4 ATP
Cadeia Respiratória 30 ATP __________________
________
34 ATP 34 ATP
Sem oxigênio, alguns organismos e mesmo células do tecido muscular humano continuam a realizar glicólise, desviando o metabolismo para a FERMENTAÇÃO.
C6H12O6 -> 2 C3H6O3 + ATP
FERMENTAÇÃO LÁTICA
Degradam a glicose em ácido láctico - lactato (3C).
Atividade física intensa -> insuficiência de O2 para manter a respiração celular e liberar a energia necessária.
C6H12O6 -> 2 C2H5OH + 2 CO2
FERMENTAÇÃO ALCÓOLICA
Realizada por algumas bactérias e leveduras.
Suco de uva -> vinho;
Suco de cevada -> cerveja;
Suco de cana-de-açúcar -> aguardente e etanol;
CO2 liberado -> crescimento de massas.
26.4.14
A Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918)
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17:31
1) Antecedentes
• Imperialismo => Disputa de riquezas naturais em domínios coloniais na África e na Ásia para explorar suas matérias primas e ampliar o mercado consumidor mundial, formando grandes monopólios industriais e ampliando as rivalidades entre os países capitalistas avançados. Rivalidades => política de aliança entre os diferentes países europeus, gerando um forte nacionalismo e militarização. (ING, ALE, FRA E RUS)
• FRA X ALE => Após a Guerra franco-prussiana, cujo objetivo era a expansão industrial alemã e aquisição de matérias-primas, a França perdeu a região da Alsácia-Lorena, rica em carvão.
• ALE X ING => O crescimento econômico da Alemanha afetava diretamente a Inglaterra, até então potência hegemônica na Europa. Trava-se uma competição entre Alemanha x Inglaterra e França.
• Alemanha passa a se aproximar do império Austro-Húngaro, que, devido a enorme quantidade de povos distintos em seu território (eslavos, bósnios, sérvios, croatas e romenos), sofria com o problema das nacionalidades. Os sérvios, principalmente, pretendiam se separar do Império Austro-Húngaro e juntos construírem a Grande Sérvia.
• A Rússia, por sua vez, defendia o pan-eslavismo. O desejo de unir todos os povos eslavos da Europa com o Império Russo era, na verdade, um pretexto para que assim pudesse ter acesso ao Mar Mediterrâneo.
2) Estopim
• O estopim da guerra foi o assassinato do príncipe herdeiro do Império Austro-Húngaro Francisco Ferdinando na cidade de Sarajevo, capital da Bósnia, por um nacionalista sérvio.
• Francisco Ferdinando desejava assumir o trono e reconhecer as nações eslavas como Império Austro-Húngaro. A ideia ia de desencontro com os interesses sérvios, que desejavam formar a Grande Sérvia. Rússia se posiciona a favor dos sérvios e Alemanha a favor da Império Austro-Húngaro, iniciando a guerra em 1914.
3) Avanços tecnológicos
• Guerra de Trincheiras => cavadas ao longo de um extenso território que protegia e incitava o ataque ao inimigo sem, no entanto, permitir o avanço de ambos os exércitos -> guerra lenta.
• Forte arsenal bélico => metralhadoras, submarinos, aviões, tanques de guerra, armas químicas, lança chamas, bombardeios e navios encouraçados de artilharia pesada.
4) A Guerra
• A vitória, a princípio, tendia para o lado alemão, que demonstrava superioridade militar e avançavam sobre as tropas francesas em terra.
• Os ingleses apresentavam uma grande ofensiva no mar, mas tiveram muito trabalho diante do ataque dos submarinos à marinha mercante.
• A Tríplice Entente sofria, ainda, com a saída da Rússia na guerra em 1915 após a perda da Polônia e da Lituânia e o agravamento de sua situação de crise e revolução interna (1917 – Revolução Russa).
• 1915 – Itália troca de lado e passa a apoiar a Tríplice Entente.
• 1917 – Entrada dos EUA na guerra. O papel dos norte-americanos, no início, era apenas de fornecer alimentos e armas aos ingleses e franceses, mas, em 1917, a posição de neutralidade deu lugar a uma atuação fundamental.
• Na Europa, a realidade era de fome, crise econômica e exércitos exaustos.
• Alemanha ataca a França em 1918 e luta contra 700 mil homens, fracassando. Somada às sucessivas perdas austríacas, a Tríplice Aliança encontrava-se desestabilizada.
• 1918 – Tratado de Armistício.
O imperador alemão Guilherme II abdica sob forte pressão popular.
• 1919 – Tratado de Versalhes (14 pontos de Nilson). Alemanha humilhada e, dentre outras imposições, é obrigada a pagar indenizações aos vencedores, devolver à França a Alsácia-Lorena e limitar seus arsenais bélicos.
5) Consequências:
• Calcula-se a morte de milhões de pessoas, em grande maioria homens com menos de 25 anos.
• A mobilização masculina para o front de guerra contribui para a entrada da mulher no mercado de trabalho, trabalhando nas indústrias e tratando dos feridos no Exército.
• Alemanha sai arruinada e os impérios Otomanos e Austro-Húngaro se desfazem.
• Os países europeus ficam em quadro de grave crise econômica.
• Colônias na África e Ásia iniciam um movimento nacionalista pela autonomia e independência, após forte participação como soldados nos exércitos de suas metrópoles.
• Os EUA se transformam em potencia mundial hegemônica no capitalismo mundial.
• Imperialismo => Disputa de riquezas naturais em domínios coloniais na África e na Ásia para explorar suas matérias primas e ampliar o mercado consumidor mundial, formando grandes monopólios industriais e ampliando as rivalidades entre os países capitalistas avançados. Rivalidades => política de aliança entre os diferentes países europeus, gerando um forte nacionalismo e militarização. (ING, ALE, FRA E RUS)
• FRA X ALE => Após a Guerra franco-prussiana, cujo objetivo era a expansão industrial alemã e aquisição de matérias-primas, a França perdeu a região da Alsácia-Lorena, rica em carvão.
• ALE X ING => O crescimento econômico da Alemanha afetava diretamente a Inglaterra, até então potência hegemônica na Europa. Trava-se uma competição entre Alemanha x Inglaterra e França.
• Alemanha passa a se aproximar do império Austro-Húngaro, que, devido a enorme quantidade de povos distintos em seu território (eslavos, bósnios, sérvios, croatas e romenos), sofria com o problema das nacionalidades. Os sérvios, principalmente, pretendiam se separar do Império Austro-Húngaro e juntos construírem a Grande Sérvia.
• A Rússia, por sua vez, defendia o pan-eslavismo. O desejo de unir todos os povos eslavos da Europa com o Império Russo era, na verdade, um pretexto para que assim pudesse ter acesso ao Mar Mediterrâneo.
• Tríplice Aliança => Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália.• Paz Armada => período até 1914 em que, apesar de livre de conflitos diretos, os países aliados se preparavam internamente para a guerra que poderia, a qualquer momento, emergir (campanhas de alistamento; propagandas patriotas e nacionalistas; desenvolvimento bélico).
• Tríplice Entente => Rússia, França e Inglaterra.
2) Estopim
• O estopim da guerra foi o assassinato do príncipe herdeiro do Império Austro-Húngaro Francisco Ferdinando na cidade de Sarajevo, capital da Bósnia, por um nacionalista sérvio.
• Francisco Ferdinando desejava assumir o trono e reconhecer as nações eslavas como Império Austro-Húngaro. A ideia ia de desencontro com os interesses sérvios, que desejavam formar a Grande Sérvia. Rússia se posiciona a favor dos sérvios e Alemanha a favor da Império Austro-Húngaro, iniciando a guerra em 1914.
3) Avanços tecnológicos
• Guerra de Trincheiras => cavadas ao longo de um extenso território que protegia e incitava o ataque ao inimigo sem, no entanto, permitir o avanço de ambos os exércitos -> guerra lenta.
• Forte arsenal bélico => metralhadoras, submarinos, aviões, tanques de guerra, armas químicas, lança chamas, bombardeios e navios encouraçados de artilharia pesada.
4) A Guerra
• A vitória, a princípio, tendia para o lado alemão, que demonstrava superioridade militar e avançavam sobre as tropas francesas em terra.
• Os ingleses apresentavam uma grande ofensiva no mar, mas tiveram muito trabalho diante do ataque dos submarinos à marinha mercante.
• A Tríplice Entente sofria, ainda, com a saída da Rússia na guerra em 1915 após a perda da Polônia e da Lituânia e o agravamento de sua situação de crise e revolução interna (1917 – Revolução Russa).
• 1915 – Itália troca de lado e passa a apoiar a Tríplice Entente.
• 1917 – Entrada dos EUA na guerra. O papel dos norte-americanos, no início, era apenas de fornecer alimentos e armas aos ingleses e franceses, mas, em 1917, a posição de neutralidade deu lugar a uma atuação fundamental.
• Na Europa, a realidade era de fome, crise econômica e exércitos exaustos.
• Alemanha ataca a França em 1918 e luta contra 700 mil homens, fracassando. Somada às sucessivas perdas austríacas, a Tríplice Aliança encontrava-se desestabilizada.
• 1918 – Tratado de Armistício.
O imperador alemão Guilherme II abdica sob forte pressão popular.
• 1919 – Tratado de Versalhes (14 pontos de Nilson). Alemanha humilhada e, dentre outras imposições, é obrigada a pagar indenizações aos vencedores, devolver à França a Alsácia-Lorena e limitar seus arsenais bélicos.
5) Consequências:
• Calcula-se a morte de milhões de pessoas, em grande maioria homens com menos de 25 anos.
• A mobilização masculina para o front de guerra contribui para a entrada da mulher no mercado de trabalho, trabalhando nas indústrias e tratando dos feridos no Exército.
• Alemanha sai arruinada e os impérios Otomanos e Austro-Húngaro se desfazem.
• Os países europeus ficam em quadro de grave crise econômica.
• Colônias na África e Ásia iniciam um movimento nacionalista pela autonomia e independência, após forte participação como soldados nos exércitos de suas metrópoles.
• Os EUA se transformam em potencia mundial hegemônica no capitalismo mundial.
20.4.14
Filosofia Existencialista - Jean-Paul Sartre
Postado por
Unknown
às
08:08
• Filosofia existencialista => Sem cunho social. Preocupa-se com o ser humano enquanto indivíduo propriamente dito e abordará temas como angústia, liberdade e felicidade.
• Principais filósofos existencialistas: Martin Heidegger, Karl Jaspers, Gabriel Marcel e Jean Paul Sartre.
Jean-Paul Sartre:
∗ “A existência precede a essência”.
- Ateísmo de Sartre: De acordo com o pensamento religioso, nascemos da vontade divina e, portanto, seríamos pré-determinados a seguir um propósito; teríamos, desde sempre, uma essência, pois sempre existimos na consciência divina. Sartre tira o peso da existência dos ombros de Deus e o coloca sobre os ombros do homem. Quando nascemos, somos pura existência. Nosso nascimento é o marco zero. A partir daí, o homem é tutor do próprio destino e o único responsável por seus atos.
∗ Liberdade sartreana: A liberdade, para Sartre, representa a possibilidade de escolha. Só alcançamos a liberdade plena quando assumimos a autonomia de todas as escolhas de nossa vida, que devem ser benéficas tanto para nós quanto para outrem. Somos os únicos propulsores de todo o nosso êxito e os únicos culpados por todo o nosso fracasso.
- “Estamos condenados a ser livres”: Em síntese, estamos condenados porque não escolhemos existir, tampouco nossa condição de ser livre; porém livres, pois uma vez lançados no mundo, somos responsáveis por tudo aquilo que fizermos.
∗ Principal obra de Sartre: “O Ser e o Nada”.
- A característica tipicamente humana é o nada, um “espaço aberto”, aquilo que faz de nós um ente não estático, não compacto, acessível às possibilidades de mudança. Se o ser humano fosse um ser cheio, total, pleno, com uma essência definida, não poderia ter nem consciência nem liberdade.
- Não há uma natureza humana.
- Ser em-si e para-si: o ser em-si representa a plenitude do ser; o ente para-si é o nada, é as possibilidades do ser. Análogos aos conceitos aristotélicos de ato e potência, respectivamente.
∗ Angústia existencial.
- Reconhecendo-se livre, o indivíduo dá-se conta de que encontra-se desamparado, ou seja, sem orientação ou alguma escala de valores universal em que se basear. O homem se angustia porque se vê compelido a fazer a escolha, e fazê-la, por sua vez, implica ser responsável por suas consequências. Além disso, a escolha não é um ato referente apenas àquilo que o indivíduo quer para si mesmo como valor, mas, sim, uma atribuição ecumênica. Escolhendo, o homem define aquilo que, ao seu ver, deveria ter validade geral. Nossa responsabilidade, por conseguinte, é muito maior do que poderíamos supor, porque ela envolve toda a humanidade.
∗ Enquanto o indivíduo de boa-fé é aquele que admite a responsabilidade por suas escolhas, o indivíduo de má-fé busca refugiar-se de sua própria liberdade, tentando evitar a angústia da sua condição de ser livre. Nega-se, então, a escolher, deixando que terceiros ou circunstâncias sejam responsáveis por isto.
∗ Críticas a Satre: A principal crítica à Sartre é o fato de que, sem uma razão ou pré-definição da essência do homem e da vida, não haveria uma moral, logo, “tudo seria permitido”.
Esta é, porém, justamente a ideia de Sartre: que tudo seja permitido, e que, por esta liberdade total, o homem saiba escolher o que lhe trará melhores consequências. Por isso, o existencialismo sartreano defende a moral laica, em que os valores humanos existam sem a necessidade de um Deus que os regule; que as escolhas morais não sejam determinadas pelo medo da punição divina, mas pela consciência da responsabilidade do homem.
Exercícios:
1. (Ufsj 2012) Sobre a interferência de Jean-Paul Sartre na filosofia do século XX, é CORRETO afirmar que ele:
a) reconhece a importância de Diderot, Voltaire e Kant e repercute a interferência positiva destes na noção de que cada homem é um exemplo particular no universo.
b) faz a inversão da noção essencialista ao apregoar que o Homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo e só após isso se define. Assim, não há natureza humana, pois não há Deus para concebê-la.
c) inaugura uma nova ordem político-social, segundo a qual o Homem nada mais é do que um projeto que se lança numa natureza essencialmente humana.
d) diz que ser ateu é mais coerente apesar de reconhecer no Homem uma virtu que o filia, definitivamente, a uma consciência a priori infinita.
2. (Ufsj 2012) “Subjetividade” e “intersubjetividade” são conceitos com os quais Sartre pontua o seu existencialismo. Nesse contexto, tais conceitos revelam que:
a) o cogito cartesiano desabou sobre o existencialismo na mesma proporção com que a virtu socrática precipitou-se sobre o materialismo dialético do século XX.
b) “Penso, logo existo” deve ser o ponto de partida de qualquer filosofia. Tal subjetividade faz com que o Homem não seja visto como objeto, o que lhe confere verdadeira dignidade. A descoberta de si mesmo o leva, necessariamente, à descoberta do outro, implicando uma intersubjetividade.
c) o Homem é dado, é unidade, é união e é intersubjetividade; portanto, a sua existência é agregadora e desapegada da tão apregoada subjetividade clássica, por isso mesmo tão crucial para Sartre.
d) não há um só lampejo de subjetividade que não tenha se reinaugurado na intersubjetividade, isto é, na idealidade que instrui as prerrogativas para se instalarem as escolhas do sujeito, definindo-o.
3. (Ufsj 2012) A angústia, para Jean-Paul Sartre, é:
a) tudo o que a influência de Shopenhauer determina em Sartre: a certeza da morte. O Homem pode ser livre para fazer suas escolhas, mas não tem como se livrar da decrepitude e do fim.
b) a nadificação de nossos projetos e a certeza de que a relação Homem X natureza humana é circunstancial, objetiva, e pode ser superada pelo simples ato de se fazer uma escolha.
c) a certificação de que toda a experiência humana é idealmente sensorial, objetivamente existencial e determinante para a vida e para a morte do Homem em si mesmo e em sua humanidade.
d) consequência da responsabilidade que o Homem tem sobre aquilo que ele é, sobre a sua liberdade, sobre as escolhas que faz, tanto de si como do outro e da humanidade, por extensão.
Gabarito:
1. B;
2. B;
3. D.
• Principais filósofos existencialistas: Martin Heidegger, Karl Jaspers, Gabriel Marcel e Jean Paul Sartre.
Jean-Paul Sartre:
∗ “A existência precede a essência”.
- Ateísmo de Sartre: De acordo com o pensamento religioso, nascemos da vontade divina e, portanto, seríamos pré-determinados a seguir um propósito; teríamos, desde sempre, uma essência, pois sempre existimos na consciência divina. Sartre tira o peso da existência dos ombros de Deus e o coloca sobre os ombros do homem. Quando nascemos, somos pura existência. Nosso nascimento é o marco zero. A partir daí, o homem é tutor do próprio destino e o único responsável por seus atos.
∗ Liberdade sartreana: A liberdade, para Sartre, representa a possibilidade de escolha. Só alcançamos a liberdade plena quando assumimos a autonomia de todas as escolhas de nossa vida, que devem ser benéficas tanto para nós quanto para outrem. Somos os únicos propulsores de todo o nosso êxito e os únicos culpados por todo o nosso fracasso.
- “Estamos condenados a ser livres”: Em síntese, estamos condenados porque não escolhemos existir, tampouco nossa condição de ser livre; porém livres, pois uma vez lançados no mundo, somos responsáveis por tudo aquilo que fizermos.
∗ Principal obra de Sartre: “O Ser e o Nada”.
- A característica tipicamente humana é o nada, um “espaço aberto”, aquilo que faz de nós um ente não estático, não compacto, acessível às possibilidades de mudança. Se o ser humano fosse um ser cheio, total, pleno, com uma essência definida, não poderia ter nem consciência nem liberdade.
- Não há uma natureza humana.
- Ser em-si e para-si: o ser em-si representa a plenitude do ser; o ente para-si é o nada, é as possibilidades do ser. Análogos aos conceitos aristotélicos de ato e potência, respectivamente.
∗ Angústia existencial.
- Reconhecendo-se livre, o indivíduo dá-se conta de que encontra-se desamparado, ou seja, sem orientação ou alguma escala de valores universal em que se basear. O homem se angustia porque se vê compelido a fazer a escolha, e fazê-la, por sua vez, implica ser responsável por suas consequências. Além disso, a escolha não é um ato referente apenas àquilo que o indivíduo quer para si mesmo como valor, mas, sim, uma atribuição ecumênica. Escolhendo, o homem define aquilo que, ao seu ver, deveria ter validade geral. Nossa responsabilidade, por conseguinte, é muito maior do que poderíamos supor, porque ela envolve toda a humanidade.
∗ Enquanto o indivíduo de boa-fé é aquele que admite a responsabilidade por suas escolhas, o indivíduo de má-fé busca refugiar-se de sua própria liberdade, tentando evitar a angústia da sua condição de ser livre. Nega-se, então, a escolher, deixando que terceiros ou circunstâncias sejam responsáveis por isto.
∗ Críticas a Satre: A principal crítica à Sartre é o fato de que, sem uma razão ou pré-definição da essência do homem e da vida, não haveria uma moral, logo, “tudo seria permitido”.
Esta é, porém, justamente a ideia de Sartre: que tudo seja permitido, e que, por esta liberdade total, o homem saiba escolher o que lhe trará melhores consequências. Por isso, o existencialismo sartreano defende a moral laica, em que os valores humanos existam sem a necessidade de um Deus que os regule; que as escolhas morais não sejam determinadas pelo medo da punição divina, mas pela consciência da responsabilidade do homem.
Exercícios:
1. (Ufsj 2012) Sobre a interferência de Jean-Paul Sartre na filosofia do século XX, é CORRETO afirmar que ele:
a) reconhece a importância de Diderot, Voltaire e Kant e repercute a interferência positiva destes na noção de que cada homem é um exemplo particular no universo.
b) faz a inversão da noção essencialista ao apregoar que o Homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo e só após isso se define. Assim, não há natureza humana, pois não há Deus para concebê-la.
c) inaugura uma nova ordem político-social, segundo a qual o Homem nada mais é do que um projeto que se lança numa natureza essencialmente humana.
d) diz que ser ateu é mais coerente apesar de reconhecer no Homem uma virtu que o filia, definitivamente, a uma consciência a priori infinita.
2. (Ufsj 2012) “Subjetividade” e “intersubjetividade” são conceitos com os quais Sartre pontua o seu existencialismo. Nesse contexto, tais conceitos revelam que:
a) o cogito cartesiano desabou sobre o existencialismo na mesma proporção com que a virtu socrática precipitou-se sobre o materialismo dialético do século XX.
b) “Penso, logo existo” deve ser o ponto de partida de qualquer filosofia. Tal subjetividade faz com que o Homem não seja visto como objeto, o que lhe confere verdadeira dignidade. A descoberta de si mesmo o leva, necessariamente, à descoberta do outro, implicando uma intersubjetividade.
c) o Homem é dado, é unidade, é união e é intersubjetividade; portanto, a sua existência é agregadora e desapegada da tão apregoada subjetividade clássica, por isso mesmo tão crucial para Sartre.
d) não há um só lampejo de subjetividade que não tenha se reinaugurado na intersubjetividade, isto é, na idealidade que instrui as prerrogativas para se instalarem as escolhas do sujeito, definindo-o.
3. (Ufsj 2012) A angústia, para Jean-Paul Sartre, é:
a) tudo o que a influência de Shopenhauer determina em Sartre: a certeza da morte. O Homem pode ser livre para fazer suas escolhas, mas não tem como se livrar da decrepitude e do fim.
b) a nadificação de nossos projetos e a certeza de que a relação Homem X natureza humana é circunstancial, objetiva, e pode ser superada pelo simples ato de se fazer uma escolha.
c) a certificação de que toda a experiência humana é idealmente sensorial, objetivamente existencial e determinante para a vida e para a morte do Homem em si mesmo e em sua humanidade.
d) consequência da responsabilidade que o Homem tem sobre aquilo que ele é, sobre a sua liberdade, sobre as escolhas que faz, tanto de si como do outro e da humanidade, por extensão.
Gabarito:
1. B;
2. B;
3. D.
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