• O Pré-Modernismo situa-se, aproximadamente, nas duas primeiras décadas do séc. XX, precedendo o movimento modernista de 22.
• Não corresponde a uma escola literária, mas sim a um confluir de escritores que, não correspondendo a nenhuma das estéticas de fins do século XIX, tiveram uma produção de impacto, apresentando novas vertentes estilísticas e/ou temáticas em nossa literatura.
• Lima Barreto – sua literatura é de denúncia de desigualdades sociais e preconceitos, de temáticas que retratam aspectos mais populares da sociedade e da construção de um projeto de país utópico, como bem retratadas em sua obra maior O triste fim de Policarpo Quaresma.
• João do Rio – escreveu crônicas criticando severamente as transformações pelas quais o Rio passava. Segundo ele, a título de modernidade, retiravam da cidade sua verdadeira alma.
• Augusto dos Anjos – um caso único e de difícil classificação estética. Vocabulário e terminologia de viés cientificista e muito pouco usual na tradição poética, como cuspe, vômito, escarro e vermes; visão de mundo niilista.
• Euclides da Cunha – Os Sertões, marco introdutório da temática do Nordeste, é uma produção que une o tom literário ao apuro jornalístico, sobretudo em suas descrições e caracterizações do contexto da Guerra de Canudos.
• Monteiro Lobato – foi autor atento às grandes questões do país. É seu o personagem Jeca Tatu, até hoje tomado como certo estereótipo caricatural do caipira brasileiro.
• Características gerais:
> Apesar de alguns conservadorismos, são obras inovadoras, que apresentam uma ruptura com o academismo;
> A denúncia da realidade brasileira, negando o Brasil literário herdado de Romantismo e Parnasianismo;
> Regionalismo, montando-se um vasto painel brasileiro: o Norte e Nordeste com Euclides da Cunha; o Vale do Paraíba e o interior paulista com Monteiro Lobato; o Espírito do Santo com Graça Aranha; o subúrbio carioca com Lima Barreto;
> Os tipos humanos marginalizados: o sertanejo nordestino, o caipira, os funcionários públicos, os mulatos;
> Uma ligação com fatos políticos, econômicos e sociais contemporâneos, diminuindo a distância entre a realidade e a ficção.
> Acentuado nacionalismo - exemplo Policarpo Quaresma.
> Sincretismo estético - Neo-Realismo, Neoparnasianismo, Neo-Simbolismo.
> Linguagem mais simples e coloquial com o objetivo de combater o rebuscamento e o pedantismo.
Os Sertões
> Obra de denúncia social impregnada de correntes naturalistas e deterministas, como observado na tripartição do livro:
> A Terra (meio) => análise do condicionamento geográfico; o clima exerce papel preponderante na formação do meio e do homem.
> O Homem (raça) => análise da miscigenação. Sertanejo é descrito como “Hércules-Quasímodo”, numa união de aspectos heroicos, a força e a bravura de Hércules, com a aparência feia, bruta e desengonçada de Quasímodo.
> A Luta (momento histórico) => descrição do conflito sangrento entre o povoado e a civilização urbana. Destruição dos sertanejos.
25.3.14
Região Nordeste
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18:41
• Sub-Regiões nordestinas
Devido à diversidade natural, política e econômica da região nordeste, ela é dividida em 4 sub-regiões:
1 – Zona da Mata
2 – Agreste
3 – Sertão
4 – Meio-norte
1) Zona da Mata
∗ Ocupa a faixa litorânea do nordeste.
∗ Clima – Tropical úmido ou litorâneo, possuem temperaturas elevadas e chuvas abundantes em todo o ano.
∗ Vegetação – Mata Atlântica, possuem árvores altas, densamente distribuídas, copas entrelaçadas e etc.
∗ Relevo – Formada por planícies e tabuleiros.
∗ Hidrografia – É formada por pequenos rios que nascem nas serras e planaltos de leste e sudeste e desaguam no oceano atlântico.
2) Agreste
∗ Faixa de transição entre a Zona da Mata e o Sertão.
∗ Apresenta características mescladas das duas sub-regiões.
∗ Clima – Nem tão seco e nem tão úmido, predomina o clima tropical semiúmido.
∗ Vegetação – Mata tropical e a caatinga.
∗ Relevo – Formado por planaltos e serras. O mais importante deles é o planalto da Borborema.
∗ Hidrografia – A maior parte dos rios do agreste são temporários, ou seja, secam durante as estiagens.
3) Sertão
∗ É a maior sub-região nordestina.
∗ Clima – Tropical semiárido, marcado principalmente pelas longas estiagens.
∗ Vegetação – Predomina a caatinga, típica de lugares secos, caracterizada pelas cactáceas.
∗ Relevo – Predomina a depressão sertaneja e a do São Francisco.
∗ Hidrografia – A maioria dos rios da região são temporários. A maior bacia da região, a do Rio São Francisco, que banha a região.
4) Meio-Norte
∗ Transição entre o nordeste e a Amazônia.
∗ Clima – Predomina o clima Equatorial, principalmente no Maranhão. Grandes índices de chuva e temperaturas elevadas.
∗ Vegetação – Encontramos na região a Caatinga, o Cerrado, Mata de Cocais e, por fim, a Floresta Amazônica.
∗ Relevo – Predominam os planaltos e as chapadas da bacia do Parnaíba.
∗ Hidrografia – A região é drenada por inúmeros rios, todos perenes, que formam a bacia do Parnaíba.
• Polígono das secas => Região reconhecida pelo governo federal, desde 1936, como sujeita a sucessivas estiagens e para a qual devem ser planejadas políticas específicas contra as secas.
• “Indústria da Seca” => É o capital que se obtém pelo desvio do dinheiro público que deveria ser destinado à construção de açudes, levando água à população mais pobre e amenizando as desigualdades das áreas da seca.
• Transposição do Rio São Francisco => Um dos grandes projetos de irrigação de terras do Sertão nordestino prevê a transposição das águas do São Francisco, levando as suas águas aos locais mais secos do Sertão. Esse projeto gera forte polêmica entre técnicos, ambientalistas e políticos, pois a transposição pode gerar problemas na produção de energia elétrica pelas usinas da região e outros riscos ainda não conhecidos.
• Espaço Colonial
∗ Região de ocupação mais antiga, desde a chegada dos colonizadores. Seu espaço foi organizado em torno da atividade canavieira.
∗ As primeiras cidades surgiram da necessidade de proteção do território da colônia.
• O Canavial e a organização do espaço
∗ A produção da cana-de-açúcar proporcionou poder político e econômico à região.
∗ A pecuária foi utilizada para iniciar a ocupação do interior no nordeste.
∗ A cana foi produzida na região porque nela havia os requisitos necessários para o seu plantio, tais como: clima litorâneo úmido, solo fértil (Massapé) e proximidade com o mar (escoamento).
∗ Crise da cana – final do século XVII => concorrência das Antilhas (preços mais baixos).
∗ Crise do algodão – século XIX => concorrência dos EUA.
∗ Enquanto essas atividades entravam em forte crise, a mineração passou a ser desenvolvida fortemente na região sudeste.
• Organização do espaço nas sub-regiões
∗ O Nordeste representa 18% do território do Brasil, com cerca de 51 milhões de habitantes, concentrados em sua maioria na Zona da Mata.
∗ Os indicadores sociais demonstram grandes desigualdades verificadas entre regiões e no interior de uma mesma área.
1) Zona da Mata
∗ Essa área foi intensamente explorada economicamente e, por esta razão, houve um largo desaparecimento da mata atlântica.
∗ Concentra a maior parte das capitais e grandes cidades do nordeste, bem como a maior parte da população e a maior densidade demográfica.
∗ É a região mais desenvolvida e industrializada do nordeste, mas também sofre com muitos problemas sociais, como: forte desemprego, salários reduzidos e etc.
∗ A Zona da Mata pode ser dividida em 3 áreas:
- Zona da Mata Açucareira – corresponde a área produtora de cana-de-açúcar, do Rio Grande do Norte ao norte da Bahia.
- Zona da Mata Cacaueira – Corresponde ao sul da Bahia, com destaque para a cidade de Ilhéus. Forte produtora de Cacau, sendo responsável por 65% da produção brasileira.
- Recôncavo Baiano – corresponde a vários municípios em torno de Salvador. Importante polo industrial e berço de atividades extrativas.
2) Agreste
∗ Predominam as atividades primárias em minifúndios policultores e atividades ligadas a pecuária leiteira.
∗ Atividade industrial crescente.
∗ Algumas cidades importantes: Feira de Santana, Caruaru e Campina Grande.
3) Meio-Norte
∗ Predominam as atividades primárias, em especial o extrativismo vegetal (Carnaúba e babaçu) e o extrativismo mineral. Pratica-se também a pecuária e a agricultura.
4) Sertão
∗ A pecuária extensiva e a agricultura comercial de frutas, café, algodão, soja, milho, feijão, arroz e mandioca são as principais atividades econômicas do sertão.
∗ As áreas irrigadas do sertão são muito importantes. São elas: Vale do Açu (RN), Polo Juazeiro (BA) – Petrolina (PE), Oeste da Bahia.
• O crescimento econômico => A economia nordestina vem apresentando, nos últimos anos, um crescimento em todos os setores devido a um processo de integração cada vez maior da região com as demais e com outros países.
• Atividades econômicas
∗ Atividades ligadas ao setor primário (agricultura e pecuária), setor secundário (indústria) e setor terciário (comércio e serviços).
∗ Os setores secundário e terciário são os que empregam a maior parte da população economicamente ativa (PEA), com destaque para o secundário pelos seguintes fatores:
- Isenção de impostos;
- Cessão de terrenos;
- Investimento em infraestrutura;
- Descontos nos pagamentos de produtos e serviços;
- Mão-de-obra barata;
- Proximidade aos portos e facilidade na exportação.
• Serviços
∗ Em 2000, correspondiam a 55% do PIB da região.
∗ Destaca-se o turismo na região devido as belezas naturais existentes, em especial as praias.
• Indicadores sociais
∗ Nos últimos anos, os indicadores sociais do Nordeste tiveram uma melhora, assim como os do Brasil em geral. Mesmo assim, a região apresenta profundas desigualdades e os mais baixos indicadores sociais do país.
∗ Entre os motivos que levam os aspectos sociais a terem esse desempenho, destaca-se a concentração de renda e de terra nas mãos de poucos e a aplicação inadequada dos investimentos públicos em benefício de latifundiários, empresários e políticos, e não da maioria da população.
Devido à diversidade natural, política e econômica da região nordeste, ela é dividida em 4 sub-regiões:
1 – Zona da Mata
2 – Agreste
3 – Sertão
4 – Meio-norte
1) Zona da Mata
∗ Ocupa a faixa litorânea do nordeste.
∗ Clima – Tropical úmido ou litorâneo, possuem temperaturas elevadas e chuvas abundantes em todo o ano.
∗ Vegetação – Mata Atlântica, possuem árvores altas, densamente distribuídas, copas entrelaçadas e etc.
∗ Relevo – Formada por planícies e tabuleiros.
∗ Hidrografia – É formada por pequenos rios que nascem nas serras e planaltos de leste e sudeste e desaguam no oceano atlântico.
2) Agreste
∗ Faixa de transição entre a Zona da Mata e o Sertão.
∗ Apresenta características mescladas das duas sub-regiões.
∗ Clima – Nem tão seco e nem tão úmido, predomina o clima tropical semiúmido.
∗ Vegetação – Mata tropical e a caatinga.
∗ Relevo – Formado por planaltos e serras. O mais importante deles é o planalto da Borborema.
∗ Hidrografia – A maior parte dos rios do agreste são temporários, ou seja, secam durante as estiagens.
3) Sertão
∗ É a maior sub-região nordestina.
∗ Clima – Tropical semiárido, marcado principalmente pelas longas estiagens.
∗ Vegetação – Predomina a caatinga, típica de lugares secos, caracterizada pelas cactáceas.
∗ Relevo – Predomina a depressão sertaneja e a do São Francisco.
∗ Hidrografia – A maioria dos rios da região são temporários. A maior bacia da região, a do Rio São Francisco, que banha a região.
4) Meio-Norte
∗ Transição entre o nordeste e a Amazônia.
∗ Clima – Predomina o clima Equatorial, principalmente no Maranhão. Grandes índices de chuva e temperaturas elevadas.
∗ Vegetação – Encontramos na região a Caatinga, o Cerrado, Mata de Cocais e, por fim, a Floresta Amazônica.
∗ Relevo – Predominam os planaltos e as chapadas da bacia do Parnaíba.
∗ Hidrografia – A região é drenada por inúmeros rios, todos perenes, que formam a bacia do Parnaíba.
• Polígono das secas => Região reconhecida pelo governo federal, desde 1936, como sujeita a sucessivas estiagens e para a qual devem ser planejadas políticas específicas contra as secas.
• “Indústria da Seca” => É o capital que se obtém pelo desvio do dinheiro público que deveria ser destinado à construção de açudes, levando água à população mais pobre e amenizando as desigualdades das áreas da seca.
• Transposição do Rio São Francisco => Um dos grandes projetos de irrigação de terras do Sertão nordestino prevê a transposição das águas do São Francisco, levando as suas águas aos locais mais secos do Sertão. Esse projeto gera forte polêmica entre técnicos, ambientalistas e políticos, pois a transposição pode gerar problemas na produção de energia elétrica pelas usinas da região e outros riscos ainda não conhecidos.
• Espaço Colonial
∗ Região de ocupação mais antiga, desde a chegada dos colonizadores. Seu espaço foi organizado em torno da atividade canavieira.
∗ As primeiras cidades surgiram da necessidade de proteção do território da colônia.
• O Canavial e a organização do espaço
∗ A produção da cana-de-açúcar proporcionou poder político e econômico à região.
∗ A pecuária foi utilizada para iniciar a ocupação do interior no nordeste.
∗ A cana foi produzida na região porque nela havia os requisitos necessários para o seu plantio, tais como: clima litorâneo úmido, solo fértil (Massapé) e proximidade com o mar (escoamento).
∗ Crise da cana – final do século XVII => concorrência das Antilhas (preços mais baixos).
∗ Crise do algodão – século XIX => concorrência dos EUA.
∗ Enquanto essas atividades entravam em forte crise, a mineração passou a ser desenvolvida fortemente na região sudeste.
• Organização do espaço nas sub-regiões
∗ O Nordeste representa 18% do território do Brasil, com cerca de 51 milhões de habitantes, concentrados em sua maioria na Zona da Mata.
∗ Os indicadores sociais demonstram grandes desigualdades verificadas entre regiões e no interior de uma mesma área.
1) Zona da Mata
∗ Essa área foi intensamente explorada economicamente e, por esta razão, houve um largo desaparecimento da mata atlântica.
∗ Concentra a maior parte das capitais e grandes cidades do nordeste, bem como a maior parte da população e a maior densidade demográfica.
∗ É a região mais desenvolvida e industrializada do nordeste, mas também sofre com muitos problemas sociais, como: forte desemprego, salários reduzidos e etc.
∗ A Zona da Mata pode ser dividida em 3 áreas:
- Zona da Mata Açucareira – corresponde a área produtora de cana-de-açúcar, do Rio Grande do Norte ao norte da Bahia.
- Zona da Mata Cacaueira – Corresponde ao sul da Bahia, com destaque para a cidade de Ilhéus. Forte produtora de Cacau, sendo responsável por 65% da produção brasileira.
- Recôncavo Baiano – corresponde a vários municípios em torno de Salvador. Importante polo industrial e berço de atividades extrativas.
2) Agreste
∗ Predominam as atividades primárias em minifúndios policultores e atividades ligadas a pecuária leiteira.
∗ Atividade industrial crescente.
∗ Algumas cidades importantes: Feira de Santana, Caruaru e Campina Grande.
3) Meio-Norte
∗ Predominam as atividades primárias, em especial o extrativismo vegetal (Carnaúba e babaçu) e o extrativismo mineral. Pratica-se também a pecuária e a agricultura.
4) Sertão
∗ A pecuária extensiva e a agricultura comercial de frutas, café, algodão, soja, milho, feijão, arroz e mandioca são as principais atividades econômicas do sertão.
∗ As áreas irrigadas do sertão são muito importantes. São elas: Vale do Açu (RN), Polo Juazeiro (BA) – Petrolina (PE), Oeste da Bahia.
• O crescimento econômico => A economia nordestina vem apresentando, nos últimos anos, um crescimento em todos os setores devido a um processo de integração cada vez maior da região com as demais e com outros países.
• Atividades econômicas
∗ Atividades ligadas ao setor primário (agricultura e pecuária), setor secundário (indústria) e setor terciário (comércio e serviços).
∗ Os setores secundário e terciário são os que empregam a maior parte da população economicamente ativa (PEA), com destaque para o secundário pelos seguintes fatores:
- Isenção de impostos;
- Cessão de terrenos;
- Investimento em infraestrutura;
- Descontos nos pagamentos de produtos e serviços;
- Mão-de-obra barata;
- Proximidade aos portos e facilidade na exportação.
• Serviços
∗ Em 2000, correspondiam a 55% do PIB da região.
∗ Destaca-se o turismo na região devido as belezas naturais existentes, em especial as praias.
• Indicadores sociais
∗ Nos últimos anos, os indicadores sociais do Nordeste tiveram uma melhora, assim como os do Brasil em geral. Mesmo assim, a região apresenta profundas desigualdades e os mais baixos indicadores sociais do país.
∗ Entre os motivos que levam os aspectos sociais a terem esse desempenho, destaca-se a concentração de renda e de terra nas mãos de poucos e a aplicação inadequada dos investimentos públicos em benefício de latifundiários, empresários e políticos, e não da maioria da população.
Era Vargas (1930 - 1945)
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às
15:01
Governo provisório (1930 - 1934)
• Populismo => fenômeno que garante políticas paliativas para o controle das massas. O líder se apresenta como um representante do povo, e com a intervenção do Estado, cria políticas públicas voltadas para classes populares.
• “Cidadania regulada” => diz respeito à figura do pelego, que significava o controle dos sindicatos pelo Estado, colocando neles pessoas de sua confiança. Desta forma, não havia, na verdade, uma liberdade de organização dos trabalhadores.
• Medidas:
> Renegocia os acordos de pagamentos de dívidas externas;
> Investe na industrialização de base;
> Cria dois novos ministérios – o do Trabalho, Indústria e Comércio e o da Educação e Saúde Pública;
> Criou o Conselho Nacional do Café (CNC) para resolver a crise do setor cafeeiro, além de comprar e queimar milhões de sacas de café para elevar o preço do produto.
• Movimento Constitucionalista (1932) => Manifestações populares em SP deflagram uma luta armada em prol da criação de uma Constituição, pois, passados dois anos do governo de Vargas, ainda não havia uma.
• Código Eleitoral de 1932 => voto secreto, voto feminino, extensão do voto aos maiores de 18 anos (não mais 21) e Justiça Eleitoral.
• Constituição de 1934:
> Direitos políticos: mantinha os direitos do Código Eleitoral de 1932, mas continuavam sem direitos a voto analfabetos, mendigos e militares. Eleições para presidente diretas, com exceção da próxima, que seria escolha da Assembleia Constituinte.
> Extinção do cargo de vice-presidente.
> Direitos sociais: ensino primário gratuito e obrigatório.
> Legislação trabalhista: salário mínimo, jornada de trabalho de oito horas diárias, férias anuais remuneradas, indenização por demissão sem justa causa, regulamentação do trabalho infantil e feminino e direito à aposentadoria.
Governo Constitucional (1934 - 1937)
• Polarização ideológica: Aliança Integralista Brasileira (nazi-fascista; líder Plínio Salgado; “Deus, Pátria e Família”; chamados “Camisas Verdes”) x Aliança Nacional Libertadora (socialista-comunista; líder Luís Carlos Prestes; nacionalização e reforma agrária; chamados “aliancistas”).
• Intentona Comunista (1935): A revolução liderada por Prestes e Olga Benário, entre outros militantes consagrados, previa uma revolução militar que implicava em tomar o poder dos quartéis e derrubar o governo à força. Vargas notifica que o serviço secreto do Exército descobrira o Plano Cohen, plano fictício atribuído aos comunistas que pretendiam tomar o poder no Brasil. Como resultado, prendeu e torturou todos os integrantes próximos a Prestes e deportou Olga aos nazistas.
• Em nome do combate ao “perigo comunista”, Vargas decretou estado de guerra, fechou o Congresso Nacional e instaurou a ditadura, dando inicio ao Estado Novo.
• Populismo => fenômeno que garante políticas paliativas para o controle das massas. O líder se apresenta como um representante do povo, e com a intervenção do Estado, cria políticas públicas voltadas para classes populares.
• “Cidadania regulada” => diz respeito à figura do pelego, que significava o controle dos sindicatos pelo Estado, colocando neles pessoas de sua confiança. Desta forma, não havia, na verdade, uma liberdade de organização dos trabalhadores.
• Medidas:
> Renegocia os acordos de pagamentos de dívidas externas;
> Investe na industrialização de base;
> Cria dois novos ministérios – o do Trabalho, Indústria e Comércio e o da Educação e Saúde Pública;
> Criou o Conselho Nacional do Café (CNC) para resolver a crise do setor cafeeiro, além de comprar e queimar milhões de sacas de café para elevar o preço do produto.
• Movimento Constitucionalista (1932) => Manifestações populares em SP deflagram uma luta armada em prol da criação de uma Constituição, pois, passados dois anos do governo de Vargas, ainda não havia uma.
• Código Eleitoral de 1932 => voto secreto, voto feminino, extensão do voto aos maiores de 18 anos (não mais 21) e Justiça Eleitoral.
• Constituição de 1934:
> Direitos políticos: mantinha os direitos do Código Eleitoral de 1932, mas continuavam sem direitos a voto analfabetos, mendigos e militares. Eleições para presidente diretas, com exceção da próxima, que seria escolha da Assembleia Constituinte.
> Extinção do cargo de vice-presidente.
> Direitos sociais: ensino primário gratuito e obrigatório.
> Legislação trabalhista: salário mínimo, jornada de trabalho de oito horas diárias, férias anuais remuneradas, indenização por demissão sem justa causa, regulamentação do trabalho infantil e feminino e direito à aposentadoria.
Governo Constitucional (1934 - 1937)
• Polarização ideológica: Aliança Integralista Brasileira (nazi-fascista; líder Plínio Salgado; “Deus, Pátria e Família”; chamados “Camisas Verdes”) x Aliança Nacional Libertadora (socialista-comunista; líder Luís Carlos Prestes; nacionalização e reforma agrária; chamados “aliancistas”).
• Intentona Comunista (1935): A revolução liderada por Prestes e Olga Benário, entre outros militantes consagrados, previa uma revolução militar que implicava em tomar o poder dos quartéis e derrubar o governo à força. Vargas notifica que o serviço secreto do Exército descobrira o Plano Cohen, plano fictício atribuído aos comunistas que pretendiam tomar o poder no Brasil. Como resultado, prendeu e torturou todos os integrantes próximos a Prestes e deportou Olga aos nazistas.
• Em nome do combate ao “perigo comunista”, Vargas decretou estado de guerra, fechou o Congresso Nacional e instaurou a ditadura, dando inicio ao Estado Novo.
República Velha (1889 - 1930)
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14:58
República Velha
• Embasada no Positivismo e no Darwinismo Social.
• Positivismo => defendia um Poder Executivo forte e um Estado intervencionista. Bandeira – “Ordem e Progresso”.
• Darwinismo Social => justificativa da superioridade branca sobre os negros, que, mesmo após a abolição da escravidão em 1888, permaneceram à margem da sociedade brasileira.
• É um período no qual o Estado é governado por pequenos grupos (oligarquia).
1) República da Espada (1889 – 1894)
• Deodoro da Fonseca (1889 – nov. 1891)
> Governo provisório (1889 – fev. 1891)
∗ O líder do exército Deodoro da Fonseca assume de maneira indireta e centralizada.
∗ Transformação das províncias em estados, de acordo com o princípio Federalista.
∗ POLÍTICA DO ENCILHAMENTO => com o intuito de estimular a industrialização e aquecer a economia, o Ministro da Fazenda Rui Barbosa libera empréstimos pessoais por bancos e aumenta o dinheiro em circulação => surto inflacionário e desvalorização – crise econômica.
∗ Convocação de uma Assembleia Constituinte.
∗ Constituição de 1891:
− Modelo político vertical, influenciado pela constituição dos EUA x modelo cultural influenciado pelas nações europeias.
− Mandato presidencial de 4 anos;
− Estabelecimento de 3 poderes: executivo, legislativo e judiciário;
− Separação Igreja x Estado – Estado Laico;
− Instituição do casamento civil, certidão de nascimento e óbito;
− Voto universal, aberto, masculino aos maiores de 21 anos, exceto analfabetos e soldados.
> Governo constitucional (fev. 1891 – nov. 1891)
∗ Depois de promulgada a Constituição, a Assembleia se transforma em Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado), que elegeria o primeiro presidente de forma indireta.
∗ Congresso lança “Lei das Responsabilidades”, projeto de lei que limitaria os poderes do presidente. Sob esta ameaça, Deodoro da Fonseca fecha o Congresso em uma tentativa de golpe.
∗ 1a. REVOLTA DA ARMADA => Marinha aponta os canhões para a cidade do Rio de Janeiro, ameaçando bombardeá-la. Para evitar uma guerra civil, Deodoro da Fonseca renuncia em 23.nov.1891.
• Floriano Peixoto (1891 – 1894)
> Floriano Peixoto assume como vice de Deodoro da Fonseca, recusando-se a convocar novas eleições à presidência como previa a Constituição.
> Apoio popular => redução dos alugueis para os operários, redução do preço da carne (baixando-lhe o imposto) e de outros gêneros alimentícios de 1a necessidade.
> REVOLUÇÃO FEDERALISTA (RS – 1893 – 1895) => o então governador do RS, Borges de Medeiros, era republicano, ou seja, defendia um governo estadual forte. Os federalistas do RS, que defendiam maior centralização do Estado, esperavam o apoio de Floriano para depor Medeiros. Entretanto, Floriano alia-se a ele e tem início a Revolução, na qual os federalistas tentam, sem sucesso, depor a força o governador.
> 2a. REVOLTA DA ARMADA => estendeu-se até Santa Catarina, articulando-se com a Revolta Federalista, e envolveu diversos bombardeios justamente porque Floriano Peixoto desrespeitou a Constituição para se efetivar na presidência.
2) República Oligárquica (1894 – 1930)
• Coronelismo => sistema de acordos entre o governo estadual e os coronéis, que, em função de seu poderio econômico, dominavam a política local e impunham sua autoridade por violência. Desta forma, garantiam o chamado “voto de cabresto”, pois, uma vez que o voto não era secreto, estava sujeito a manipulações por ameaças.
• Política do Café com Leite => alternância na presidência de candidatos de São Paulo e Minas Gerais, estados que detinham maior produção de café e leite, respectivamente.
“Café com café” – MG era também o segundo maior produtor de café e a maior bancada no Congresso.
• Política dos Governadores => apoio recíproco entre o nível federal e estadual; significava o respaldo dos governadores na eleição de Deputados e Senadores, que, por sua vez, apoiavam o Presidente da Republica. Em troca, o presidente oferecia recursos aos estados. Tal prática consolidava a hegemonia dos grupos ligados à agricultura.
• Prudente de Morais (1894 – 1898)
> 1˚ presidente civil eleito.
> GUERRA DE CANUDOS:
∗ Quadro de miséria nordestina em virtude da decadência da lavoura açucareira e as tão comuns secas.
∗ Antônio Conselheiro => figura que surge em meio à miséria local e às injustiças sociais e passa a realizar pregações em algumas regiões do sertão. Caráter messiânico => líder carismático e religioso enviado por uma entidade superior para trazer a vitória do bem contra o mal e corrigir o mundo.
∗ Antônio Conselheiro funda Canudos, uma espécie de sociedade alternativa na qual a terra era comunitariamente ocupada e os sertanejos lutavam contra a dominação e a exploração dos coronéis.
∗ As autoridades da época temiam que essa comunidade servisse de modelo para outras e, como forma de desmoralizar o povoado, difundiam a ideia de que lá viviam fanáticos religiosos e monarquistas.
∗ 4 expedições são necessárias para destruir Canudos, episódio narrado em “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, como um verdadeiro genocídio. Estas expedições desgastam a imagem de Prudente de Morais, que fracassa várias vezes em conter um “foco monarquista”.
• Campos Sales (1898 – 1902)
> Objetivos => conter a crise econômica, consolidar a liderança dos civis e fortalecer as vinculações entre o governo central e dos estados.
• Rodrigues Alves (1902 – 1906)
> Reforma urbana do RJ – engenheiro e prefeito da cidade Pereira Passos.
> “Bota-abaixo” => inspirado na reforma de Paris, planejou abrir largas avenidas cortando o centro. Para isso, centenas de casarões foram demolidos e a população foi obrigada a abandonar os cortiços => favelas.
> A Campanha Sanitarista de Oswaldo Cruz => o médico foi contratado para tratar do problema das epidemias de peste e de febre amarela. Após resolvê-lo, voltou-se à varíola, aprovando a vacinação obrigatória da população contra a doença.
> REVOLTA DA VACINA (1904):
∗ Estopins: falta de habitação (causada pela reurbanização da cidade), impopularidade do governo e a obrigatoriedade da vacina sem que os benefícios da mesma tivessem sido esclarecidos.
∗ Enfrentamentos com a polícia, bondes foram virados, lojas depredadas, tiroteios nas ruas, mortos, feridos, e muitas prisões. Diante disso, o governo revogou a obrigatoriedade da vacina.
> CONVÊNIO DE TAUBATÉ (1906): superprodução e queda do preço do café. Os governadores de SP, MG e RJ assumem, então, a responsabilidade de comprar o estoque do café produzido a fim de retirá-lo do mercado e aumentar seu preço.
• REVOLTA DA CHIBATA (1910): os marujos eram submetidos a condições insalubres de trabalho e ao regime da chibata. Após um marinheiro ter recebido 250 chibatas, seus companheiros, liderados por João Cândido, se rebelam. Congresso faz negociações e aceita as reivindicações dos marinheiros, porém não cumpre o acordo e contém violentamente a nova revolta realizada na Ilha das Cobras. Muitos morreram ou foram exilados.
• CONTESTADO (1912-1916): ocorreu em uma região disputada entre Paraná e Santa Catarina. Um grupo norte-americano começa a construção de uma estrada de ferro e, para isso, expulsa os sertanejos que ali viviam. Além disso, quando a construção termina, 8 mil homens ficam desempregados. Sem terras, esses sertanejos da região do Contestado, sob o líder religioso João Maria, fundam alguns povoados. Por não seguirem as ordens do governo republicano, tiveram o mesmo fim que Canudos: arrasados por militares.
• CANGAÇOS – Banditismo social.
• MOVIMENTOS OPERÁRIOS (1917): Após a 1a Guerra Mundial, a dificuldade na exportação para os países beligerantes e na importação de produtos industrializados fez com que os preços internos aumentassem. Entretanto, o salário dos trabalhadores não acompanhou este aumento, o que provocou uma série de manifestações. Em 1917, após a morte de um manifestante, instaurou-se em São Paulo uma greve geral.
Reivindicações: aumento salarial, fim do trabalho para menores de 14 anos, fim do trabalho noturno para mulheres e menores de 18, jornada de trabalho de 8 horas diárias e redução dos alugueis.
Conclusão: 20% de aumento salarial sem dispensa dos grevistas e crescimento de correntes anarquistas e comunistas.
• MOVIMENTO TENENTISTA
∗ Causas: descontentamento com a corrupção do governo federal (fraudes eleitorais, política dos governadores e coronelismo); falta de armamento, cavalos, medicamentos, etc no Exército; nomeação de um civil para o Ministério da Guerra.
∗ 18 do Forte: tentando evitar a posse do mineiro Artur Bernardes, os revoltosos planejam a sublevação dos fortes do RJ. Em 5 de Julho, tomam o Forte de Copacabana e, isolados e bombardeados, todos os soldados deixam o movimento, com exceção de 17 e um civil que enfrentam as tropas do governo. 2 sobrevivem.
∗ Revolução Paulista de 1924: após os 18 do Forte, tenentes de várias capitais se mobilizaram em novas tentativas de desintegrar a política vigente. Em 5 de Julho de 1924, inicia-se o movimento em SP, mas, cercados, os soldados partem em direção ao PR. No mesmo ano, eclode no RS uma revolta tenentista liderada por Luís Carlos Prestes e Siqueira Campos, que acabam também fugindo para o PR. No ano seguinte, as colunas tenentistas gaúcha e paulista se encontram e formam a Coluna Prestes-Miguel Costa.
∗ Coluna Prestes: expressão máxima do Tenentismo. O plano de Prestes era levar a revolução ao interior do país, conquistando o apoio da população. A coluna percorreu cerca de 25 mil quilômetros em 2 anos, perseguida por tropas legalistas. Sobrevivem buscam refúgio na Bolívia. Prestes torna-se herói nacional (“Cavaleiro da Esperança”).
• 1929: eleição para o sucessor de Washington Luís e quebra da bolsa de Nova York (queda das exportações de café). Minas Gerais esperava que Antônio Carlos fosse eleito presidente, porém Washington Luís indica Júlio Prestes e quebra a Política dos Governadores.
• Formação da Aliança Liberal (oligarquias de MG, PB e RS) x oligarquias paulistas => lançam a candidatura de Getúlio Vargas para presidente e João Pessoa como vice.
• REVOLUÇÃO DE 1930 => Júlio Prestes vence as eleições, mas o assassinato de João Pessoa na PB é utilizado como pretexto para realizar um golpe de Estado. Vargas assume e a República Oligárquica chega ao fim.
23.3.14
Origem da vida e Biologia celular
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14:49
São 7 os critérios utilizados para se caracterizar e diferenciar um ser vivo de um ser não vivo. São eles:
• São formados por célula;
• Podem se reproduzir;
• Podem apresentar crescimento;
• Apresentam metabolismo;
• Respondem a estímulos do meio;
• Sofrem modificações ao longo das gerações (evolução);
• Composição química CHON (substâncias orgânicas + inorgânicas).
Casos especiais:
• Vírus – não são formados por células e não possuem metabolismo; porém, quando adentram uma célula hospedeira, se reproduzem. Além disso, assim como os seres vivos, sofrem mutações.
• Príons (partículas infectantes proteináceas) – versão alterada de uma proteína normal que infecta as demais proteínas, causando doenças.
Teorias sobre a origem da vida
• Abiogênese
Até meados do século XIX, os cientistas acreditavam que os seres vivos eram gerados espontaneamente a partir da matéria bruta. Acreditavam, por exemplo, que vermes surgiam espontaneamente do corpo de cadáveres em decomposição.
“Receita de ratos” – roupa suja + trigo = ratos.
• Biogênese - EXPERIMENTO DE FRANCISCO REDI
Redi colocou pedaços de carne crua dentro de frascos, deixando alguns cobertos com gaze e outros completamente abertos. De acordo com a abiogênese, deveriam surgir vermes ou mesmo moscas nascidos da própria carne e, portanto, estariam em todos os frascos. O que se observou, porém, é que haviam ovos, larvas e moscas apenas sobre a carne dos frascos abertos, provando que a geração espontânea a partir da matéria bruta não ocorre, mas, sim, a partir dos ovos depositados pelas moscas atraídas (vida formada a partir de outra vida).
∗ Descoberta de seres microscópicos => volta da abiogênese. Muitos cientistas acreditavam que os microrganismos surgem espontaneamente em todos os lugares, independentemente da presença de outro ser vivo.
• Abiogênese – EXPERIMENTO DE NEEDHAM
Needham aqueceu e fechou vários recipientes contendo um caldo nutritivo. Após alguns dias, examinou as soluções no microscópio e identificou a presença de microrganismos. Para ele, a solução nutritiva continha uma “força vital” responsável pelo surgimento espontâneo das formas vivas.
• Biogênese – EXPERIMENTO DE SPALLANZANI
Spallanzani repetiu o procedimento de Needham em balões de vidro hermeticamente fechados e submetendo as soluções à fervura. Dias depois, não encontrou microrganismos no caldo. Explicou que Needham não havia fervido sua solução nutritiva por tempo suficiente para matar todos os microrganismos existentes e esterilizá-la.
∗ Needham responde dizendo que, ao ferver por muito tempo as substâncias nutritivas em recipientes completamente fechados, Spallanzani havia destruído a “força vital”. A abiogênese, mais uma vez, sai favorecida.
• Derrubada da abiogênese – EXPERIMENTO DE PASTEUR
Pausteur coloca um líquido nutritivo dentro de um balão com pescoço longo e o aquece, de modo a curvar e afinar o gargalo. Em seguida, ferve o caldo, matando os microrganismos e esterilizando o líquido. Após o resfriamento do balão, há condensação de água no tubo, retendo as impurezas e os microrganismos no pescoço do balão e impedindo-os de chegar ao líquido. Quebrou, então, o gargalo, e verificou a presença de micróbios.
Conclusões: Pasteur provou que o ar contém microrganismos que, em contato com o líquido nutritivo, encontram condições para se desenvolver e proliferar. Não há “força vital”, pois ficou demonstrado que, apesar de fervido, o líquido ainda possuía a capacidade de manter vida se a ele fosse introduzido algum microrganismo, com a quebra do gargalo.
Uma vez aceita a hipótese da biogênese, surge um novo questionamento: se todos os seres vivos surgem de outros preexistentes, como surgiu o primeiro?
1) Panspermia ou Teoria Cósmica
A vida teria surgido a partir de compostos orgânicos trazidos de outro corpo celeste à Terra por meteoritos.
2) Criacionismo ou Fixismo
Corrente de cunho religioso, afirma que os seres vivos foram criados individualmente por uma divindade e que, desde então, apresentam a mesma forma.
3) Evolucionismo ou Teoria da Evolução Química
A vida teria surgido da matéria inanimada, que, com associações entre as moléculas, foram formando substâncias cada vez mais complexas e se organizando de forma a originar os primeiros seres vivos.
∗ HIPÓTESE DE OPARIN E HALDANE
A Terra primitiva: erupções vulcânicas frequentes, que liberavam grande quantidade de gases e outras partículas para a atmosfera; na composição da atmosfera terrestre havia metano, amônia, hidrogênio e vapor d’água; intensas descargas elétricas e radiações. Estas descargas elétricas teriam fornecido energia para que algumas moléculas se unissem e formassem moléculas um pouco mais complexas. Assim teriam sido originadas as primeiras moléculas orgânicas que, arrastadas pela chuva e acumuladas nos mares primitivos, podem ter se agregado e formado os chamados coacervatos.
∗ EXPERIMENTO DE MILLER
Miller testa a hipótese de Oparin e Haldane, construindo um aparelho que simulava as condições da Terra primitiva para averiguar se haveria a possibilidade do surgimento de moléculas orgânicas.
Miller ferve a água em um recipiente que, transformada em vapor, circula em um tubo por todo o aparelho. Há um balão onde se encontra uma mistura gasosa e, nele, são realizadas pequenas descargas elétricas. Após isto, os materiais são submetidos a um resfriamento e, em um outro recipiente, acumulam-se os compostos formados. Foram observadas moléculas orgânicas, entre elas alguns aminoácidos.
Mergulhados em um mar que funcionaria como uma “sopa de nutrientes”, os primeiros seres vivos seriam heterotróficos. Para degradar seus alimentos, fariam fermentação, processo que não necessita de oxigênio (anaeróbio), na Terra primitiva ainda não existente. No processo da fermentação, há liberação de CO2. Com o oxigênio livre na atmosfera, puderam surgir os primeiros seres autotróficos fotossintetizantes, que, liberando O2 neste processo, deram condições para a ocorrência dos seres aeróbicos (que realizam respiração).
Com a descoberta de arqueobactérias em ambientes inóspitos (fontes de água termais e vulcões), surgiu a possibilidade dos primeiros seres vivos da Terra realizarem um processo de oxidação de substâncias inorgânicas para sua nutrição (quimiossíntese), gerando gás hidrogênio e energia.
Sugere que as células eucarióticas seriam o resultado de uma associação simbiótica de células procarióticas. Em algum momento da evolução dos organismos anaeróbicos, que tinham por hábito englobar bactérias como alimento, algumas destas bactérias foram mantidas no citoplasma da célula. Os procariontes aeróbios transformaram-se nas mitocôndrias da célula animal e os procariontes fotossintéticos transformaram-se nos cloroplastos da célula vegetal.
• São formados por célula;
• Podem se reproduzir;
• Podem apresentar crescimento;
• Apresentam metabolismo;
• Respondem a estímulos do meio;
• Sofrem modificações ao longo das gerações (evolução);
• Composição química CHON (substâncias orgânicas + inorgânicas).
Casos especiais:
• Vírus – não são formados por células e não possuem metabolismo; porém, quando adentram uma célula hospedeira, se reproduzem. Além disso, assim como os seres vivos, sofrem mutações.
• Príons (partículas infectantes proteináceas) – versão alterada de uma proteína normal que infecta as demais proteínas, causando doenças.
Teorias sobre a origem da vida
• Abiogênese
Até meados do século XIX, os cientistas acreditavam que os seres vivos eram gerados espontaneamente a partir da matéria bruta. Acreditavam, por exemplo, que vermes surgiam espontaneamente do corpo de cadáveres em decomposição.
“Receita de ratos” – roupa suja + trigo = ratos.
• Biogênese - EXPERIMENTO DE FRANCISCO REDI
Redi colocou pedaços de carne crua dentro de frascos, deixando alguns cobertos com gaze e outros completamente abertos. De acordo com a abiogênese, deveriam surgir vermes ou mesmo moscas nascidos da própria carne e, portanto, estariam em todos os frascos. O que se observou, porém, é que haviam ovos, larvas e moscas apenas sobre a carne dos frascos abertos, provando que a geração espontânea a partir da matéria bruta não ocorre, mas, sim, a partir dos ovos depositados pelas moscas atraídas (vida formada a partir de outra vida).
∗ Descoberta de seres microscópicos => volta da abiogênese. Muitos cientistas acreditavam que os microrganismos surgem espontaneamente em todos os lugares, independentemente da presença de outro ser vivo.
• Abiogênese – EXPERIMENTO DE NEEDHAM
Needham aqueceu e fechou vários recipientes contendo um caldo nutritivo. Após alguns dias, examinou as soluções no microscópio e identificou a presença de microrganismos. Para ele, a solução nutritiva continha uma “força vital” responsável pelo surgimento espontâneo das formas vivas.
• Biogênese – EXPERIMENTO DE SPALLANZANI
Spallanzani repetiu o procedimento de Needham em balões de vidro hermeticamente fechados e submetendo as soluções à fervura. Dias depois, não encontrou microrganismos no caldo. Explicou que Needham não havia fervido sua solução nutritiva por tempo suficiente para matar todos os microrganismos existentes e esterilizá-la.
∗ Needham responde dizendo que, ao ferver por muito tempo as substâncias nutritivas em recipientes completamente fechados, Spallanzani havia destruído a “força vital”. A abiogênese, mais uma vez, sai favorecida.
• Derrubada da abiogênese – EXPERIMENTO DE PASTEUR
Pausteur coloca um líquido nutritivo dentro de um balão com pescoço longo e o aquece, de modo a curvar e afinar o gargalo. Em seguida, ferve o caldo, matando os microrganismos e esterilizando o líquido. Após o resfriamento do balão, há condensação de água no tubo, retendo as impurezas e os microrganismos no pescoço do balão e impedindo-os de chegar ao líquido. Quebrou, então, o gargalo, e verificou a presença de micróbios.
Conclusões: Pasteur provou que o ar contém microrganismos que, em contato com o líquido nutritivo, encontram condições para se desenvolver e proliferar. Não há “força vital”, pois ficou demonstrado que, apesar de fervido, o líquido ainda possuía a capacidade de manter vida se a ele fosse introduzido algum microrganismo, com a quebra do gargalo.
Uma vez aceita a hipótese da biogênese, surge um novo questionamento: se todos os seres vivos surgem de outros preexistentes, como surgiu o primeiro?
1) Panspermia ou Teoria Cósmica
A vida teria surgido a partir de compostos orgânicos trazidos de outro corpo celeste à Terra por meteoritos.
2) Criacionismo ou Fixismo
Corrente de cunho religioso, afirma que os seres vivos foram criados individualmente por uma divindade e que, desde então, apresentam a mesma forma.
3) Evolucionismo ou Teoria da Evolução Química
A vida teria surgido da matéria inanimada, que, com associações entre as moléculas, foram formando substâncias cada vez mais complexas e se organizando de forma a originar os primeiros seres vivos.
∗ HIPÓTESE DE OPARIN E HALDANE
A Terra primitiva: erupções vulcânicas frequentes, que liberavam grande quantidade de gases e outras partículas para a atmosfera; na composição da atmosfera terrestre havia metano, amônia, hidrogênio e vapor d’água; intensas descargas elétricas e radiações. Estas descargas elétricas teriam fornecido energia para que algumas moléculas se unissem e formassem moléculas um pouco mais complexas. Assim teriam sido originadas as primeiras moléculas orgânicas que, arrastadas pela chuva e acumuladas nos mares primitivos, podem ter se agregado e formado os chamados coacervatos.
∗ EXPERIMENTO DE MILLER
Miller testa a hipótese de Oparin e Haldane, construindo um aparelho que simulava as condições da Terra primitiva para averiguar se haveria a possibilidade do surgimento de moléculas orgânicas.
Miller ferve a água em um recipiente que, transformada em vapor, circula em um tubo por todo o aparelho. Há um balão onde se encontra uma mistura gasosa e, nele, são realizadas pequenas descargas elétricas. Após isto, os materiais são submetidos a um resfriamento e, em um outro recipiente, acumulam-se os compostos formados. Foram observadas moléculas orgânicas, entre elas alguns aminoácidos.
3.a) Hipótese heterotrófica: fermentadores -> sucesso dos autotróficos -> sucesso dos aeróbios.
Mergulhados em um mar que funcionaria como uma “sopa de nutrientes”, os primeiros seres vivos seriam heterotróficos. Para degradar seus alimentos, fariam fermentação, processo que não necessita de oxigênio (anaeróbio), na Terra primitiva ainda não existente. No processo da fermentação, há liberação de CO2. Com o oxigênio livre na atmosfera, puderam surgir os primeiros seres autotróficos fotossintetizantes, que, liberando O2 neste processo, deram condições para a ocorrência dos seres aeróbicos (que realizam respiração).
3.b) Hipótese autotrófica: quimiossintetizantes -> energia -> fermentadores -> autotróficos -> aeróbios.
Com a descoberta de arqueobactérias em ambientes inóspitos (fontes de água termais e vulcões), surgiu a possibilidade dos primeiros seres vivos da Terra realizarem um processo de oxidação de substâncias inorgânicas para sua nutrição (quimiossíntese), gerando gás hidrogênio e energia.
3.c) Teoria Endossimbiótica para o surgimento dos eucariontes.
Sugere que as células eucarióticas seriam o resultado de uma associação simbiótica de células procarióticas. Em algum momento da evolução dos organismos anaeróbicos, que tinham por hábito englobar bactérias como alimento, algumas destas bactérias foram mantidas no citoplasma da célula. Os procariontes aeróbios transformaram-se nas mitocôndrias da célula animal e os procariontes fotossintéticos transformaram-se nos cloroplastos da célula vegetal.
3.d) Surgimento dos pluricelulares – associação de vários indivíduos, formando colônias.
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